Realização: Shekhar Kapur
Principais Actores: Cate Blanchett, Geoffrey Rush, Clive Owen, Abbie Cornish, Rhys Ifans, Samantha Morton, Jordi Mollà, Tom Hollander
Crítica: O filme tinha quase tudo para resultar. Mas o argumento é forçado e a realização não é brilhante. Cenas como as da batalha final surgem-nos despropositadas, pelo menos da forma como foram tratadas (a despachar e sem grandes consequências para a narrativa), ainda que belíssimas do ponto de vista visual e poético. Entendem-se, com esforço, as decisões dos argumentistas para focar o filme no íntimo da protagonista; decisões que, claramente, não resultaram. O guarda-roupa e o trabalho de fotografia são, no entanto, verdadeiramente portentosos. E Cate Blanchett está magnífica, uma vez mais. No final, e pelo menos nesta versão dos factos em cinema, o navio tomba e com ele, irremediavelmente, todos se afundam... ingleses, espanhóis... cineastas... Um lamentável desperdício.
Está aprovado, Cate Blanchet conseguiu cumprir mais uma excelente interpretação, naquela que poderá contar como a sua 4º nomeação para o Óscar, se caso não for neste filme, bem pode ser no esperado I’m Not There (a biografia de Bob Dylan), contando já com frases marcantes como “I, too, can command the wind, sir! I have a hurricane in me that will strip Spain bare if you dare to try me!” dita com emoção que só a australiana actriz consegue prestar. Elizabeth – The Golden Age é a sequela do drama histórico da vida da notória monarca inglesa, que o qual em 1998 acentuou ao Mundo, Cate Blanchet, que anteriormente havia-se destacado em series como Bordertown ou em filmes menores como Óscar E Lucinda.
ResponderEliminarPassado 9 anos, Shekhar Kapur transforma a sua biopic num épico de grande fôlego e sofisticação visual e sonora, com uma das bandas sonoras corais mais espantosas deste ano, mas de porções exageradas, mas para bem de um espectáculo maior que nenhum espectador sairá indiferente, uns poderão aclama-lo como um belo entretenimento para adultos outros por uma manipulação técnica o qual a segunda parte do filme se converte. Mas tal como no primeiro, Kapur reconta a história de uma forma leve, não aborrecida e ausente de qualquer artifícios de “pastelão”, ao mesmo tempo dá um toque pretensioso e demasiado pipoqueiro.
Peca por ter personagens em demasia e não conseguir recorrer a um aprofundamento substancial do elenco secundário (mesmo que com a boa interpretação de Clive Owen e de uma grandiosa cena com Samantha Morton correspondente ao sua execução), mas de facto é o deveras impressionante a forma que Kapur filma as suas tramas, glorificando com movimentos “quase” mestres da câmara e de um banda sonora arrebatadora, mesmo que exagerada para algumas ocasiões, que o qual prestam uma homenagem santificada de um arquitecta rainha que conduziu a sua nação a uma invejável idade de ouro. Não é um filme perfeito, nem o melhor candidato para a corrida do cobiçado premio de Melhor Filme da Academia, é um épico á moda antiga e um entretenimento visual e sonoro por excelência, e bastante longe da “porcaria” que a maioria dos críticos dos jornais portugueses querem tentar-nos vender.
Belíssimo visualmente, mas, de resto, é um dos piores filmes da década. Dá até dor de cabeça
ResponderEliminarHUGO GOMES: Obrigadíssimo pela excelência do testemunho! ;) Cate Blanchett está, de facto, assombrosa. É pena, contudo, que o resto da produção não lhe fizesse jus; exceptuando, como disse, tanto o guarda-roupa como a fotografia. Não creio que a banda sonora seja tão brilhante como manifestas, mas são opiniões ;) Concordo muito contigo quando te referes ao sub-aproveitamento do elenco secundário. É pena, porque era dos filmes mais esperados do ano para mim. Aquele trailer prometia tanto...
ResponderEliminarBRENNO BEZERRA: Não sei se dá dor de cabeça :b mas que suscita algumas questões pertinentes, isso sem dúvida!
Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Assim ela é minha deusa. Top do Top ... mas esse filme é um lixo. Chatissimo demais ... Dá até pena do filme ... mas com certeza, as fotos postadas relembram que nem toda a beleza nos fazem garantir espetaculo.
ResponderEliminarTirando Cate e a parte técnica, não há muito neste filme pelo qual eu queira recordar. O primeiro é bem melhor.
ResponderEliminarO filme é fraco, mas a Cate Blanchet está ótima como sempre.
ResponderEliminarAbs!
É, não é ruim, mas é banal.
ResponderEliminarDR. JOHNNY STRANGELOVE, WALLY, PEDRO HENRIQUE e GUSTAVO H.R.: Estamos, pelo que parece, todos de acordo ;)
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema