sábado, 15 de janeiro de 2011

«AS INCONTESTÁVEIS» #8

obra-prima, s. f.
1. Obra primorosa, perfeita, das primeiras no seu género.
2. A melhor obra de um autor.

5 das Incontestáveis Obras-Primas
de Paulo Soares, leitor:
Nosferatu - O Vampiro (1922), de F. W. Murnau
Drácula (1931), de Tod Browning e de Karl Freund
Drácula (1931), de George Melford e de Enrique T. Ávalos
O Horror de Drácula (1958), de Terence Fisher
Nosferatu - O Fantasma da Noite (1979), de Werner Herzog

5 das Incontestáveis Obras-Primas
de Ricardo Vieira, autor do blogue 35mm:The Fountain - O Último Capítulo (2006), de Darren Aronofsky
Luzes da Cidade (1931), de Charles Chaplin
Metropolis (1927), de Fritz Lang
Encontros Imediatos de 3º Grau (1977), de Steven Spielberg
Nosferatu - O Vampiro (1922), de F. W. Murnau

Quem contesta?

20 comentários:

  1. Prefiro a segunda lista. Por juntar Lang, Murnau e Chaplin.

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  2. Queria dar os parabéns ao Paulo pela coragem. Também gosto muito das produções da Hammer e do filme do Coppola.
    Cumprimentos,

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  3. Não pude conter uma gargalhada com a lista do Paulo Soares :D

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  4. JOÃO GONÇALVES: Vou ser sincero. Considero as escolhas do Paulo completamente tentadoras. Dos 5 filmes só vi o primeiro - foi o primeiro filme, por coincidência, que vi na cinemateca - e é abismal. Grande, grande, grande, grande filme. Que experiência que foi para mim. Tenho especial curiosidade para ver o do Herzog.

    ELISABETE: Sim, não digo coragem, mas talvez ousadia. Foi uma forma completamente inesperada de responder ao desafio. Na segunda lista, só ainda não conheço o filme do Spielberg. Grandes escolhas.

    NEUROTICON: Nem mais. Vamos aguardar pelas justificações dos dois participantes, serão certamente muuito interessantes. E o que dizer deste leque de escolhas?

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  5. Da 1ª lista só vi o Drácula de Tod Browning e não achei nada de extraordinário, fiquei até algo desiludida porque estava á espera de algo diferente.
    Mas quero conhecer os outros, já há algum tempo que os quero ver.

    Da 2ª lista não vi o The Fountain e o Nosferatu... os outros 3 considero obras-primas incontestáveis.

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  6. boa noite

    Não havendo critério estrito para escolher as cinco obras excepto serem obras-primas incontestáveis, achei interessante salientar uma das personagens (se não a) que mais obras primas inspirou ao cinema.

    A primeira destas foi a obra do Murnau de 1922, uma das grandes obras do cinema expressionista e um dos melhores filmes de sempre na minha opinião.

    Alguns anos mais tarde a Universal com a adaptação do Tod Browning (e a que o james whale realizou do Frankenstein uns meses depois) tornou-se o estudio rei do cinema de terror e estabeleceu o terror como um género cinematográfico (de modo semelhante ao que a warner tinha feito no ano anterior com o genéro de gangsters). E o Bela Lugosi ficou como dracula para sempre para o seu bem e para seu o mal.

    O filme do Melford é um caso interessante na história do cinema. Nos primeiros anos do cinema sonoro era habitual serem produzidas além da versão inglesa ao mesmo tempo nos mesmo cenário versões dos filmes noutras linguas, para mais fácil exportação. Neste caso a versão espanhola, aproveitando ser realizada à noite e podendo visionar e melhorar sobre a versão em inglês filmada durante o dia, acabou por lhe ser superior na maioria dos aspectos (excepção o actor principal). Claro, sendo uma versão espanhola, praticamente não foi vista, até décadas depois da sua produção ser re-descoberta e re-avaliada (é hoje normalmente incluida como um extra da versão do Tod Browning).

    Após o Carl Laemmle Jr. Ter deixado a Universal em 1936 a produção de terror do estudio caiu rapidamente e deixou de haver um estúdio tão associado ao cinema de terror. Apenas décadas depois finalmente outro estúdio - a Hammer - atingiu um nivel mitico semelhante ao que a Universal tinha alcançado. O filme do Terence Fisher, sendo o segundo da série de longas metragens que o permitiu (neste caso o primeiro tinha sido Frankenstein) é aquele mais associado tanto ao periodo de ouro deste estúdio com à dupla Christopher Lee / Peter Cushing.

    Por ultimo, o “Nosferatu - O Fantasma da Noite” de 1979 é para mim uma das obras primas de uma das mais miticas (e das minhas preferidas) duplas realizador/ actor cinema, neste caso Herzog/ Kinski.

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  7. Diria que a lista do Ricardo é talvez aquela que, até agora, mais se aproxima de um conjunto de obras-primas incontestáveis. Se bem que o The Fountain é das coisas mais contestáveis que foram feitas nos últimos anos, por isso isto terá provavelmente mais a ver com a minha apreciação pessoal pelos filmes em questão. Em relação à do Paulo, um dos cinéfilos mais cultos que conheço, é das coisas mais bem-vistas de que há memória. Dos cinco só me falta ver o de Melford/Ávalos, mas os restantes quatro não recebem qualquer tipo de contestação da minha parte.

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  8. ROBERTO:
    O filme do Herzog é apenas a tentativa, frustrada, de refazer o filme do Murnau... a cores.

    O Rato Cinéfilo

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  9. Estava a ver que o Aronofsky não aparecia por aqui...

    O Rato Cinéfilo

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  10. Já agora, uma pergunta:
    - Se "obra-prima" é a melhor obra de um autor... todos os realizadores têm uma?

    O Rato Cinéfilo

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  11. A lista do Ricardo está equilibrada, de um ladoe vocou três títulos que são considerados pela maioria obras- primas Metropolis, Nosferatu, Luzes da Cidade.

    Depois meteu um que será completamente questionável, que é o The Fountain, mas que eu tal como eel também adorei, por isso fico contente que alguém o tenha escolhido, se há filme que nos faz sentir, o fountain é um deles.

    O do Spielberg não vi.

    As escolhas do Paulo são as mais curiosas até agora. Gostei da abordagem.
    Drácula deve ser a personagem que mais vezes foi adaptada ao cinema. Ele e Jesus, mas Jesus penso que na maioria até são telefilmes logo não é cinema (não desfazendo).

    Só vi o Nosferatu da lista, curiosamente ontem. Mas custa-me a crer que de entre os outros 4 não haja um pior que o do Coppola. Claro que isso só vendo.

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  12. Desde já quero dar os meus parabéns por as escolhas. São distintas, completamente, tirando o pormenor (bom promenor) do Nosferatu.

    Paulo: Tiveste uma óptima ideia em te centrares numa personagem tão mítica e que inspirou tantos cineastas como dizes. Vi alguns, não todos, mas lembro-me particularmente que, entre a estranheza e identificação com o que vi antes, quando vi Nosferatu pela primeira vez fiquei com boas memórias, apesar do género, e acho um filme absolutamente fabuloso!

    Ricardo: A tua lista é mais diversa, todavia igualmente boa. The Fountain é um bom exemplo, embora saiba que muita gente não o elevaria a obra-prima, reconheço a qualidade nele para o ser. Encontros de 3º grau e o do Chaplin também são igualmente admiráveis, já vi ambos e tenho uma opinião bastante positiva, embora talvez nunca os indicasse por esquecimento.

    Mais uma vez, parabéns pelas escolhas e que venham mais!:)

    http://cinemaschallenge.blogspot.com/

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  13. Mitica pela qualidade dos filmes que fizeram juntos(na minha opinião) mas especialmente pela forma como sendo os dois pessoas proximas da loucura puxaram um pelo outro. chegando ao ponto de (segundo reza a lenda) quando o kinski quis deixar a rodagem do Aguirre o herzog ter-lhe apontado uma arma e ameaçado matá-lo se não continuasse. O documentário "Burden of Dreams" do Les Blank (em si uma grande obra) sobre a rodagem do "Fitzcarraldo" ou o documentário "My Best Fiend" do proprio Herzog sobre a relação entre os dois são bons para ver o que passaram juntos.

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  14. É caso para dizer "unidos pelo sangue" :)
    A minha simpatia cinematográfica vai mais ao encontro do Ricardo.
    É que a lista do Ricardo tem "The Fountain" um filme pelo qual tenho um enorme carinho - uma história de amor profundamente espiritual e bela, feita com um sentido estético BRUTAL e inquietante.

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  15. Para efeitos semânticos, «obra-prima» compreende várias acepções, sendo uma delas «A melhor obra de um autor». Nessa acepção, parece que cada realizador terá a sua, sim. Mas é uma acepção que não se coaduna perfeita e necessariamente com a acepção de «obra primorosa, perfeita, das primeiras no seu género».

    Obrigado a todos pelos comentários.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  16. Escolhas bastantes curiosas de facto. Mas depois de ler as justificações, especialmente a do Paulo, compreendi na perfeição e subscrevo, até porque de outro modo não se teria diversidade e alguma surpresa.

    No entanto, e com muito pena minha, não vi nenhum filme apontado pelo Paulo. O Nosferatu do Murnau está para breve contudo. O resto conheço alguns de nome, outros nem por isso. Ficam como referência.

    Quanto às escolhas do Ricardo, não concordo nem me identifico com The Fountain, ainda que reconheça precisar de o rever.

    City Lights é um grande filme do Chaplin, de uma ternura e de um poder argumentativo enorme. Em qualquer obra de Chaplin é notório a imensa paixão pelo cinema, e aquilo que pode influenciar e transmitir. Não é a minha obra preferida do realizador, mas considero-a uma obra-prima.

    O Metropolis, o Encontros Imediatos de 3º Grau e o Nosferatu nunca vi, embora os três estejam para breve.

    abraço

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  17. O Paulo Soares, com muito engenho, deu a volta ao que é normal surgir por aqui nas listas. Incontestável não só a personagem como serão os filmes, que julgo não os ter visto todos (mas acredito que além do 1º -que é mítico e incontornável-, dos outros já lhes ter visto grande parte, pela TV ao longo dos anos... vejo imagens de alguns dos títulos e reconheço-os, pois há vinte anos atrás e mais- estes clássicos passavam na TV com outras honras que hoje já não se quer dar). Uma lista super interessante sobre "O" vampiro, que trouxe um novo twist a estas iniciativas do Roberto.

    Da lista do Ricardo, acho-a eximia, diversa e que parte para algumas direcções interessantes.
    Não sou grande fã do The Fountain a ponto de o ter para mim como uma obra-prima mas que é um filme tocante e invulgar... isso é.
    Se há obras cujo termo de obras-primas incontestáveis do Cinema, algumas dessas são as que ele trouxe: "Nosferatu", "Metropolis" e o Luzes da Ribalta" do mitico (e icone) Chaplin.
    Por fim, os "Encontros Imediatos" do Spielberg... este de Spielberg é ambivalente pois não só é uma abordagem Sci-Fi optimista e repleta de momentos de antologia (a cena da comunicação por sons é inesquecível), como também serve de belo exemplo de cinema fantástico para massas (e familias) como deve ser, sendo tremendamente inspirador não só pelo lado visual mas pela mensagem de paz. O Spielberg tem obras mais "primas" que este (Schindler por ex). Mas este e a para com o ET são uma "colheita especial" (e também em parte responsáveis por muito do cinema pipoca dos dias de hoje).

    Por fim, acho que deste embate sai mais vencedor pela diversidade, o Ricardo Vieira do 35mm. Mas o twist do Paulo Soares é de se tirar o chapéu (pode ser de Chaplin)...

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  18. Penso que The Fountain poderá gerar mais contestação, mas eu sou um acérrimo defensor da qualidade do filme. Acho mesmo que é o melhor do Aronofsky. Uma experiência sensorial tocante!

    Os restantes serão mais ou menos consensuais e escolhi-os por me terem proporcionado experiências inesquecíveis. Também penso que influenciaram a 7º arte pela qualidade técnica como mensagem/ideia que transmitiram na sua época de estreia (que perdura até aos dias de hoje).

    A lista do Paulo Soares é, de facto, muito curiosa. Dos escolhidos só vi o Nosferatu, filme que também entrou nas minhas escolhas.

    Obrigado pelo convite, Roberto. Obrigado a quem comentou.

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