sexta-feira, 12 de novembro de 2010

«As Escolhas dos 20» #11

20 Escolhidos revelam 5 escolhas que definem a 7ª Arte.

Escolhido #11 - Bruno Cunha,
autor do blogue Cinema as my World

O filme de Ficção-Científica que define o género:Star Wars (1977), de George Lucas

O Drama por excelência:Cinema Paraíso (1988), de Giuseppe Tornatore

O melhor filme de Animação de todos os tempos:Toy Story (1995), de John Lasseter

O Biopic dos biopics:A Grande Esperança (1939), de John Ford

O filme que define os últimos 3 anos de cinema:A Origem (2010), de Christopher Nolan

Agradecimentos especiais: Bruno Cunha.

Quem será o Escolhido #12 e quais serão as suas Escolhas?

16 comentários:

  1. É desta que vou tirar o plástico ao dvd de "A Grande Esperança". Obrigado Bruno!

    ResponderEliminar
  2. Primeiro, há que dizer que adoro a lista. Sendo que todas elas pecam pela subjectividade, acho que de facto a tua tem aqui três ou quatro filmes algo inquestionáveis para o género em questão.

    STAR WARS e TOY STORY são, de facto, dos maiores (senão os mais reconhecidos) representantes dos seus respectivos géneros e, queira-se ou não discutir os seus méritos (para mim são grandes filmes ambos - bem, estou a falar do primeiro Star Wars - o IV - e do primeiro Toy Story), surgiriam sempre em qualquer lista que se fizesse desses géneros e provavelmente em locais cimeiros. A sua fama precede-os.

    Quanto ao CINEMA PARADISO, acho uma escolha interessante. Não seria, à primeira vista, um dos dramas que me viria à cabeça, mas é de facto é um excelente filme.

    YOUNG MR. LINCOLN (acho que é esse o título original) é também uma "left-field choice" para um biopic. Sobre ele não posso opinar muito que não vi.

    Finalmente, parabéns pela escolha do INCEPTION. Não me lembrei (estupidamente, bem sei) que podíamos incluir filmes de 2010. E sim de facto o Inception é uma escolha com a qual tenho de concordar. Tal como o Avatar. E agora que penso podia pegar no THE SOCIAL NETWORK como representativo destes últimos anos, quer em termos de cinema, quer em termos da nossa sociedade.

    All in all, uma boa lista :)

    Parabéns ao Bruno e parabéns ao Roberto pelo sucesso desta iniciativa!

    Cumprimentos,

    Jorge Rodrigues
    Dial P For Popcorn

    ResponderEliminar
  3. Não me revejo totalmente nas escolhas que o Bruno fez mas acho-as bastante interessantes, merecedoras, sem dúvida, de discussão. Sobretudo a escolha de "Toy Story" (um grande filme), que indica o primado do digital e da computorização na animação actual e de "A Origem", que nos remete para a crescente supremacia do cinema que Nolan nos traz.

    ResponderEliminar
  4. Tenho de começar por referir, a nível pessoal, que o melhor de toda esta lista é ver o Bruno Cunha em actividade.
    A sério: volta, man!

    São escolhas à maneira.
    Sci-fi: uma escolha também possível onde o filme até vale mais pelo que representa (gosto mas não sou muito fã do 1º ou ep4 - já o Império é que não tem rival na saga)
    Drama: check Yes!
    Animação (da nova vaga): check Yes!

    Não vi o filme de John Ford (pelo menos acho que nunca o vi, se é que já passou pela TV). Aqui não sei, mas vindo do Bruno não duvido da escolha.

    Agora o "Inception" para filme que define os últimos 3 anos de cinema... é uma escolha meritória pelo enorme esforço de Nolan em tornar o tema mais valioso do que é o filme. Eu adorei o filme mas deixou-me não sei porquê assim tipo cansado e senti nele uma falta de ligação à realidade (neste ponto nem o 1º Matrix - superior- falha).
    Mas sendo um bom filme mesmo assim com o que lhe aponto, é de louvar pois quem nos dera se, todos os anos os blockbusters fossem assim com semelhante nível.

    ResponderEliminar
  5. Nunca vi e não verei certamente quer o “Troy Story” quer o novo partenaire do “Avatar”. As razões já foram por mim mais do que escapelizadas, pelo que não vale a pena “bater mais na ceguinha”. Uff, tarefa facilitada, já só tenho três escolhas para comentar.
    A “Guerra das Estrelas” de Lucas apareceu fresco e viçoso no cinema Monumental em Lisboa, naquele início de 1978, com todos os condimentos dos velhos filmes em episódios. Curiosamente a estreia coincidiu com a reposição do “2001: Odisseia no Espaço” noutra sala da capital. E logo aí houve a tentação de comparar o incomparável, só porque ambos os filmes traziam o rótulo da ficção-científica. É claro que as intenções dos dois filmes eram completamente diferentes e o tempo se encarregou de testemunhar e cimentar esses propósitos antagónicos. Hoje “2001” é a obra-prima que sempre foi e “Star Wars” continua também a manter os seus próprios atributos – uma viagem de nostalgia ao passado e de certo modo uma homenagem à aventura do cinema, às suas personagens, aos seus mitos e até aos seus “clichés”. George Lucas reencontrou neste filme o esquematismo entre heróis e vilões, digno das odisseias de outras épocas, e que iria prolongar nos episódios seguintes da saga. Um digno representante do género, portanto.
    Do mesmo modo o filme de Ford se poderá enquadrar perfeitamente no género escolhido, pois aqui não há lugar a qualquer divergência – “A Grande Esperança” traz-nos a vida de Lincoln e portanto é um verdadeiro biopic. Não o tenho é muito presente, dado todo o tempo decorrido desde que o vi. Mas como saíu recentemente em DVD é muito provável que volte a ele um dia destes.
    O “Cinema Paraíso”, na sua versão completa (é a única que admito ter sido a escolha do Bruno Cunha) é um dos tais filmes que ficam guardados para sempre no lado esquerdo do peito. Não se identifica claramente com o drama ou com a comédia ou com o romance, mas tem um pouco de cada um deles. Para mim encontra-se num outro patamar, bem mais alto, e superior a qualquer género ou a qualquer moda passageira. Na pré-selecção que o Roberto fez para as categorias possíveis esqueceu-se da única em que este filme poderia ser incluído – a da definição do Cinema por excelência.

    ResponderEliminar
  6. PEDRO AFONSO: E olha que vale bem a pena. Ainda hoje o revi novamente.

    JORGE RODRIGUES: Nunca vi TOY STORY mas creio que STAR WARS é um digno representante; que já só pecava pela demora em aparecer numa destas listas. A escolha do CINEMA PARAÍSO podia ter sido, perfeitamente, a minha escolha, assim como o A GRANDE ESPERANÇA, que recomendo vivamente. O A ORIGEM ainda não vi, mas chegará ainda este ano ao CINEROAD.

    FLÁVIO GONÇALVES: Esses dois que referes, ainda não os vi ;)

    ARMINDO PAULO FERREIRA: Fica o apontamento curioso sobre A ORIGEM e a recomendação, da minha parte, do filme de Ford.

    BILLY RIDER: Ah, agora estiveste muito bem ;) De facto, nenhum filme poderá no meu entender homenagear tão bem o cinema quanto este CINEMA de Tornatore. Quanto ao filme do Ford e talvez por tê-lo visto ainda hoje, relembro-te: o filme debruça-se numa parte da vida do Lincoln, mais precisamente em alguns anos da juventude e início de carreira no Direito. A maior parte da acção tem a ver com a defesa do caso dos irmãos Clay em tribunal. Lincoln está lá, inicialmente como centro da acção, mas sensivelmente a meio do filme, Lincoln passa para subtexto, merecendo os valores humanistas o central destaque e importância. Podemos considerá-lo, ainda assim, um biopic, certo? (provocação :p | contexto: http://cineroad.blogspot.com/2010/11/as-escolhas-dos-20-6.html#comments)

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

    ResponderEliminar
  7. OK. Que fique claro que gostei do Inception mas falta-lhe algo para ser um filme "total" como foi o Batman TDK por exemplo.
    Sobre John Ford, ainda hoje nos canais TVCine, esteve a passar sem parar uma maratona de filmes deste realizador desde o meio da tarde até à madrugada (e durante a madrugada repete a mesma maratona até ser tarde!), mas depois de ver a sugestão fiquei danado de não ter figurado esse pois assim era uma "falha" que colmatava.
    http://armpauloferreira.blogspot.com/2010/11/canais-tvcine-novembro10-ouviste-falar.html

    ResponderEliminar
  8. Ora ainda bem que o “Cinema Paraíso” por aqui aparece. Serve de perfeita ilustração a algo que eu já queria dizer há algum tempo a esta parte e que fui sempre adiando. É que apesar de ter dado a minha contribuição a esta iniciativa do CineRoad, sempre tive grande relutância em “catalogar” os filmes, à semelhança do que sinto também em relação à música. Há filmes que pelas suas especificidades se “encaixam” perfeitamente num género. Podem abarcar mais do que um (e é isso que geralmente acontece) mas existe sempre aquele que sobressai dos restantes. No entanto, existem outros que fogem a qualquer “catalogação” (palavra horrenda esta), como o Diabo da cruz.
    A versão completa de “Cinema Paraíso” (ou também chamada de “director’s cut”) adquiriu o status de “filme da minha vida” por diversas razões (que um dia poderei explicar em detalhe quando me debruçar sobre ele no blog do Rato) e que por isso estará sempre presente em qualquer lista que eu faça dos meus filmes predilectos. No entanto nunca o citaria neste inquérito porque sinceramente não lhe consigo vestir o “colete de forças” de qualquer género ou categoria. E sou da opinião do Billy Rider, também – o filme só serve mesmo para definir o Cinema.

    Este primeiro episódio de “Star Wars” (hoje em dia tornado no IV, por interesses comerciais e cronológicos) era, à sua estreia, uma fita gira, bem disposta, habilmente cozinhada para agradar ao grande público. Tem a ver muito com o esquema tradicional do western na sua dicotomia entre bons e vilãos, embora alguém lhe tenha chamado já uma “space opera”. Mas pessoalmente não me parece que consiga ultrapassar os limites de uma opereta, sem pretensões maiores do que as de oferecer-nos um bom espectáculo de acção com algumas tonalidades épicas (para o que contribuiu decisivamente a música de John Williams), mas sem pesar demasiadamente sobre as nossas pulsações. Infelizmente a coisa não ficou por aqui e a cobiça tradicional de Hollywood deu origem a uma saga monstruosa, cujos últimos capítulos (ou os cronológicos primeiros) já me recusei a ver. De qualquer modo, uma boa escolha para o género da ficção-científica.

    Um bom filme, o biopic do Ford sobre o jovem Lincoln, que nos dá mais um excelente Henry Fonda, um dos maiores actores americanos de todos os tempos, e no qual sempre me espantou a facilidade com que convencia o público nas diversas personagens que foi encarnando ao longo da sua carreira. Compare-se, por exemplo, a ternurenta figura do Wyatt Earp da “Paixão dos Fortes” (um dos maiores Ford de sempre, talvez mesmo o meu preferido) com o maléfico Frank de “Aconteceu no Oeste” do Leone, para se entender a grande versatilidade do actor.

    Nunca tive interesse em ver “Toy Story” (devido ao enredo e sobretudo ao género – também sofro um pouco do estigma da “animação”) e esta “Origem” juntar-se-á provavelmente ao clube dos "nunca vistos e sempre rejeitados", onde por certo terá honras de sócio honorário.

    ResponderEliminar
  9. Star Wars como ficção científica? Eu compreendo porque se associam os filmes ao gênero, mas na realidade enquadram-se melhor na fantasia.

    ResponderEliminar
  10. Grandes escolhas, identifico-me com as que vi. Star Wars já se esperava, e com toda a justiça neste género. É um filme, que essencialmente contribuiu para o entretenimento e espectáculo dentro da ficção científica, não que não existisse já, mas Lucas aprofundou e ofereceu-nos um início de uma saga, de um universo, quase e um subgénero. Identifico-me, portanto, se bem que não seria totalmente óbvia a sua escolha.

    Nuovo Cinema Paradiso nunca vi, mas já o tenho há imenso tempo, ando a adiar...com isto talvez o veja entretanto. A Grande Esperança também nunca vi, mas é dos títulos de Ford que irei-me debruçar quando pegar mais a sério no realizador.

    Toy Story é uma escolha mais que legítima, e admiro-me como ainda não sido escolhido. Essencialmente criou e originou uma nova vaga e novo subgénero dentro da animação. Sem contudo, menosprezar e deixar de lado valores no argumento como a amizade, a partilha, a família, etc. É um excelente filme, que ainda assim meramente por gosto pessoal não o escolheria também.

    A Origem é mais que bem escolhida, e já o disse, um filme do Nolan é sempre adequado quando falamos em definições dos últimos anos em cinema. Sobretudo quando se faz tanto remake e sequelas e afins nos dias que correm.

    abraço

    ResponderEliminar
  11. STAR WARS: Por acaso, acho que esta é a única categoria em que, não obstante achar que há várias escolhas legítimas, de acordo com diferentes critérios, esta é mais ou menos absoluta, se pensarmos acima de quaisquer preferências pessoais e carinhos especiais.

    CINEMA PARAÍSO: Um belíssimo hino ao cinema e à perseguição de um sonho. Um dos filmes em que estive perto de chorar. A cena final é das melhores cenas de sempre (a dos beijos).

    TOY STORY: Provavelmente o maior marco da animação a seguir aos filmes que estiveram na sua origem.

    INCEPTION: Pelo Nolan, pelo impacto, por provavelmente vir a ganhar um Oscar, por ser um grande filme, um dos melhores destes três anos, boa escolha.

    ResponderEliminar
  12. Bem, antes de mais, obrigado ao Roberto e a todos os que comentaram.

    Star Wars, penso eu, é a ficção-científica. Pode não ser o melhor (aliás eu não vi todos os filmes de sci-fi) mas, na verdade, quando se fala de ficção-científica é o filme que nos vem à cabeça. É um dos maiores cult movies de sempre.

    Escolhi Cinema Paraíso porque pensei que ninguém se iria lembrar dele. Tive a dificuldade de o incluir num género pois uma obra-prima é sempre um filme que engloba vários géneros.

    O Biopic. Adoro Biopics. Quando muitos respondem que Cinema é pura diversão, eu diria que é uma profunda aprendizagem. Young Mr.Lincoln introduz-nos os primórdios da vida do Grande Lincoln e também Henry Fonda a quem a todos irá comover.

    Depois, Toy Story. Todos diriam provavelmente, O Rei Leão. Mas eu não. Sinceramente, não me lembro de nenhum filme de animação que tenha mexido tanto comigo. Começaram no ano em que nasci e durante anos os vi e revi e nunca, mas nunca, perderam a magia.

    Christopher Nolan é, para mim, o melhor realizador contemporâneo. Não há nenhum filme dele que eu não goste e já vivenciei vários filmes dele numa sala de cinema e temos de admitir que, actualmente, não há nenhum realizador que conjugue tão bem os blockbusters com qualidade. Pode não ser o melhor filme dos últimos três anos, aliás, pensei mesmo em escolher os Sacanas sem Lei ou o Gran Torino mas penso que Inception é o culminar de Nolan num mundo em que os blockbusters são sinais de apenas filmes-pipoca.


    Abraços a todos!

    ResponderEliminar
  13. Agradeço a todos pela participação! ;)

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

    ResponderEliminar
  14. Muito boa lista!

    STAR WARS é um marco incontornável da ficção científica e, ultimamente, do próprio Cinema!
    TOY STORY podia ser perfeitamente uma das minhas escolhas...também cresci com esta saga e o primeiro é sem dúvida especial!
    Quanto a INCEPTION, também gostei imenso e deixa com certeza uma marca no cinema actual, conjugando, tal como o Bruno disse, blockbuster com qualidade, e de modo perfeito arrisco eu!
    Em relação a CINEMA PARAÍSO e A GRANDE ESPERANÇA, são falhas a colmatar...

    Acrescento ainda, tal como outros já disseram, que foi bom ver o Bruno Cunha de regresso à blogosfera! ;)

    Cumprimentos

    ResponderEliminar
  15. Tenho a dizer que me surpreenderam as escolhas do Bruno. Bastante maduras.

    ResponderEliminar
  16. TIAGO RAMOS: Não que não esperasse maturidade do Bruno, mas de facto também não esperava uma lista tão "sólida". Ainda não vi A ORIGEM, está para breve, e só a minha avaliação do filme poderá comprometer esta minha apreciação.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

    ResponderEliminar

Comente e participe. O seu testemunho enriquece este encontro de opiniões.

Volte sempre e confira as respostas dadas aos seus comentários.

Obrigado.


<br>


CINEROAD ©2020 de Roberto Simões