sábado, 20 de novembro de 2010

«As Escolhas dos 20» - Penúltimo

20 Escolhidos revelam 5 escolhas que definem a 7ª Arte.

Escolhido #19 - Jorge Teixeira,
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O Western dos westerns:Aconteceu no Oeste (1968), de Sergio Leone

O Drama que define o género:A Vida É Bela (1997), de Roberto Benigni

O melhor filme de Terror de sempre:Shining (1980), de Stanley Kubrick

O filme de Guerra por excelência:Nascido Para Matar (1987), de Stanley Kubrick

O filme que define os últimos 3 anos de cinema:A Origem (2010), de Christopher Nolan

Agradecimentos especiais: Jorge Teixeira.

A 1ª série da iniciativa chega ao final:
Quem será o Escolhido #20 e quais serão as suas Escolhas?

10 comentários:

  1. As imagens dos dois Kubricks estão trocadas. Origem à parte, tudo boas escolhas, se bem que embirre um pouco com o histrionismo do Benigni. Mas isso é apenas algo pessoal

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  2. excelentes escolhas.. Nota apenas para a troca de imagens entre shining e nascido para matar.

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  3. Creio que o The Shining é uma escolha que assenta o tópico que nem uma luva. Brilhante. Ainda tenho de ver o Once Upon A Time in the West, não sou o maior fã de A Vida é Bela, e o Full Metal Jacket é uma escolha sólida.

    Mais um voto para o Inception eh? Hm. Tendo, somente, por base as escolhas que até hoje têm aqui sido feitas (Inception + The Dark Knight), será que podemos afirmar que Nolan é *o* realizador dos últimos três anos? Interessante :)

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  4. Belas escolhas. Full Metal Jacket também é o meu filme de guerra de preferido, assim como o Shining o é no género de terror. Também aceito o Aconteceu no Oeste, pois gosto mais dos westerns de Leone ou Sam Peckinpah do que os westerns clássicos. A Vida é Bela é o único que não concordo totalmente, enquanto Inception acaba por marcar definitivamente estes últimos 3 anos.

    Cumprimentos

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  5. Agora que esta iniciativa está a chegar ao fim, impõem-se ser tiradas algumas conclusões. Mas deixo tal análise para o Roberto, visto ter sido ele o "pai da criança".
    Apenas quero reforçar a ideia que já por aqui deixei algures, o acto penoso que é "vestir" o cinema com roupagens artificiais. Será mesmo necessário etiquetar os filmes em dramas, comédias, romances e por aí fora? E, já agora, porque não também em superproduções, produções correntes ou independentes? Para falar verdade, a única divisão que me parece aceitável será a longa ou a curta metragem (mas para que serviria, de resto, classificar os filmes segundo a extensão?). E claro, a animação, por ser algo completamente à parte, quer queiram quer não.
    Todas as divisões são artificiais, assim como as divisões em "géneros" da literatura, logo que se leve a crítica até ao essencial. Marcas cómodas mas enganosas. Os cinéfilos devem abandonar os géneros em proveito dos autores, reter os nomes destes e dos intérpretes, mas não ligar importância à divisão em "géneros". Fujamos dessa classificação que persegue insidiosamente o fim de tornar "escolar" o cinema - a pior desgraça que podia acontecer-lhe.

    O Rato Cinéfilo

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  6. RATO: Não conheço muitos filmes do Benigni; este está à espera de uma revisão e, quiçá, de uma re-apreciação, faz tempo.

    MIGUEL PINTO: Só ainda não vi A ORIGEM, que está agendado para breve, mas de resto concordo inteiramente: excelentes escolhas.

    NUNO: Nolan será, pelo sucesso tremendo, um dos realizadores mais marcantes destes últimos três anos. É inevitável. Gosto bastante de A VIDA É BELA. Quanto ao filme de Leone, recomendo vivamente.

    ANDRÉ SOUSA: Gosto bastante do A VIDA É BELA, como aliás já tive oportunidade de referir, mas também não o escolheria para esta categoria. A não ser que pudesse só escolher metade do filme.

    RATO: Bem, que dramalhão... Penso que interpretaste muito mal a iniciativa desde o início. A ideia nunca foi fortalecer os rótulos redutores. Falar, em terror, drama, comédia ou romance é falar em géneros unanimamente conhecidos, com características diferenciadoras. Falar nestes géneros faz sentido. Não são roupagens artificiais. Todas as coisas têm as suas roupagens, e é pelas roupagens que nos entendemos. Falar em géneros ou grupos não exclui a consciência de que, na realidade, as coisas nunca são assim tão preto no branco. Isto aplica-se ao cinema como à sociologia, como a tudo.
    Também não fiz introdução, não conto fazer conclusão, propriamente dita. Creio que cada um poderá tirar as suas próprias conclusões.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  7. Antes de mais, obrigado por mais um convite. O cinema tem sido uma prioridade nos últimos tempos, assim como o Cineroad tem sido paragem obrigatória. Estas iniciativas acabam por juntar os dois, sendo que o exercício se revelou bastante difícil, mas motivante e proveitoso. Estas catalogações nunca são fáceis mas agrada-me sempre muito os desafios.

    Quanto às escolhas, optei pelo Western porque é um dos meus géneros preferidos. Tenho a dizer que ponderei ainda assim não enveredar, isto porque sinto que ainda não vi o suficiente de Westerns, sobretudo clássicos de Ford, Hawks, Ray, Mann, Lang, etc. Vi alguns mas parece-me não o ideal para ter uma abrangência adequada. Contudo não resisti, até porque se trata de um gosto recente e muito vivo. Dessa forma tentei homenagear o género, em claro desuso, com um título ímpar na história do cinema. Leone é uma referência, e embora se possa catalogar de Spaghetti os Westerns que realizou parece-me redutor e injusto ficarmo-nos por aí. Dentro do género há o sub-género, mas este não pertence à mesma ao género maior? claro que sim, e nessa medida escolhi o grande Once Upon a Time in the West. Porque aqui Leone debruça-se e oferece-nos uma película talvez mais madura e requintada que o Bom, Mau e Vilão (se quisermos comparar). É uma narrativa mais dramática, mais equilibrada e mais diversificada que revela claramente mais influências da tradição dos clássicos. Foi então o escolhido, sendo que é mesmo o meu Western preferido e um dos meus filmes favoritos de sempre.

    A Vida é Bela é para mim um grande filme seja em drama, romance ou comédia. Destaco-o como drama pois acho que será a sua característica mais relevante e aquela que a maioria das pessoas identifica no filme. Pelo menos eu identifico-me bastante. É uma história que se começa a delinear segundo contornos mais novelísticos, de alguma comédia deambulante e focando-se num personagem extremamente carismático. A seguir e como absoluto contraste (tão bem feito) deparamo-nos com o horror da guerra, das injustiças e da inocência. Aquele rapaz, seu filho tem o azar de a guerra lhe bater à porta, mas a sorte de ter o pai que tem, que fará tudo para amenizar o drama e a tragédia. Fantástico argumento, caracterização de personagens e prestações delas mesmas, uma óptima fotografia e uma realização muito competente. E que dizer da banda sonora, fabulosa e com identidade suficiente, tal como um bom drama agradece. É por si só uma belíssima obra que deixou a sua marca e a sua poderosa mensagem até aos dias de hoje. É dos dramas que mais me fascinam e mais me tocam, daí a sua inclusão. Uma escolha algo pessoal ainda assim. (continua)

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  8. Escolhi Terror porque é um género que me tem fascinado cada vez mais, e sobretudo depois de ter visto algumas obras de referência. The Shining apesar de não ser o meu preferido, é o que mais exemplifica a arte do terror, do medo psicológico e da tensão crescente. É magnífico todo o trabalho executado por Kubrick na realização. Puro génio inventivo, a cada olhar, a cada movimento ou a cada plano, transmite tensão e faz a narrativa evoluir de modo tão coerente e electrizante até ao climax. Havendo ainda lugar para algumas surpresas. E note-se não há praticamente sangue nenhum, gore nenhum, o que para mim é absolutamente magistral dado que foi dos filmes que mais me incutiu medo, puro medo. Só por isso acho que define, e deveria servir mais de base ao que se tem feito e se faz hoje em dia.

    Full Metal Jacket é uma recente descoberta, que gostei como pensaria não vir a gostar. É o segundo filme de Kubrick que escolho para esta selecção, e apesar de se pensar por isso que sou fã do senhor, digo que até nem sou muito. O Roberto bem o sabe. Reconheço-lhe a genialidade, sobretudo na realização e na sua primorosa atenção aos detalhes, mas devido aos argumentos muitas vezes as suas obras não me transcendem. Gosto mas não me fascinam como a grande maioria. Enfim mas não serão todas as suas obras, o The Shining e este Full Metal Jacket por exemplo adorei. Este filme de guerra é na minha opinião exemplar, fascinante e muito perspicaz. Retrata a estupidez da guerra e os soldados como meros peões de um jogo que nem eles próprios têm noção das regras. Ultrapassa-os completamente e o dia-a-dia nos quartéis ou no campo de batalha é o constante combate pela sobrevivência, pela honra e pela camaradagem. Como nunca apenas um filme consegue abordar tantas nuances e características deste seio militar. É muito bem feito por Kubrick, e deveras pertinente à data. Sendo que não envelheceu, a película também consegue ter bastante entretenimento, uma fotografia e uma banda sonora de destaque, e acima de tudo tal como já disse uma mensagem genial. Por isso mesmo, e não sendo apesar de tudo o meu filme preferido do género, acho que define e muito o que se fez dentro de toda uma panóplia de abordagens.

    Por fim, e para não me alongar mais, escolhi Inception tão somente porque Nolan marcou estes último três anos como ninguém. Pode-se dizer que é um realizador que refrescou o panorama actual cheio de remakes e sequelas, realizando dois filmes muito bem pensados, inovadores e muito bem equilibrados e exigentes com o público alvo e a crítica. Distingui este ao invés do The Dark Knight porque, e embora seja mais recente, me parece mais completo e complexo, abrangendo mais gostos. É um dos tais que daqui a uns anos estou certo que será um dos mais falados destes ultimos três anos. Fabuloso argumento e realização principalmente, sendo ainda tecnicamente irrepreensível.

    abraço

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  9. Sugestões muito boas Jorge e bem explicado.
    Well done!

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