quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A MARATONA DOS ÉPICOS

Em Setembro, o CINEROAD estreia uma nova e ambiciosa iniciativa:
A MARATONA DOS ÉPICOS

Para já, não adiantarei muita informação.
Contudo, solicito - desde já e como sempre - o vosso apoio e a vossa participação.

Gostaria que me deixassem a lista daqueles que são, para vocês, Os Maiores Épicos de Todos os Tempos.

Antes que se levante o pó sobre a problemática moderna da definição de épico, esclareço:
refiro-me a filmes grandiosos, com produções monumentais, sobre as extraordinárias façanhas de um herói ou de vários, ou de um povo. Épicos históricos, fantásticos, clássicos ou filmes mais recentes... enfim, fica a vosso critério.

Conto convosco. Deixem as vossas listas na secção de comentários deste post. Se quiserem justificar as escolhas, não percam a oportunidade. Decorre actualmente o debate de ideias.

38 comentários:

  1. Antes de haver spaghetti-western os italianos produziam estes filmes mitológicos massivamente.

    Existem dezenas de filmes à volta de Goliath, Ercole, Sansone, Maciste ou Ursus. Um desses filmes que pretendo ver, porque acho que nunca vi mesmo, é "Il Colosso di Rodi" de Sergio Leone.

    Leone, Antonio Margheriti, Sergio Corbucci, Giorgio Ferroni, Duccio Tessari e tantos outros realizadores de renome no western-spaghetti começaram aqui a dar os seus primeiros passos.

    Fora da Europa também se fez alguma coisa interessante, mas julgo que além da questão comercial, não serão superiores ao nosso produto.

    Abraço.

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  2. Assim de repente e de memória cito apenas alguns obrigatórios e sem qualquer ordem:

    - Gone With The Wind
    - Ben-Hur
    - The Ten Commandments
    - Lawrence of Arabia
    - Dr. Zhivago
    - Titanic
    - Cleopatra
    - Ivan, O Terrível

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  3. Gosto da iniciativa.

    Seria interessante falares de "A Paixão de Joana d'Arc", do Carl Dreyer, "O Nascimento de uma Nação", do D. W. Griffith, e do relativamente recente "Satantango", de Béla Tarr (que revê o conceito de épico em estrutura temporal, estética e narrativa, estudando os comportamentos de uma população aldeã). Também te aconselho "As Vinhas da Ira", do Ford, e "A cor da romã", que é, por assim dizer, o "Andrei Rublev" de Sergei Parajanov.

    Sei que falo de "épicos" um pouco diferentes mas a vida de um povo, ou de um herói, mesmo focada no seu sacrifício face às mais estranhas ou duras circunstâncias, não o deixam de ser. Enfim, categorias... :)

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  4. Acho que além dos "obrigatórios" Ben Hur", 10 mandamentos, ficava bem os filmes com efeitos de Ray Harryhausen como The 7th Voyage of Sinbad, Clash of the Titans (e a versão nova)Jason and the Argonauts, etc. E os LOTR é claro! E gladiador, e...

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  5. Gostaria da sua opinião sobre "Spartacus" de Kubrick.

    Abraço

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  6. Meus favoritos, e que tenham um grande valor para/na história do cinema:

    - Na Natureza Selvagem
    - Laranja Mecânica
    - 2001: Uma Odisséia no Espaço
    - A Malvada
    - Tempos Modernos
    - Trainspotting- Sem Limites
    - O Iluminado
    - Luzes da Cidade
    - Amarcord
    - O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.

    É, é isso! rs

    Abs.

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  7. Excelente iniciativa, fico a aguardar então o seu começo. Até se pode dizer que tenho fascínio pelos épicos, ambiciono um dia conseguir ver pelo menos os mais mediáticos de toda a história do cinema.

    Em relação às sugestões tenho várias, na verdade na maioria são filmes que ainda não vi e estão em listas de espera, mas aqui vão:

    Avatar, Watchmen e 300 (não se serão épicos mas gostaria de ter o prazer de ler uma crítica tua a respeito)

    The Abyss, Glory, Terminator's, Alien's (são filmes e sagas mediáticas...gostaria também de ler o teu parecer)

    Agora sim alguns épicos:

    Seven Samurai, Ben-Hur, The Bridge on the River Kwai, Lawrence of Arabia, Doctor Zhivago, The Ten Commandments, Cleopatra, Spartacus (Kubrick) e Gandhi.

    Depois também ainda (embora não tendo a certeza se serão épicos...uns não serão com certeza :P):

    Apocalypse Now, The Deer Hunter, The Man Who Shot Liberty Valance, Rio Bravo, The Wild Bunch e The Magnificent Seven.

    Bom existiram muitos mais, são os que me lembro agora. Ah e não resisti a pôr alguns westerns.

    abraço

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  8. PEDRO PEREIRA: Avaliarei, a seu tempo, se assistirei a algum desses nomes sonantes. Grato pelas sugestões.

    RATO: Bem-vindo ao CINEROAD! Grandes escolhas, muitos deles terão lugar na MARATONA. Volte sempre!

    FLÁVIO GONÇALVES: Gostaria muito de contar com a JOANA D'ARC de Dreyer ou com o filme de Griffith.

    CINE31: LOTR é imprescindível ;D, assim como os que mencionaste como obrigatórios.

    HUGO: A crítica ao filme chegará em Setembro, garantidamente. Que nomes constariam na sua lista?

    @RASPANTE: São de facto filmes magníficos, tantos deles obras-primas, pena é que nenhum deles é um épico ;D Leu o post?

    JORGE: Pois, de facto aproveitaste a ocasião para pedir que tocassem uns discos, não é? ;D Não faz mal, fizeste bem. Tenho sempre muito gosto em receber os vossos pedidos.

    Quanto a AVATAR, 300 e WATCHMEN, vi-os os três. A crítica a AVATAR está prevista para o final de Dezembro próximo. As minhas considerações sobre 300 chegarão já em Setembro, na MARATONA. E a minha opinião sobre WATCHMEN pode chegar a qualquer momento, agora que me lembraste disso; o mesmo posso dizer quanto aos três primeiros filmes da saga EXTERMINADOR IMPLACÁVEL (não vi o quarto filme). Sobre a saga ALIEN debruçar-me-ei a seu tempo, ainda não tenho previsões. THE ABYSS nunca vi.

    Quanto aos épicos sugeridos, espero vir a abordá-los a todos na MARATONA. Excepto OS SETE SAMURAIS de Kurosawa, que por cá chegará a seu tempo. Quanto a CLEOPATRA, a que versão te referes? À de DeMille, de 34, ou à de Mankiewicz, de 63?

    Quanto aos últimos, ainda este ano publicarei a crítica ao APOCALIPSE NOW. Os outros ainda não estão previstos.

    Obrigado a todos!

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  9. Pois foi não resisti :P não leves a peito (sei que não fazes), mas é que de facto são nestas ocasiões que se deve aproveitar aqui e ali para acrescentar pontos e discos!

    De Abyss é um bom filme para uns, e muito bom para outros...eu fiquei na dúvida e ainda estou. Mas parece-me que irás gostar, é de uma sublimidade e leveza (nem sempre mas grande parte) que Cameron nem sempre aborda.

    Quanto a CLEOPATRA refiro-me à de
    Mankiewicz, de 63, aquela que parece ter sido um grande desperdício de dinheiro na altura! a ver vamos também ainda não vi.

    Os singles :P que confirmas para a maratona e para outras ocasiões muito me alegram! Boas músicas então, que é como quem diz bons filmes!

    abraço

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  10. Os Sete Samurais, AI - Inteligência Artificial, Ben-Hur, O Senhor dos Anéis, Coração Valente, Sangue Negro e por aí vai.

    Vitor Silos
    www.volverumfilme.blogspot.com

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  11. JORGE: Nem THE ABYSS nem CLEOPATRA, ainda não assisti a nenhum dos dois. A ver vamos ;)

    VITOR SILOS: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL e THERE WILL BE BLOOD não são épicos. Quanto aos restantes, e à excepção do de Kurosawa, passarão por cá em Setembro.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  12. JORGE: Ainda não vi nem THE ABYSS nem CLEOPATRA, espero fazê-lo em breve ;)

    VITOR SILOS: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL e THERE WILL BE BLOOD não são épicos. O filme de Kurosawa conto vê-lo mais tarde, mas os restantes marcarão presença já em Setembro.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  13. Além dos habituais épicos que toda a gente conhece (BEN-HUR, OS 10 MANDAMENTOS, QUO VADIS, CLEÓPATRA, JESUS DE NAZARÉ, SPARTACUS, A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO, A TÚNICA, LAWRENCE DA ARÁBIA, ERA UMA VEZ NA AMÉRICA, O ÚLTIMO IMPERADOR...) aproveito para deixar outros títulos italianos de qualidade: O COLOSSO DE RODES, OS ÚLTIMOS DIAS DE POMPEIA, SODOMA E GOMORRA, RÓMULO E REMO.

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  14. Querem mais épico que Lord Of The Rings??? Ninguem falou dele, mas é o mais épico dos filmes qe me lembro

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  15. EMANUEL NETO: Agradeço as sugestões, não conheço nenhum dos últimos. ERA UMA VEZ A AMÉRICA e O ÚLTIMO IMPERADOR não são épicos puros, e ainda assim o segundo é mais épico que o primeiro.

    JOÃO BASTOS: Falaste tu e a bom tempo! O SENHOR DOS ANÉIS é absolutamente obrigatório nesta categoria.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  16. Um épico é um épico! "Este é mais épico que o outro" não faz sentido! Tanto ERA UMA VEZ NA AMÉRICA como O ÚLTIMO IMPERADOR são "filmes grandiosos, com produções monumentais, sobre as extraordinárias façanhas de um herói ou de vários, ou de um povo". Porque é que LAWRENCE DA ARÁBIA ou E TUDO O VENTO LEVOU é mais épico que qualquer um dos anteriores? Não se regem todos pelos princípios que estão estipulados no texto inicial?

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  17. EMANUEL NETO: Não são épicos puros, pois claro. Onde está a glorificação do herói em ERA UMA VEZ A AMÉRICA, seja ele individual ou colectivo? Vais-me dizer que Noodles preenche os requisitos do herói? E por herói não se entenda o conceito recente por meio do qual qualquer protagonista, desde que boa pessoa, é um herói. Refiro-me ao verdadeiro herói, aquele que luta, defende, revoluciona. ERA UMA VEZ A AMÉRICA é mais um filme de gangsters, de crime ou um drama. Só por ser uma grande produção usa-se hoje em dia o adjectivo épico, mas daí resulta a sua banalização.
    O ÚLTIMO IMPERADOR é mais um drama histórico e biográfico. Por si só, os grandes cenários não justificam o género "épico", embora pudessem potenciar um. Pu Yi é um anti-herói, quanto mais um herói.
    E TUDO O VENTO LEVOU vigora ele próprio dentro do género graças a este alargar do conceito. É também ele uma superprodução, que se encaixa no subgénero "épico romântico".
    LAWRENCE DA ARÁBIA, esse sim, é um puro épico.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  18. Parece-me um excelente projecto ;)

    Força nisso.

    Eu e a definição de épico não nos damos bem, porque há vários filmes que considero épicos (ex: Citizen Kane) que pela definição não o são bem. São mais clássicos. E portanto... a maioria das sugestões que me vêm à cabeça ou já foram referidas ou são clássicos, como disse.

    Mas lembrei-me de alguns que acho que devem fazer parte, além dos óbvios (Ben-Hur, Gone With the Wind, Spartacus, etc):

    THE THIN RED LINE
    THE NEW WORLD
    BRIDGE OVER RIVER KWAI
    THE GRAPES OF WRATH
    CASABLANCA (embora este seja mais clássico, como o CITIZEN KANE, mas acho que devia constar)
    SCHINDLER'S LIST
    DR. STRANGELOVE OR HOW I LEARNED TO STOP WORRYING AND LOVE THE BOMB(de novo, clássico ou épico?)
    PLATOON
    KUNDUN
    THE LAST EMPEROR

    Existem tantos!


    Abraço.
    Jorge Rodrigues
    http://dialpforpopcorn.blogspot.com

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  19. Assim, sem pensar muito, "Os Nibelungos" e o épico indiano, do Fritz Lang e o "Doctor Zhivago", do David Lean. São os meus preferidos..
    Se queres abordar o épico historicamente é melhor falar do Cabiria e dos do Griffith (ainda não os vi e por isso não os posso recomendar), do Cecil B. deMille e do William Wyler, dos peplum italianos, do Abel Gance e do seu Napoléon, do Bondarchuk e do Guerra e Paz, do eisenstein e dos seus Alexander Nevsky e Ivan groszny, etc..
    Boa sorte! :)

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  20. JORGE RODRIGUES: Obrigado ;) Pois, ser "épico" e ser "clássico" são coisas distintas. O "épico" é um género, o "clássico" é um estatuto. De todos esses e para além dos óbvios que referiste, talvez não hajam épicos genuínos, para além de BRIDGE OVER RIVER KWAI, THE GRAPES OF WRATH ou KUNDUN, mas não vi nenhum deles. Não poderei afirmá-lo, por isso. Talvez sejam, talvez não. Se alguém os tiver visto, que intervenha, por favor. Os restantes podem ter uma paisagem ou escala épica, mas isso por si só não define um género.

    JOÃO PALHARES: Grato por todas as sugestões. Talvez desses, pessoalmente e desta vez, só garanta Lean e DeMille. Mas, felizmente, não estarei sozinho na iniciativa, pelo que alguns desses títulos poderão ser abordados.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  21. A minha noção de épico vai muito com a tua opinião. Considero este um género à volta ou baseado num herói, singular ou colectivo, que produz feitos tendo carga emocional e bélica (por vezes, não sendo necessário). Obviamente que também estará rodeado pelos valores de super-produção e marketing associado.

    Já agora, sendo que só referi filmes que ainda não tinhas por aqui, nomeio alguns meus predilectos:

    Gladiator, Lord of the Rings, Braveheart, E Tudo o Vento Levou, Seven Samurais, Ben-Hur, Alexander, entre outros.

    abraço

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  22. JORGE: Pois, mas não é só a minha opinião. É mesmo a definição do género. Enfim.

    Gostaste do ALEXANDER? Do Oliver Stone? Que interessante! Passa pela ficha do filme, gostaria de contar com a tua opinião. Escrever-lhe-ei uma nova crítica em breve, a propósito da maratona.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  23. Penso que os épicos clássico essenciais já foram quase todos mencionados, e claro que há que ter cuidado com a (demasiado aberta) definição de épico, mas concordo com a que mencionaste...

    Tentei, portanto, lembrar-me de épicos mais recentes na história do cinema, como o duvidoso, mas ainda assim épico, ÁGORA. Vieram-me à memória filmes como o KING KONG (de Peter Jackson), que é seriamente mais épico (até pelas possibilidades técnicas) do que o original de 1933. Como sei que já publicaste a crítica ao 'remake', sugiro que descubras o original.

    Depois lembrei-me de THE WAR OF THE WORLDS (mais uma vez, o original e o 'remake'), do já referido CLASH OF THE TITANS.

    E sugiro ainda as sagas dos épicos espaciais: STAR WARS e STAR TREK.

    Não te esqueças de explorar os trabalhos de Cecil B. DeMille e Ray Harryhousen.

    Gosto da ideia da maratona.


    Cumprimentos,

    Gonçalo Lamas

    cineglam7.blogspot.com

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  24. Ora bem, o nome de Ridley Scott vêm-me de imediato à memória.

    Com Gladiador e O Reino dos Céus, ressuscitou o género.

    Obviamente que a tua (nossa ;) bem amada trilogia do Senhor dos Anéis é obrigatória também.

    Num campo mais alternativo, também Gangues de Nova Iorque e 300 também poderiam ser incluídos.

    Estou tentado a considerar o Tróia um épico. Ando agora a vê-lo (a Director's Cut), e lembrei-me.
    Apesar de ser um épico falhado, não deixa de ser um épico. O que te parece?

    P.S.- Espero ansiosamente essas críticas. Parabéns pela ideia e boa sorte;)

    Abraço

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  25. GONÇALO LAMAS: Ainda não vi o AGORA, gostaria imenso de vê-lo. Talvez em breve. KING KONG não é nenhum épico, só em proporções. STAR WARS é um épico de ficção científica, muito bem; tenho a saga toda criticada. Podes visitar as críticas a partir da faixa lateral do blogue. STAR TREK não conheço nem tenho assim muito interesse. DeMille chegará com certeza com a maratona.

    JACKIE BROWN: Não creio que REINO DOS CÉUS tenha ressuscitado o género. Nem tão-pouco GLADIADOR, que partiu do sucesso tremendo de BRAVEHEART, mas pronto, já é mais discutível. É claro que TRÓIA é um épico. Falhado ou não, isso não tem nada a ver. É um épico, sim. Sim, o GANGS DE NOVA IORQUE também é um épico, mas conflui outros géneros.

    Obrigado, a todos, pelas sugestões!

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  26. Roberto, não conheço todos os Star Trek, mas se estás a tratar de épicos, é sempre bom ver esta épica saga espacial (e o último STAR TREK de J.J. Abrams é um grande e supreendente feito cinematográfico).

    Quanto ao KING KONG, discordo de ti, se abrimos apenas um pouco o raio de abrangência do conceito, este é um título certamente abrangido: sets imensos, banda sonora digna de uma epopeia, um grandioso romance, e um incomum, mas não menos justo, herói, que luta pelo amor acima da sua própria existência: King Kong. Para mim, preenche os requesitos do épico com distinção. Como tu disseste, só em proporções, mas no épico tudo depende das proporções. Claro, que megalómanas.


    Cumprimentos,

    Gonçalo Lamas


    cineglam7.blogspot.com

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  27. GONÇALO LAMAS: Ah, por acaso esse STAR TREK de J.J. Abrams eu vi. Não achei nada de mais.

    Quanto ao KING KONG e à definição de épico não podemos estar de acordo. É que para a definição de épico não conta só o factor das proporções e não podemos, cada um de nós, fazer uma interpretação de uma palavra senão não nos entendemos e os conceitos não serveriam de muito, não é? Não podemos chamar épico a tudo! O que é épico é épico. KING KONG não é épico nenhum. Se vamos incluir no género tudo o que é grande, vamos banalizar completamente o género, não é! Temos que ser minimamente rigorosos. Não me admira que tenhas essa opinião, tantos se referem actualmente a TITANIC, por exemplo, como um épico! Até O CAVALEIRO DAS TREVAS, já o vi referido como um épico. Não pode ser... ;) O género épico tem como especiais matizes os clássicos, a ILÍADA, a ODISSEIA... e o culto do género provém daí. Épico como adjectivo (metafórico) poderá ser uma coisa, mas como género... falamos de coisas diferentes!

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  28. Bem, Roberto, como te disse, ao incluir KING KONG, o raio de abrangência do conceito abria um pouco, mas, esse raio teria que abrir muito mais para lá entrarem filmes como O CAVALEIRO DAS TREVAS (Que não deixa de ter o seu estatuto de clássico moderno, na minha opinião) ou TITANIC.

    Entendo que o culto do género provém daí, das epopeias literárias clássicas, das façanhas heróicas nos tempos antigos. De facto, apelidar KING KONG de épico é algo metafórico, não fosse o herói um gigantesco gorila, mas, no cinema recente, é das fitas que mais se aproxima do épico. Claro que o conceito torna-se um pouco mais aberto, mas só um pouco.

    Sabendo que o culto do género provém da literatura, não nos podemos esquecer que a última verdadeira epopeia escrita foi a de Camões. O herói dele não é um indivíduo, era um povo. Não é grego ou troiano, é português. Não é da Antiguidade Clássica, é da Era dos Descobrimentos. Mas as regras clássicas eram as mesmas, apenas se alteravam os pormenores aparentes. Se abrirmos um pouco o conceito (agora em contexto cinematográfico) admitiremos KING KONG, pelo menos, como um épico moderno.

    Cumprimentos cinéfilos,

    Gonçalo Lamas

    cineglam7.blogspot.com

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  29. GONÇALO LAMAS: Posso estar enganado, mas creio que estás a confundir, ainda, o conceito de 'clássico' com o conceito de 'épico', quando dizes, por exemplo: "esse raio teria que abrir muito mais para lá entrarem filmes como O CAVALEIRO DAS TREVAS (Que não deixa de ter o seu estatuto de clássico moderno...)". Eu gostaria de ser esclarecedor... Ser clássico não é um género, é uma forma de classificar uma obra como imprescindível para a arte em questão, pelo seu marco na História dessa arte (sem querer entrar noutras acepções que não vêm agora para o caso). Agora "épico" pode ser igualmente um adjectivo, mas não é a esse "épico" que nos referimos. Falamos aqui de um género, como o drama, a comédia, o policial, o noir, fantasia, ficção científica... e há um género específico que é o épico. Não é uma questão de tornar o conceito abrangente, um filme ou é ou não é um épico, independentemente de depois poder ser um épico romano, um épico fantástico, um romance épico... mas isso já são designações de subgénero.
    A última epopeia escrita não foi a de Camões. Quantas e quantas não se escreveram desde então. Porém, foi uma epopeia que imitou a forma dos clássicos - e aqui "clássicos" significa muito mais do que marcos para a arte, uma vez que tudo o que se refere à antiguidade grega e romana é apelidada de "clássica"; eis outra acepção do termo.
    Isto dos conceitos às vezes pode não parecer muito fácil, mas nem tão-pouco é assim tão difícil ;)
    O KING KONG de Peter Jackson é um filme de fantasia e aventura, que conflui drama, comédia, tragédia e acção, a uma escala (se quisermos, épica, vá; mas prefiro:) grandiosa.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  30. Hoje vi The Bridge on the River Kwai, e não sei até que ponto em que se enquadra no género épico. É referido em muitos lados como um épico. Mas sinceramente não me parece tão talhado para esse registo. É mais um filme de guerra, de conflito interior e de dramas associados. É sobre estratégia e valores de coragem e honra. Por isso será, na minha opinião, um filme que pouco tem a ver com épicos. Só a níveis de produção diria. Poderá dizer-se que existe heróis, mas o cerne do filme não é esse, de todo.

    De qualquer modo posso te dizer que gostei muito. Aconselho.

    abraço

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  31. JORGE: É um filme que verei assim que me aprouver.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  32. Lembrei-me de outro que vi faz tempo - The Last of the Mohicans, de Michael Mann com Daniel Day-Lewis. Um bom filme e épico sem dúvida. Pode-se dizer com traços de Mann.

    E a propósito de Mann reparei que o realizador escasseia aqui no blogue. É um autor a se ver, com muita qualidade. Espero críticas para filmes dele, a seu tempo claro.

    abraço

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  33. JORGE: Pois, eu vou-te ser sincero: conheço muito pouco de Michael Mann. Dele, só vi ALI com o Will Smith e não gostei particularmente. Não vi O ÚLTIMO DOS MOICANOS, mas é talvez dos únicos dele que tenho curiosidade em ver, talvez pela minha paixão exacerbada por épicos. Provavelmente, o meu género de eleição. Mas falam muito bem de Mann. Para um dia destes, quem sabe.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  34. Ah mas fazias muito bem ver Mann. Filma tão bem a noite e a acção. A noite citadina como uma personagem mesmo. Acho que irás descobrir grandes obras, sobretudo com Heat, The Insider e Collateral. Deliciosos os seus planos e o seu tempo.

    Também sou um aficionado por épicos. E sim também será o meu género predilecto. Por isso gostamos tanto de O Senhor dos Anéis :)

    abraço

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  35. Vou te ser sincero, faz-me impressão ver o Gone with the Wind como um épico, em comparação com outros. É verdade que tem uma heroína, assim como relata as suas façanhas. Mas não sei acho que foge ao tradicional épico, no puro sentido da palavra ou pelo menos (certamente será) do modo como eu via e vejo inconscientemente este género. Terá muito a ver com o facto do herói ser uma mulher, e os feitos não serem alcançados por meio de batalhas. Muito provavelmente. Enfim sempre aprendendo. Posso dizer mesmo que a minha noção de épico ficou mais esclarecida com os debates aqui realizados. Mais arrumada. Sem dúvida.

    Ainda assim, e por enquanto, vejo o Gone with the wind mais como um romance e drama. Épico, também o vejo como tal, mas não como género predominante e definidor.

    abraço

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  36. JORGE: Mas tens toda a razão! GONE WITH THE WIND não é um épico puro, ou não é um épico no sentido que eu próprio tanto tenho defendido por aqui. O que se passa é que hoje em dia é unanimamente aceite que há um subgénero do género épico, que é o épico romântico. GONE WITH THE WIND não é um épico. É um épico romântico, aos quais pertencem também filmes como TITANIC ou AUSTRÁLIA. É um subgénero que enaltece o amor e a relação amorosa sobre todas as coisas, no meio de guerras, batalhas, acontecimentos ou circunstâncias trágicas, de dimensões grandiosas. São mega-produções. Não devia tê-lo colocado na votação, para ser rigoroso, foi lapso meu.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  37. Não sabia dessa unanimidade em assumir mesmo um subgénero de épico romântico. Pensei que fosse só mesmo mais uma fuga lateral ao género de épico. Fuga que não significava tanto.

    Bom sendo assim, e qualquer dia, haverá também outros subgéneros, se é que não existe já, tal como épico de terror, ou épico de gangsters, etc. Enfim sub-versões que só acontecem pela falta, por vezes, de adjectivos ou mesmo pela paixão que o cinema exerce. A própria palavra "épico" significa algo grandioso, colossal e importante. A tentação é então enorme e compreensível.

    abraço

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  38. JORGE: Pois, qualquer dia. Nunca se sabe ;) ERA UMA VEZ NA AMÉRICA seria logo um dos meus épicos de gangsters preferidos ;D Ahahaha

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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