domingo, 7 de setembro de 2008

O LABIRINTO DO FAUNO (2006)

PONTUAÇÃO: MUITO BOM
Título Original: El Labirinto del Fauno
Realização: Guillermo del Toro

Principais Actores: Ariadna Gil, Ivana Baquero, Sergi López, Maribel Verdu, Doug Jones, Alex Angulo, Roger Casamajor, César Vea


Crítica:

A FÁBULA MALÉFICA


Obedecer por obedecer, así sin pensarlo...
só lo hacen gentes como usted, Capitán.


O Labirinto do Fauno tem tanto de mágico e fabuloso como de cruel e aterrador.

Um filme tão fantástico quanto sério, mas onde a fantasia acaba por levar a melhor. Este filme é belo, bastante arrojado a nível estético (fotografia, cenários, guarda-roupa e caracterização), tem uma banda sonora encantadora... Uma fábula sedutora sobre o poder da inocência. Para miúdos e graúdos.

6 comentários:

  1. Humm... que dizer sobre esta obra...
    Bem é apenas algo de uma substancia sublime, onde o real e o fantástico se misturam para dar origem a duas linhas distintas.
    Por um lado temos fantástico, um Fauno travesso com um objectivo um pouco obscuro... Por outro temos o real, uma guerra um pouco sangrenta...
    No meio desta duas realidades que se entrelaçam na historia de uma menina que com a sua inocência e um toque de ingenuidade vai provar a sua coragem.
    Com localizações e cenários impressionantes, e colmatado pelas caracterizações sem falhas o mundo é criado de tal maneira credível, nos envolve por isso acho que o filme é merecedor de um excelente!

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  2. BBOY_DXM: Tenho dúvidas quanto à substância sublime desta obra, como tu dizes. É, na minha opinião, um filme sobrevalorizado.

    Cumps.
    Roberto F. A. Simões
    CINEROAD – A Estrada do Cinema

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  3. Percebo-te Roberto, também o achei a princípio sobrevalorizado (isto talvez por ser um pouco original e arriscado naquilo que dispõe e por se necessitar às vezes de apreciar obras menos comerciais ou provenientes todas de um universo "Hollywoodesco").
    Agora de facto o filme não me fascinou de imediato, no entanto deixou logo uma semente que me levou pouco tempo depois a revê-lo; aí melhorou logo, pois foi refrescante e surpreendente a fluidez com que o vi (sendo já a segunda e não me tendo cativado demasiado da primeira).

    Tornou-se então com o passar do tempo, e para mim, um filme excepcional, poderoso, e único, ao ponto de o ter já revisto mais vezes, e a ser, hoje em dia, grande admirador de Guillermo del Toro - um grande contador de histórias de fantasia que mistura realidade com ficção de forma tão harmoniosa e emocional...a banda sonora é assombrosa...
    Comparo-o muito com o Clint Eastwood na sua forma particular de sugerir boas histórias e torná-las inesquecíveis, independentemente do género.

    Não sei como não considerar esta obra única no panorama actual, à sua maneira transforma-nos em crianças a vida inteira, e como isso é bom...
    Um filme para a vida, daqueles que levaria para uma ilha deserta :)

    abraço

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  4. JORGE: Não percebo, de todo, a comparação com Clint Eastwood. Quanto ao filme em si, já o vi umas três vezes e cada vez me apercebo mais do quão sobrevalorizado é.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  5. Pois então se calhar trata-se mesmo de uma questão de gosto; particularmente acho o filme único na forma como explora um universo fantástico de forma tão realista, harmoniosa, calma, sem pressas e sem acção (característica de muitas fantasias), e de uma sensibilidade tocante e visualmente encantadora.

    Em relação à comparação com Clint Eastwood, talvez não seja muito clara, mas (e provavelmente) materializa-se apenas na minha mente, pois como vejo os filmes do Clint sempre com toques calmos, sem pressas, harmoniosos, particulares, histórias únicas que transformam filmes extremamente coerentes e bem contados; a comparação então, com Guillermo del Toro (em particular este filme, mas não só) torna-se, para mim, fácil, pois os dois realizadores provocam em mim semelhantes sensações e emoções, com a sua fluidez e calma transposta visualmente numa fotografia bem enquadrada e com bandas sonoras lineares que transportam a história do início ao fim. Enfim é uma questão pessoal de percepção e coerência.

    abraço

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  6. JORGE: Eu concordo com todo o teu parágrafo. Será, porventura, uma questão de gosto. É isso tudo que tu dizes, mas não o considero um filme sublime. É bem feito, mas não sublime, no meu entender.
    É de facto uma questão pessoal - muita gente concorda contigo. Eu não gosto muito daquela mistura entre violência estética e quase lirismo fantástico. Acho uma mistura demasiado indegesta, o que faz o filme único. É essa, muito provavelmente, a característica que faz tantos gostarem do filme, eu sei. Mas a mim não me agrada especialmente. Não ao ponto de lhe atribuir as 5 estrelas.

    Considero-o um bom filme e ponto ;)

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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