★★★★★
Título Original: Doctor ZhivagoRealização: David Lean
Principais Actores: Omar Sharif, Julie Christie, Geraldine Chaplin, Rod Steiger, Alec Guinness, Tom Courtenay, Siobhan McKenna, Ralph Richardson, Rita Tushingham
Crítica:
O INVERNO VERMELHO
What I want to know is
how we're going to stay alive this winter.
Doutor Jivago é um monumento cinematográfico. A partir do aclamado romance de Boris Pasternak, David Lean concretiza uma visão profundamente romântica, de um tempo em que o sangue manchou a neve, o terror suplantou a utopia e o amor sucumbiu à tragédia das circunstâncias. A fotografia de Freddie Young e de Nicolas Roeg é de uma beleza indiscritível, de um esplendor verdeiramente inebriante. Os grandes planos são de suster a respiração e aliam-se magistralmente à elegante e aqui vagarosa arte de filmar do realizador. A excelência e o primor estético da produção estendem-se, qual paisagem, até perder de vista. É impressionante o detalhe na recriação de Moscovo e em toda a direcção artística, da cidade ao interior: nos cenários, na decoração, na própria concepção ou recuperação dos artefactos... O comboio, os eléctricos e os figurinos, de Phylis Dalton, autentificam a viagem no tempo... O Palácio de Gelo, por exemplo, tornou-se emblemático e pessoalmente considero-o um dos mais requintados feitos arquitectónicos de John Box, em toda a obra. A sonoridade única da balalaika, aliada às sumptuosas composições de Maurice Jarre, por fim, conferem a este arrojadíssimo pedaço de arte uma natureza transcendente e derradeiramente apaixonante.
O período 1912-1923 foi um período especialmente conturbado e tumultuoso para a Rússia. Primeiro, por todo o clima de instabilidade, que se intensificava desde o Domingo Sangrento de 1905. Facções revolucionárias, inspiradas por grandes ideologias como o socialismo ou o comunismo, ganharam forma e relevância política e ameaçavam a absoluta e repressiva monarquia dos Czars. Depois, a Primeira Guerra Mundial, a Revolução de Fevereiro e a Revolução de Outubro, que atiraram o povo para a miséria, aniquilaram o sistema político vigente e impuseram, à luz de novos ideais, o governo socialista soviético, liderado por Lenine. É neste contexto histórico que se passa a acção de Doutor Jivago. Na verdade, e ainda que não se assumindo propriamente como um filme político, a sua acção confunde-se muitas vezes com a acção histórica.
A história começa nos anos 50, com o interrogatório do General Yevgraf Zhivago (Alec Guiness, num impecável underacting) à suposta sobrinha ilegítima. Nos seus últimos anos de vida tem incessantemente procurado por ela - a prova do amor vivido em tempos de guerra entre o seu meio-irmão Yuri Zhivago (Omar Sharif, no papel de uma vida), médico e poeta, e a amante Lara, Larissa Antipova (Julie Christie, sensualmente encantadora). A jovem não conhece ou não recorda o seu passado e é na tentativa de confirmar as suas suspeitas sobre ela que Yevgraf lhe narra, sem pressas e de forma eloquente, a história do irmão, desde as suas origens à idade adulta.
Num primeiro acto, temos Lara como protagonista. Acompanhamos o seu subjugado affair com o arrogante e asqueroso Komarovsky (brilhante Rod Steiger), um aristocrata poderoso e influente, enquanto que o destino lhe prepara para marido o amigo Pasha (Tom Courtenay), um entusiasta e apoiante da causa bolchevique.
Nas ruas, as tropas do Czar avançam sobre os manifestantes e opositores do regime, ceifando-lhes a vida e ateando a revolta. As vidas de Lara e Yuri entrecruzam-se - ele é então um reconhecido poeta, profissional de saúde e pacífico cidadão, noivo de Tonya (graciosa Geraldine Chaplin) - mas nunca o suficiente para que floresça o tão aguardado romance entre os dois. Lenta (saborosa) e imprevisivelmente, o espectador é levado a esperar pelo romance, sujeito então aos acasos da vida. Espelhando a realidade, a história de amor deste sublime Doutor Jivago revela-se-nos-á inevitavelmente adiada, escapando completamente à convencional e tradicional história de amor. Afinal, passada uma hora de filme, ainda não temos o casal amoroso central, Yuri e Lara.
Quando a Primeira Grande Guerra eclode, já num segundo acto, o protagonista é Yuri, agora soldado na frente de combate, e Lara é remetida para um segundo plano, como enfermeira voluntária. Pasha, já marido de Lara, desaparece numa das ofensivas e é dado como morto, ainda que o seu cadáver nunca apareça. É no hospital que os caminhos de Yuri e Lara se cruzam novamente e a paixão despoleta. Fiéis aos estados civis e a uma moral maior, porém, não arriscam a relação.
Com o fim do Verão, a paisagem muda radicalmente. As vozes da Revolução Vermelha sobem ao poder, transformando o cenário político e o cenário social e pessoal de milhões de pessoas. The private life is dead - for a man with any manhood. O ideal, levado ao extremo, provoca o caos e as maiores monstruosidades têm lugar. Pasha reeaparece em cena, tornado Strelnikov e personificando a cruel metamorfose:
Doutor Jivago tornou-se, justamente, um clássico absoluto. Um filme magnífico e arrebatador.
O período 1912-1923 foi um período especialmente conturbado e tumultuoso para a Rússia. Primeiro, por todo o clima de instabilidade, que se intensificava desde o Domingo Sangrento de 1905. Facções revolucionárias, inspiradas por grandes ideologias como o socialismo ou o comunismo, ganharam forma e relevância política e ameaçavam a absoluta e repressiva monarquia dos Czars. Depois, a Primeira Guerra Mundial, a Revolução de Fevereiro e a Revolução de Outubro, que atiraram o povo para a miséria, aniquilaram o sistema político vigente e impuseram, à luz de novos ideais, o governo socialista soviético, liderado por Lenine. É neste contexto histórico que se passa a acção de Doutor Jivago. Na verdade, e ainda que não se assumindo propriamente como um filme político, a sua acção confunde-se muitas vezes com a acção histórica.
A história começa nos anos 50, com o interrogatório do General Yevgraf Zhivago (Alec Guiness, num impecável underacting) à suposta sobrinha ilegítima. Nos seus últimos anos de vida tem incessantemente procurado por ela - a prova do amor vivido em tempos de guerra entre o seu meio-irmão Yuri Zhivago (Omar Sharif, no papel de uma vida), médico e poeta, e a amante Lara, Larissa Antipova (Julie Christie, sensualmente encantadora). A jovem não conhece ou não recorda o seu passado e é na tentativa de confirmar as suas suspeitas sobre ela que Yevgraf lhe narra, sem pressas e de forma eloquente, a história do irmão, desde as suas origens à idade adulta.
Num primeiro acto, temos Lara como protagonista. Acompanhamos o seu subjugado affair com o arrogante e asqueroso Komarovsky (brilhante Rod Steiger), um aristocrata poderoso e influente, enquanto que o destino lhe prepara para marido o amigo Pasha (Tom Courtenay), um entusiasta e apoiante da causa bolchevique.
There are two kinds of men and only two. And that young man is one kind. He is high-minded. He is pure. He's the kind of man the world pretends to look up to, and in fact despises. He is the kind of man who breeds unhappiness, particularly in women. Do you understand?
Komarovsky
Nas ruas, as tropas do Czar avançam sobre os manifestantes e opositores do regime, ceifando-lhes a vida e ateando a revolta. As vidas de Lara e Yuri entrecruzam-se - ele é então um reconhecido poeta, profissional de saúde e pacífico cidadão, noivo de Tonya (graciosa Geraldine Chaplin) - mas nunca o suficiente para que floresça o tão aguardado romance entre os dois. Lenta (saborosa) e imprevisivelmente, o espectador é levado a esperar pelo romance, sujeito então aos acasos da vida. Espelhando a realidade, a história de amor deste sublime Doutor Jivago revela-se-nos-á inevitavelmente adiada, escapando completamente à convencional e tradicional história de amor. Afinal, passada uma hora de filme, ainda não temos o casal amoroso central, Yuri e Lara.
Quando a Primeira Grande Guerra eclode, já num segundo acto, o protagonista é Yuri, agora soldado na frente de combate, e Lara é remetida para um segundo plano, como enfermeira voluntária. Pasha, já marido de Lara, desaparece numa das ofensivas e é dado como morto, ainda que o seu cadáver nunca apareça. É no hospital que os caminhos de Yuri e Lara se cruzam novamente e a paixão despoleta. Fiéis aos estados civis e a uma moral maior, porém, não arriscam a relação.
Com o fim do Verão, a paisagem muda radicalmente. As vozes da Revolução Vermelha sobem ao poder, transformando o cenário político e o cenário social e pessoal de milhões de pessoas. The private life is dead - for a man with any manhood. O ideal, levado ao extremo, provoca o caos e as maiores monstruosidades têm lugar. Pasha reeaparece em cena, tornado Strelnikov e personificando a cruel metamorfose:
Strelnikov: I used to admire your poetry.
Zhivago: Thank you.
Strelnikov: I shouldn't admire it now. I should find it absurdly personal. Don't you agree? Feelings, insights, affections... it's suddenly trivial now. You don't agree; you're wrong. The personal life is dead in Russia. History has killed it. I can see why you might hate me.
Zhivago: I hate everything you say, but not enough to kill you for it.
Zhivago: Thank you.
Strelnikov: I shouldn't admire it now. I should find it absurdly personal. Don't you agree? Feelings, insights, affections... it's suddenly trivial now. You don't agree; you're wrong. The personal life is dead in Russia. History has killed it. I can see why you might hate me.
Zhivago: I hate everything you say, but not enough to kill you for it.
Yuri regressa a Moscovo e encontra a mansão da família partilhada por dezenas de famílias. Como a realidade mudara... Escapando ao colectivismo, ou pelo menos tentando, parte com os seus numa longa viagem de comboio rumo a Yuriatin, onde haviam tido uma herdade, em tempos. No campo, longe da civilização, as condições para que o filho Sasha cresça afastado dos horrores da guerra são significativamente melhores, ou pelo menos mais saudáveis, ainda que os ecos da revolução alastrem a olhos vistos pelo interior do país.
Sendo que é em Yuriatin que Lara reside, estão reunidas as circunstâncias para que, finalmente e já num terceiro acto, o amor entre os dois ganhe protagonismo. As nuances da não-convencionalidade deste romance, uma vez mais, não tardam em fazer-se notar. É notável como, passados tantos acontecimentos, compreendemos perfeitamente aquela relação de amantes, não a condenando. Durante meses, o doutor Jivago vive uma existência dúbia tão difícil de retratar em cinema, dada a sua complexidade. É evidente o amor e admiração que Yuri sente pela esposa, Tonya, no entanto a natureza desse amor é tão menos passional e inspiradora do que a do amor sentido por Lara. Doutor Jivago conhece, neste momento exacto da narrativa e pelos olhos de Sharif, algumas das suas mais poéticas e primaveris sequências.
Depois de ser sequestrado e levado aos confins da neve e do frio de um dos mais desumanos e rigorosos Invernos, a vida de Yuri está condenada ao pior desfecho. A não ser que ganhe coragem e arrisque desertar. Que alento lhe traria, o afago de Lara ou do filho, um cobertor ou uma refeição quente. A exigente caracterização a que o actor foi sujeito, disfarçando-lhe a aparência tipicamente egípcia, intensifica-lhe agora as expressões. O seu olhar, longe de qualquer transfiguração poética, procura agora o alento, numa desalmada luta pela sobrevivência.
O derradeiro final de tamanha história é - digo-o muito pessoalmente - de partir o coração. Aquela cena do elétrico é em tudo desesperante, e penso que facilmente o espectador partilhará, tal como eu, a angústia de Yuri. O storytelling envolveu-nos de tal forma com os dilemas daquelas personagens que as guardaremos certamente na memória, durante muitos anos, quiçá para sempre.
Sendo que é em Yuriatin que Lara reside, estão reunidas as circunstâncias para que, finalmente e já num terceiro acto, o amor entre os dois ganhe protagonismo. As nuances da não-convencionalidade deste romance, uma vez mais, não tardam em fazer-se notar. É notável como, passados tantos acontecimentos, compreendemos perfeitamente aquela relação de amantes, não a condenando. Durante meses, o doutor Jivago vive uma existência dúbia tão difícil de retratar em cinema, dada a sua complexidade. É evidente o amor e admiração que Yuri sente pela esposa, Tonya, no entanto a natureza desse amor é tão menos passional e inspiradora do que a do amor sentido por Lara. Doutor Jivago conhece, neste momento exacto da narrativa e pelos olhos de Sharif, algumas das suas mais poéticas e primaveris sequências.
Depois de ser sequestrado e levado aos confins da neve e do frio de um dos mais desumanos e rigorosos Invernos, a vida de Yuri está condenada ao pior desfecho. A não ser que ganhe coragem e arrisque desertar. Que alento lhe traria, o afago de Lara ou do filho, um cobertor ou uma refeição quente. A exigente caracterização a que o actor foi sujeito, disfarçando-lhe a aparência tipicamente egípcia, intensifica-lhe agora as expressões. O seu olhar, longe de qualquer transfiguração poética, procura agora o alento, numa desalmada luta pela sobrevivência.
O derradeiro final de tamanha história é - digo-o muito pessoalmente - de partir o coração. Aquela cena do elétrico é em tudo desesperante, e penso que facilmente o espectador partilhará, tal como eu, a angústia de Yuri. O storytelling envolveu-nos de tal forma com os dilemas daquelas personagens que as guardaremos certamente na memória, durante muitos anos, quiçá para sempre.
Doutor Jivago tornou-se, justamente, um clássico absoluto. Um filme magnífico e arrebatador.
Filme colossal! Um dos maiores épicos de sempre de um realizador que realizou os maiores épicos do cinema.
ResponderEliminarAbç
É um épico digno de David Lean. Um filmaço!
ResponderEliminarGrande atuação de Omar Sharif.
David Lean realmente compôs um filme interessante. Acho que Dr. Jivago é um filme válido par anos aproximar um pouquinho - bem pouquinho, só pra constar - do período turbulento em que vivem os personagens.
ResponderEliminarBoa interpretaçãod e Omar Sharif e Julie Christie.
um baaaaita filme... grande clássico
ResponderEliminarhttp://filme-do-dia.blogspot.com/
ANDRÉ SOUSA: Lean realizou LAWRENCE, um puro épico, este aqui nem tanto. Há mais uns quantos realizadores que conceberam grandes épicos. Não considero Lean o melhor, mas um dos melhores, indiscutivelmente. DOUTOR JIVAGO é um colosso, sim. Absolutamente.
ResponderEliminarPELÍCULA CRIATIVA: É épico na escala, nos planos, mas não o considero um verdadeiro épico. Omar Sharif tem uma prestação fabulosa, de facto.
LUES: Só "interessante"? Como é que vê o filme? Válido apenas pela reconstituição histórica, é isso?
KAHLIL AFFONSO: Grande clássico e não é por acaso. É de uma excelência e mestria absolutas.
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Congratulo-me por esta maravilha te ter tocado em cheio. Depreendo que foi a tua estreia absoluta - eu já há muito tempo que perdi a conta das vezes com que ele me deliciei. E acredita que sempre que o voltares a ver descobrirás novos encantos e te apaixonarás cada vez mais um bocadinho por ele.
ResponderEliminarMais do que a cena do eléctrico, o que me põe sempre uma lágrima no olho é aquela frase final do General Yevgraf para a rencontrada sobrinha, sobre o facto de ela ter aprendido a tocar a balalaika sózinha: ""Ah... then it's a gift"
Obviamente... 5 estrelas em 5!
O Rato Cinéfilo
RATO: Sim, foi estreia absoluta e esmagou-me. Não o considero uma obra-prima, mas é um refinado pedaço de cinema, transpira excelência e mestria em tudo o que é cena. A cena do elétrico provoca-me o mesmo efeito que a cena do carro, n'AS PONTES DE MADISON COUNTY. Creio que me entendes. Sim, a frase final remata o argumento de uma forma perfeita. Aquela cena do início do flashback, o funeral da mãe de Yuri também é uma das minhas cenas favoritas. Que perfeição. Enfim, é o meu favorito do Lean, sendo que ainda só conheço as três das suas obras mais aclamadas.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Também é o meu favorito do Lean. Recomendo-te o Great Expectations que é para mim um grande filme injustamente esquecido.
ResponderEliminarÁLVARO MARTINS: Agradeço. Que tal é o PASSAGEM PARA A ÍNDIA? Já viste?
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
A Ponte sobre Kwai é o outro grande épico dele. Muito bom também.
ResponderEliminarANDRÉ SOUSA: A PONTE DO RIO KWAI considero-o um bom filme, mas bastante sobrevalorizado. Nada tem a ver com qualidade de LAWRENCE DA ARÁBIA ou deste DOUTOR JIVAGO.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Não sei Roberto, esse nunca vi.
ResponderEliminarEste filme foi mais um dos que eu não fazia ideia do que tratava e a minha mãe disse-me para eu o comprar porque sabe o quanto gosto de cinema. É um filme um bocado grande, mas quando o vi nem dei pelas horas passarem. O filme é excelente, de grande qualidade mesmo.
ResponderEliminarCompletamente de acordo com a tua critica ;)
ÁLVARO MARTINS: Tenho alguma curiosidade em relação ao filme, mas não é muito lembrado.
ResponderEliminarGEMA: Sim, é longo. Penso que alguns espectadores podem desesperar com o ritmo narrativo, outros - como nós - podem saboreá-lo como um chocolate que se desfaz lentamente na boca. Bem, que comparação mais gulosa. É da hora ;)
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD – A Estrada do Cinema «
Respondendo à tua pergunta, Roberto, "Passagem para a Índia" (1984), o último filme de Lean, é também um belo filme, tal como "A Filha de Ryan", de 1970. Mas quer um quer outro sem o fôlego do "Zhivago" ou do "Lawrence".
ResponderEliminarDe qualquer modo, a ver, obrigatoriamente. Na minha cotação 4 estrelas em 5 para os dois.
O Rato Cinéfilo
RATO: Hmmm. Vou ter em conta. Se assim for, teremos certamente muito bons filmes.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD – A Estrada do Cinema «
Pode ser da hora, mas que fizeste uma belissima comparação, lá isso fizeste :P
ResponderEliminarUm épico a todos os níveis monumental. Monumental no sentido metafórico pois não se trata de um épico no puro sentido da palavra. É grande nos planos, é grande nas personagens e respectivas interpretações, é grande na banda sonora, é grande na fotografia, é grande em todo o departamento artístico, etc etc. E está tudo dito, pode não ser para todos os dias (a sua duração não é fácil), pode não ser para todos os estados de espírito (o ambiente e a atmosfera são pesados e estimulam à reflexão), mas é uma obra-prima de David Lean, indubitavelmente. O meu preferido do senhor.
ResponderEliminarabraço
JORGE: Concordo integralmente, word by word.
ResponderEliminarRoberto Simões
CINEROAD
Lindo filme, um tanto triste, mas nos faz pensar em como a guerra afeta a vida das pessoas. Ótimo ao retratar o cotidiano russo durante meio século e as transformações a que a sociedade russa foi submetida nesses tempos de comunismo. Vou ler o livro, só assim pra saber o que se passava na mente do meigo doutor Jivago
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