sábado, 4 de setembro de 2010

BEN-HUR de William Wyler, segundo David Martins

Agradecimento Especial:
David Martins, CINE 31

A terceira adaptação cinematográfica do homónimo romance do general Lew Wallace é um dos mais reconhecidos épicos, um filme multi-premiado, grandioso sem ser pomposo, o relato de Ben-Hur, um abastado judeu injustiçado (interpretado pelo lendário Charlton Heston) e desesperado que enfrenta uma odisseia para conquistar a sua vingança contra a traição de um antigo companheiro, que o lança para a escravidão, longe da amada e da família.

Sobrevivendo a anos de brutais contrariedades, o arruinado mercador que foi forçado a ser escravo e que mais tarde foi adoptado por um cônsul romano, finalmente alcança a vingança na sequência mais memorável da película, a brutal corrida de quadrigas onde vence o seu opressor e descobre o paradeiro da sua mãe e irmã. Simultaneamente a história de Ben-Hur entrelaça-se subtilmente com a de Cristo, inscrevendo-o no subgénero de épico religioso. Apesar de o livro investir mais na vertente religiosa, no filme a figura de Jesus é instrumental para que Ben-Hur e os seus se reúnam em plenitude, depois de purificados pelo martírio do Filho de Deus.

Uma produção colossal criada durante o auge do género, e que contou com uma excelente fotografia e uma imponente banda sonora de Miklós Rózsa, com um belo grupo de actores a vestir a pele das suas personagens, e claro, contando com efeitos e cenários majestosos, milhares de extras para as cenas de multidão, conquistando onze Óscares e quatro Globos de Ouro e impressionando o mundo por décadas com a sua mistura de drama, acção e romance. Sofre de algum excesso de metragem, e talvez pareça lento aos olhos do espectador moderno, mas dá gozo ver um clássico feito de um modo como já não se usa.

2 comentários:

  1. É isso mesmo, dá um certo gozo ver um clássico como já não se usa. Estou de acordo, ainda que ache a metragem de facto longa e algo penosa. De qualquer modo possui tantas e tamanhas qualidades, que não vale a pena estar aqui a dizer se tive mais ou menos prazer de assistir este em detrimento daquele, ou se prefiro rever este àquele. São épocas distintas, porventura nem se terá de adorar e venerar a obra para lhe reconhecer os atributos.

    Enfim, Ben-Hur será sempre um triunfo máximo do cinema.

    abraço

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  2. JORGE: E como a arte é uma aprendizagem, ainda creio que te venhas a maravilhar mais numa próxima visualização deste "triunfo máximo do cinema" ;)

    Cumps.
    Roberto Simões
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