★★★★★
Realização: Martin Scorsese
Principais Actores: Leonardo DiCaprio, Daniel Day-Lewis, Cameron Diaz, Liam Neeson, Jim Broadbent, John C. Reilly, Henry Thomas, Brendan Gleeson, Alec McCowen, David Hemmings, Cara Seymour, Gary Lewis, Tim Pigott-Smith, Barbara Bouchet
Crítica:
ERA UMA VEZ A AMÉRICA
Em si e por si, Gangs de Nova Iorque constitui um autêntico colosso, com uma abertura e um desfecho verdadeiramente memoráveis e geniais e onde a personalidade colectiva de uma identidade por definir tende a assumir, ao longo de todo o filme, o protagonismo; ainda muito mais do que a poderosa e brilhante interpretação de Daniel Day-Lewis. E é uma América emergente, gritante e em permanente fermentação, esta que Martin Scorsese nos apresenta com toda a sua mestria.
Tecnicamente, a obra é irrepreensível: tanto na fotografia de Michael Baullhaus, como nos cenários e decoração de Dante Ferretti e Francesca Lo Schiavo ou como no guarda-roupa de Sandy Powell. A montagem é absolutamente soberba e, aqui e ali, manifestamente incisiva: Thelma Schoonmaker é a responsável. Os desempenhos dos actores secundários confirmam, também, as excelentes escolhas de casting. Destaque final para a magnífica canção dos U2, que encerra o filme: The Hands That Built America; o culminar perfeito para a banda sonora de Howard Shore.
Eis, em tom operático e triunfante, uma visão cheia de detalhe, ambição e perfeccionismo. Uma obra monumental e magnificente. E, sem sombra para dúvida, mais um clássico instantâneo de Scorsese.
ERA UMA VEZ A AMÉRICA
No matter what they did to build this city up again... for the rest of time... it would be like no one even knew we was ever here.
Em si e por si, Gangs de Nova Iorque constitui um autêntico colosso, com uma abertura e um desfecho verdadeiramente memoráveis e geniais e onde a personalidade colectiva de uma identidade por definir tende a assumir, ao longo de todo o filme, o protagonismo; ainda muito mais do que a poderosa e brilhante interpretação de Daniel Day-Lewis. E é uma América emergente, gritante e em permanente fermentação, esta que Martin Scorsese nos apresenta com toda a sua mestria.
Tecnicamente, a obra é irrepreensível: tanto na fotografia de Michael Baullhaus, como nos cenários e decoração de Dante Ferretti e Francesca Lo Schiavo ou como no guarda-roupa de Sandy Powell. A montagem é absolutamente soberba e, aqui e ali, manifestamente incisiva: Thelma Schoonmaker é a responsável. Os desempenhos dos actores secundários confirmam, também, as excelentes escolhas de casting. Destaque final para a magnífica canção dos U2, que encerra o filme: The Hands That Built America; o culminar perfeito para a banda sonora de Howard Shore.
Eis, em tom operático e triunfante, uma visão cheia de detalhe, ambição e perfeccionismo. Uma obra monumental e magnificente. E, sem sombra para dúvida, mais um clássico instantâneo de Scorsese.
Finalmente estamos de acordo. :)
ResponderEliminarNão é nenhuma obra-prima mas é muito bom.
Abraços
Bom filme. Scorsese mostra uma época de Nova Iorque pouco retratada no cinema e tem o grande Daniel Day Lewis em outro desempenho de primeira.
ResponderEliminarAbraço
Adorei este filme e já o vi muitas vezes, sem me fartar.
ResponderEliminarA banda sonora também é muito boa.
ÁLVARO MARTINS: Sim, não é uma obra-prima, mas um clássico instantâneo é-o de certeza. Sim, é mesmo caso para dizer: "Finalmente estamos de acordo". Sabes que estamos muitas vezes de acordo.
ResponderEliminarHUGO: Subscrevo inteiramente! :b Daniel Day-Lewis é brilhante.
GEMA: É engraçado. Também já o vi muitas vezes e cada vez gosto mais do filme. A banda sonora é, sim, muito boa e tem um clímax absoluto com a magnífica canção dos U2.
Cumps.
Filipe Assis
CINEROAD – A Estrada do Cinema
Um filme fantástico, de um diretor fora de série. Já faz parte da minha coleção de DVDs.
ResponderEliminarMuito bom.
ResponderEliminarConcordo tem uma banda sonora de qualidade, só aquele batalha no incio fantástico ;)
Quem construiu Nova Iorque?
Irish blood :D
Saudações
ANDERSON SIQUEIRA: Também da minha, inevitavelmente. Grande realizador.
ResponderEliminarANÓNIMO: ;) Exactamente. Só é pena não ter assinado a sua intervenção.
Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Só não percebo este problema em admitir que não é uma obra-prima.
ResponderEliminarÉ UMA OBRA PRIMA. Aliás, eu não sei como tu reges o teu sistema de classificações, mas para mim todo o filme com nota igual ou acima de 4.5* é uma obra-prima. (Tirando raríssimas excepções).
P.S.- Já adquiri O Reino dos Céus. Confiei em ti! :P
Abraço
JACKIE BROWN: Para mim, nem é, sequer, um problema, nem é, de todo, uma obra-prima.
ResponderEliminarAtribuo as 5 estrelas e a pontuação MUITO BOM aos filmes que, para mim, atingem de forma sublime e exemplar os objectivos a que se propuseram. Os filmes de mestre.
Atribuo as 5 estrelas douradas e a pontuação EXCELENTE aos filmes que não só atingem como superam os objectivos a que se propuseram, ganhando uma alma própria que de longe transcende a mera e harmoniosa junção de todas as categorias que compõem um filme.
Os filmes geniais, muitas vezes revolucionários. A arte com aura de perfeição.
Perante a minha apreciação de GANGS DE NOVA IORQUE, a avaliação mostra-se segura: 5 estrelas, MUITO BOM.
P.S. - Fico muito contente que tenhas adquirido REINO DOS CÉUS. ESTA, a edição de 4 discos, espero, que é uma das melhores edições da minha colecção. Temos gostos distintos em relação a muitas obras, não sei se vais gostar tanto como eu... Aconselho um bom ecrã e uma boa acústica... para uma sessão de cinema certamente inesquecível.
Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Adoro o início, adoro o fim, adoro história e retratos da história, por isso está tudpo dito. Acho o filme muito bom, mas fiquei sempre com aquele impressão que o Scorcese se perdeu um pouco lá pelo meio...
ResponderEliminarCLÁUDIA GAMEIRO: Também tive essa sensação na primeira vez que o vi ;) Mas mudei acerrimamente de opinião.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
CINEROAD – A Estrada do Cinema
Sem dúvida um bom filme, que me surpreendeu recentemente, e que certamente irei rever.
ResponderEliminarRealce para a grande interpretação de Daniel Day-Lewis (espantoso e um dos motivos da qualidade do filme), sendo um actor de poucos filmes, mas que quando surge não há ninguém que não reconheça o seu imenso valor em papeís diversificados, diga-se!
Uma palavra de apreço ao Scorsese claro, nunca desiludindo.
JORGE: Por acaso este GANGS foi um filme que não me conquistou logo à primeira. Mas, hoje, considero-o um feito verdadeiramente épico e colossal. Com contornos tão "scorsesianos".
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
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Certamente para muitos incompreensível, mas este é mesmo o meu preferido de Scorsese. Pessoalmente adoro aquela fotografia, aqueles cenários, aquele argumento e inteligência em filmá-lo, e sobretudo as interpretações. Então aquele final ao som dos U2 é uma coisa deliciosa!
ResponderEliminarabraço
JORGE: Para mim não é propriamente incompreensível, ainda que goste muito mais de outros filmes do realizador. É um filme magistral.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
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