Realização: Anthony Minghella
Principais Actores: Ralph Fiennes, Juliette Binoche, Willem Dafoe, Kristin Scott Thomas, Naveen Andrews, Colin Firth, Julian Wadham, Jürgen Prochnow
Crítica:
UM AMOR NO DESERTO
Grande, grande filme. Avassaladoramente poético e romântico, O Paciente Inglês é dotado de uma sensibilidade e subtileza extraordinárias e ficará para sempre recordado como um dos mais belos filmes a que tive o prazer de assitir.
A banda sonora de Gabriel Yared, desde os temas mais íntimos e tocantes aos mais épicos e poderosos, é absolutamente magnífica e encerra um mistério tão incomensurável como o próprio deserto, muito à semelhança da deslumbrante cinematografia de John Seale. O guarda-roupa e o trabalho de cenografia revelam-se essenciais para o triunfo da recriação histórica. As escolhas de casting não podiam ter sido melhores: Ralph Fiennes, Kristin Scott Thomas, Juliette Binoche, Willem Dafoe e Naveen Andrews... todos assombrosos nas suas interpretações.
O Paciente Inglês está ainda repleto de cenas verdadeiramente memoráveis: as cenas íntimas entre o conde Almásy e Katherine, as jornadas no Sahara, as surpresas românticas de Kip a Hana ou as danças à chuva ao som nostálgico de Cheek to Cheek. Até ao final, cruelmente doloroso e desolador, Anthony Minghella dirige esta obra sobre paixão em tempo de guerra, identidade e memória de forma magistral. Com uma inspiração profunda e erudita, um encanto de mestre (talvez por ser um conhecedor maior da obra de Michael Ondaatje, ou não fosse ele o responsável pela adaptação).
Enfim: O Paciente Inglês é, no seu todo, um feito incontornável e que emana perfeição. Um clássico absoluto.
UM AMOR NO DESERTO
Grande, grande filme. Avassaladoramente poético e romântico, O Paciente Inglês é dotado de uma sensibilidade e subtileza extraordinárias e ficará para sempre recordado como um dos mais belos filmes a que tive o prazer de assitir.
A banda sonora de Gabriel Yared, desde os temas mais íntimos e tocantes aos mais épicos e poderosos, é absolutamente magnífica e encerra um mistério tão incomensurável como o próprio deserto, muito à semelhança da deslumbrante cinematografia de John Seale. O guarda-roupa e o trabalho de cenografia revelam-se essenciais para o triunfo da recriação histórica. As escolhas de casting não podiam ter sido melhores: Ralph Fiennes, Kristin Scott Thomas, Juliette Binoche, Willem Dafoe e Naveen Andrews... todos assombrosos nas suas interpretações.
O Paciente Inglês está ainda repleto de cenas verdadeiramente memoráveis: as cenas íntimas entre o conde Almásy e Katherine, as jornadas no Sahara, as surpresas românticas de Kip a Hana ou as danças à chuva ao som nostálgico de Cheek to Cheek. Até ao final, cruelmente doloroso e desolador, Anthony Minghella dirige esta obra sobre paixão em tempo de guerra, identidade e memória de forma magistral. Com uma inspiração profunda e erudita, um encanto de mestre (talvez por ser um conhecedor maior da obra de Michael Ondaatje, ou não fosse ele o responsável pela adaptação).
Enfim: O Paciente Inglês é, no seu todo, um feito incontornável e que emana perfeição. Um clássico absoluto.
O Paciente Inglês é de uma riqueza ímpar em detalhes. Sua história é linda, o elenco excelente e cada frase é inesquecível.
ResponderEliminarAbs!
Honestamente não consigo perceber a popularidade deste filme. A história é totalmente previsível... um romance de ler na praia.
ResponderEliminarClaro que cada um tem o direito de ter a sua opinião mas um Óscar para este filme? Nunca!
KAU OLIVEIRA: Subscrevo-o inteiramente. Uma história rica em detalhes, polida com beleza e perfeição.
ResponderEliminarMARTA: Há uns tempos concordaria contigo, no que se refere a não conseguir perceber a popularidade do filme. Mas tenho-te a dizer que a actual classificação é o resultado da re-apreciação da obra, feita por mim recentemente. Não é uma história previsível, muito pelo contrário. O final - tão cruel como é - não é, de forma alguma, facilmente imaginado ou esperado. É profundamente trágico.
Romance a ler na praia? Não queiras saber as obras magníficas que já li na praia. É curioso como a popularidade deste filme tem vindo a diminuir com os anos... não se fala tanto de O PACIENTE INGLÊS como de outros que venceram o Óscar nos anos 90. Não é claramente um filme para todos. É erudito e foi filmado com uma elegância invulgar.
Estamos, pois, em profundo desacordo.
Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
A primeira vez que assisti a este filme não o consegui acabar, adormeci. A segunda vez vi-o do inicio ao fim e gostei muito muito. Mas compreendo porque custa para algumas pessoas assisti-lo, prolonga-se um pouco demais. Mas eu gostei, e lembro-me bem dessa citação. Gostei bastante da Juliette Binoche.
ResponderEliminarClássico dos romances épicos. E um que preciso rever logo, logo.
ResponderEliminarANONIMO: Obrigado pela prestação. Agradecia no entanto que a próxima intervenção fosse assinada, se possível. Quanto ao seu testemunho: eu gostei muito mais do filme da última vez que o vi. É muito erudito ;) Pelo que pode cansar muito boa gente.
ResponderEliminarWALLY: «Clássico dos romances épicos». Muito bem dito.
Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Confesso que fui rever o filme devido às críticas que por aqui fizeram. Da primeira vez, lembro-me que adorei. Desta segunda, já vi com outros olhos. Confesso que acho que os prémios à Binoche foram um tanto ou quanto exagerados (não considero que ela esteja assim tão bem), mas tudo o resto continuou a encantar-me, sobretudo as cenas no deserto e na gruta. Acho que consigo perceber, no entanto, porque é que o filme tem sido esquecido. É bonito, sim, poético, e aquela cena deles a sairem da gruta passa sempre que se falam em grandes filmes. Mas histórias de amor e da segunda guerra é o que mais há por aí e julgo que este filme vai tornar-se um daqueles que uma pessoa vai ver pelos prémios que teve e apanha uma grande surpresa.
ResponderEliminarCLAUDIA GAMEIRO: :) Revejo-me em todas as tuas palavras... Obrigado pelo comentário.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Já o vi. Assim por acaso :)
ResponderEliminarBoa descoberta, ainda assim esperava mais. É um romance épico que tem uma grande fotografia, uma grande banda sonora e uma grande cenografia...e um bom argumento. Explico, o argumento é bom, muito bom nas subtilezas, no intimismo, no romance, mas quando se pede alguma coerência e maior desenvolvimento de modo a avançar, o filme estagna, mantém-se e não sai do mesmo. Até pode ser nesse ritmo e nessa contínua subtileza que possui a sua grande qualidade, mas a mim não me convence e sobretudo não me agrada por aí além.
Acho que tinha funcionado melhor apenas com duas horas de filme...talvez.
Gosto, mas não o elevo tanto como tu. Contudo tem cenas muito boas e interpretações assombrosas, onde reside o seu grande triunfo a meu ver.
abraço
JORGE: Se calhar esperavas era outra coisa ;) Também já passei por essa fase. Hoje, não poderia querer ver mais nada nesta obra. É lindíssima, magistral. Estou claramente mais entusiasmado do que tu ;) mas cada um com os seus gostos. Não sei onde é que o filme pode ser incoerente. Arrastado talvez, em algum ponto, consoante o estado de espírito ou o gosto pessoal. Agora incoerente não me parece. Onde denotas essa falta de "alguma coerência"?
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Bom coerência não foi um bom adjectivo, reflecte um pouco o meu desapontamento...é no sentido de ser arrastado sim, e por vezes dar a sensação de "muita parra, pouca uva". É um belo filme visualmente, que de conteúdo se revela simples, curto, embora à medida do género clássico romântico que se insere. O argumento reserva poucas surpresas tendo em conta o tempo de duração da película (demasiado longa). Chega mesmo a roçar o melodrama.
ResponderEliminarEnfim, é como dizes, poderá vir a ser uma referência futura pela sua particularidade, sobretudo das últimas décadas. De momento não é. Acho-o apenas e só um bom filme, visualmente estonteante.
Ah e respondendo à tua pergunta no espaço do "In Bruges" aqui há uns dias - sim concordo e sou mesmo levado a dizer que gosto mais desta interpretação de Ralph Fiennes do que em a Lista de Schindler. Mais humana e não tanto carismática. Mas são ambas grandes performances.
abraço
JORGE: Ai, "coerência" não é um adjectivo, é um substantivo! ;) Grande performance de Ralph Fiennes, sem dúvida, mas muito sumo destas uvas douradas! Talvez venhas a viver o filme de outra forma, no futuro. Quem sabe!
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Ai ai, é mesmo! Fartei-me de rir pelo meu lapso e pelo teu sentido de humor. Uvas com pouco sabor por agora mas talvez sim ainda verdes. Poderá surgir um ano de boa colheita, quem sabe :)
ResponderEliminarabraço
JORGE: Verdes com certeza. Esperemos então por um bom ano, em que te deixarás de provas e passarás a saboreá-lo, a verdadeira degustação. Agora a sério, podes nem vir a gostar tanto do filme como eu! Mas de facto o filme é saboroso é nos pequenos pormenores que decorrem durante aquilo que referes como arrastamento. Quando muito não sejam as virtuosidade e sensibilidade do realizador.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
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