sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

«AS INCONTESTÁVEIS» #14

obra-prima, s. f.
1. Obra primorosa, perfeita, das primeiras no seu género.
2. A melhor obra de um autor.

5 das Incontestáveis Obras-Primas
de Jorge Rodrigues, autor do blogue Dial P For Popcorn:
O Mundo A Seus Pés (1941), de Orson Welles
Eva (1950), de Joseph L. Mankiewicz
E Tudo O Vento Levou (1939),
de Victor Fleming, George Cukor e Sam Wood
Casablanca (1942), de Michael Curtiz
O Padrinho (1972), de Francis Ford Coppola

5 das Incontestáveis Obras-Primas
de Pedro Afonso, autor do site Laxante Cultural:Magnolia (1999), de Paul Thomas Anderson
Sete Pecados Mortais (1995), de David Fincher
Psico (1960), de Alfred Hitchcock
Casablanca (1942), de Michael Curtiz
O Padrinho (1972), de Francis Ford Coppola

Quem contesta?

14 comentários:

  1. Das duas listas, retirando o "Eva" que não conheço, é tudo propostas que na minha apreciação são 100% irrecusáveis!

    Psico é icónico e fabuloso... e o Hitchcock até tema obras ainda mais sumarentas, como o "Vertigo", que é para mim a sua melhor obra.
    Se7ven é somente o filme que mais venero de Fincher.

    ResponderEliminar
  2. Tenho a dizer duas coisas sobre as minhas escolhas:

    1) Quando foi feito o convite, a minha ideia inicial foi de pensar numa lista pessoal. Contudo, depois de ponderar, achei que se o pedido era, de facto, obras-primas incontestáveis, havia que escolher entre aquelas que eu possa achar incontestáveis e aquelas que eu acho e que toda a gente, acho eu, acha.

    2) Além disso, como pensei que toda a gente ia tentar fugir do óbvio e apostar em listas pessoas, que os meus títulos poderiam não se repetir. Ilusão minha. Claro que se repetiram. Assim sendo e, para privilegiar o debate, deixo-vos cá não só as minhas cinco escolhas mas também lhes acrescento mais quinze filmes. Esta lista, que abaixo vos deixo se pretenderem discutir mais méritos e opiniões, é a dos meus filmes preferidos de sempre (claro que, a cada ano que passe, e com mais filmes antigos que veja, ela é sujeita a revisão; também aviso já: sou um fervoroso adepto de cinema americano, algo que está estampado na lista).

    2001: A SPACE ODYSSEY (Kubrick, 1968)
    8 1/2 (Fellini, 1963)
    ALL ABOUT EVE (Mankiewicz, 1950)
    ANDREY RUBLEV (Tarkovsky, 1966)
    A STREETCAR NAMED DESIRE (Kazan, 1951)
    CASABLANCA (Curtiz, 1943)
    CITIZEN KANE (Welles, 1941)
    CHINATOWN (Polanski, 1974)
    GONE WITH THE WIND (Cukor, Fleming e Wood, 1939)
    HANNAH AND HER SISTERS (Allen, 1984)
    METROPOLIS (Lang, 1926)
    MODERN TIMES (Chaplin, 1936)
    NASHVILLE (Altman, 1975)
    PERSONA (Bergman, 1943)
    SINGIN' IN THE RAIN (Donen e Kelly, 1952)
    SUNSET BOULEVARD (Wilder, 1950)
    THE 400 BLOWS (Truffaut, 1959)
    THE BYCYCLE THIEVES (De Sica, 1946)
    THE EARRINGS OF MADAME DE... (Ophüls, 1953)
    THE GODFATHER (Coppola, 1972)


    E ARMPAULOFER:
    Se nunca viu o ALL ABOUT EVE, eu recomendo vivamente. É considerado o filme com o melhor diálogo de sempre. E com interpretações brilhantes, tanto é que é o recordista de nomeações em categorias de actuação nos Óscares (cinco).


    Obrigado ao Roberto pelo convite e cumprimentos a todos,

    Jorge Rodrigues

    ResponderEliminar
  3. Ah e tenho a agradecer ao Roberto por me ter colocado ao lado do Pedro Afonso, um blogger fabuloso :)


    P.S. - Errei ali o ano do Metropolis, que é de 1927 :P

    ResponderEliminar
  4. @ Jorge Rodrigues: Fui desvendar o "All about Eve" e realmente é daqueles filmes que deve dar o que promete... reconheço-o pela actriz principal, a Bette Davis excertos que terão já servido como exemplos das obras em que participou.
    Sugere-se efectivamente como uma belíssima proposta, premiada 6x pela Academia (acredito que o Oscar naquele tempo tinha muito mais valor artístico do que na actualidade tem).

    Devaneio:
    Diria até mais: Se a RTP2 ou os canais de cabo nacionais dedicados a exibir cinema (MOV, FOX Next ou TVCine por ex.), se dedicassem a semanalmente exibir os filmes destas iniciativas do CineRoad... não só faziam serviço público (escolhido pelos apaixonados) como também seria uma programação de sonho!

    ResponderEliminar
  5. Grandes listas. A do Jorge Rodrigues contém mesmo pilares fundamentais e sustentáveis de toda a história do cinema. Portanto, estou plenamente de acordo com Citizen Kane, Casablanca, The Godfather e Gone with the Wind. São todos enormes filmes, cada um com especificidade e qualidades muito próprias. Embora Casablanca tendo a desconsiderá-lo um pouco em detrimento dos outros.
    Quanto ao All About Eve tenho uma relação um pouco complicada. Gosto do filme, das interpretações (que são fantásticas) e da história cíclica, completa e muito bem contada. É um belíssimo filme sem dúvida. Mas não me parece uma obra-prima ainda assim. Para mim falta-lhe qualquer coisa, talvez uma revisão :P

    Da lista do Pedro estou outra vez em sintonia com The Godfather e Psycho e percebo Casablanca.
    Quanto a Seven não concordo e não me identifico, apesar de ser um grande filme e um dos meus preferidos de Fincher. Também não considero Magnolia uma obra-prima. Gosto do filme, do que sugere e do que transmite, mas não vejo ali propriamente excelência. De qualquer modo é mais um que não vejo há algum tempo, preciso de o rever.

    abraço

    ResponderEliminar
  6. Das duas listas só vi o Seven, Psycho e Casablanca, o "resto" estão todos na "lista-de-filmes-para-ver", lista esta que cada vez está maior. Pudera, como iniciativas como estas em que estamos sempre a (re)descobrir títulos interessantes para adicionar :-)

    ResponderEliminar
  7. Mais duas grandes listas, na qual destaco o Eve que ainda não tinha sido aqui falado, um dos filmes mais sombrios sobre o show-bizz, com uma Bette Davis brilhante.
    Apenas penso que o Magnolia e o Se7en não são obras-primas. Quanto às outras já foi quase tudo dito em sessões anteriores.

    Abç

    ResponderEliminar
  8. A lista do Jorge é composta por filmes que um gajo, por mais voltas que dê, não consegue tirar-lhes a grandeza. Cinco óptimos filmes, e o "All About Eve" é uma boa lembrança.

    Da lista do Pedro, também é difícil dizer mal, eu é que não vou muito à bola com o "Magnolia" e gosto muito do "Seven" - lembro-me bem da impressão me deixou da primeira vez que o vi - mas não sei se lhe atribuiria o título de obra-prima.

    ResponderEliminar
  9. para mim a lista do Pedro Afonso é indiscutível.
    Magnolia e Sete Pecados Mortais são impossíveis de debater.

    ResponderEliminar
  10. Estas duas listas acho que empataram... muito boas na minha opinião.

    Do Jorge:
    O Mundo A Seus Pés, Eva, Casablanca e o Padrinho - são todos para mim filmes grandiosos e obras-primas do cinema.
    E Tudo O Vento Levou - vi pedaços deste filme, tenho-o em dvd á espera para ser visto do inicio ao fim, sem interrupções.

    Do Pedro:
    Magnolia e Sete Pecados Mortais - são excelentes e também estou de acordo em que são obras-primas do cinema.
    Psico - como tantas vezes disse o melhor de Hitchcock (e fico muitissimo feliz por ver que não sou só eu a pensar o mesmo)
    Casablanca e o Padrinho são dois filmes que o Jorge também escolheu.

    ResponderEliminar
  11. Comentando as escolhas: na lista do Jorge, destaco O MUNDO A SEUS PÉS e o arrebatador E TUDO O VENTO LEVOU. O filme do Mankiewicz, se a memória não me falha, nunca o vi. Da lista do Pedro Afonso, destaco MAGNOLIA, uma obra de génio tantas vezes incompreendida.

    Obrigado pelas participações dos intervenientes!

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

    ResponderEliminar
  12. Antes de justificar as minhas escolhas, queria agradecer ao jorge o simpático comentário. Em relação ao elogio apetece-me dizer: "I'll have what he's having!"
    Em relação às escolhas, a questão continua a ser a definição de obra-prima. Para mim, o conceito tem a ver apenas com uma questão: perfeição. Poucos concordariam se afirmasse que "Psico" é o melhor filme de Hitchcock (a maioria elege "Vertigo"), mas para mim é o mais perfeito. É um filme que não tem uma única falha, quer na narrativa, na execução, na intenção e no confronto da obra com o espectador (os 'truques' que Hitchcock usou ainda funcionam 51 anos depois). Aliás, para todos os autores que escolhi, evitei inconscientemente aquele que é maioritariamente considerado o seu melhor filme. Escolhi-os também por serem filmes que melhor os definem enquanto realizadores e onde os elementos dispersos pelas suas cinematografias mais se concentram. São filmes que, além de perfeitos, melhor definem a complexidade da obra do autor. No entanto, não parti dos autores para os filmes (embora Hitchcock aparecesse aqui de uma maneira ou doutra). No fundo, penso que escolhi filmes que são incontestáveis na qualidade, independentemente da premissa ou do conceito que dela tenhamos. E é isto.
    Mais uma vez, parabéns ao Roberto por mais uma muito inteligente iniciativa e muito obrigado pelo convite e pela publicação.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  13. PEDRO AFONSO: Obrigado ;) Agradeço pela participação e pelo cuidado na justificação.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

    ResponderEliminar
  14. Mais 2 grandes listas (daqueles que conheço e apesar de Magnolia não me ter seduzido)...não podia estar mais de acordo com Casablanca ;) e adoro ver aí também "E Tudo O Vento Levou" e "Sete Pecados Mortais"!

    ResponderEliminar

Comente e participe. O seu testemunho enriquece este encontro de opiniões.

Volte sempre e confira as respostas dadas aos seus comentários.

Obrigado.


<br>


CINEROAD ©2020 de Roberto Simões