★★★★
Título Original: We Don't Live Here AnymoreRealização: John Curran
Principais Actores: Mark Ruffalo, Laura Dern, Peter Krause, Naomi Watts, Sam Charles, Haili Page, Jennifer Bishop, Jim Francis, Amber Rothwell
Crítica:
Sério. Contundente. Acutilante. Assim é a abordagem de Desencontros ao casamento. Mark Ruffalo e Laura Dern, Peter Krause e Naomi Watts: dois casais, quatro amigos, quatro formidáveis interpretações. Acabados os estudos, casaram e tiveram filhos - seguiram, pois, o padrão sócio-cultural monogâmico das sociedades ocidentais. Às tantas, porém, as relações de ambos os casais cessaram de evoluir e estagnaram, por assim dizer, caindo numa crescente saturação. E no desesperante vazio das relações, sabemo-lo, começa ou intensifica-se a falta de diálogo e de compreensão e, também, a tensão sexual. Por isso, muitas relações conhecem a ruptura, nomeadamente através do adultério. O processo de destruição do casamento acaba por ter um seguimento de cruel egoísmo para com os filhos, provocando, quando arrastado e ainda para mais perante um swing entre casais amigos, uma autêntica decadência moral.
Ainda que nunca verdadeiramente excepcional, o filme de John Curran (bastante competente atrás das câmeras, diga-se de passagem) cria uma atmosfera de uma densidade notável. E o apelo à reflexão é por demais conseguido... Aliás, é impossível sair alheio a toda a teia de segredos e traições, feridas e ressentimentos. A quem se conseguir identificar minimamente com aquelas personagens (o que acontecerá com muitos espectadores, certamente), a sensação de incómodo far-se-á sentir inúmeras vezes.
Aqui fica o apontamento sobre um filme independente, de inegáveis qualidades - onde as dramatúrgicas merecem, claramente, um principal destaque.
IRRESISTÍVEL TENTAÇÃO
Sério. Contundente. Acutilante. Assim é a abordagem de Desencontros ao casamento. Mark Ruffalo e Laura Dern, Peter Krause e Naomi Watts: dois casais, quatro amigos, quatro formidáveis interpretações. Acabados os estudos, casaram e tiveram filhos - seguiram, pois, o padrão sócio-cultural monogâmico das sociedades ocidentais. Às tantas, porém, as relações de ambos os casais cessaram de evoluir e estagnaram, por assim dizer, caindo numa crescente saturação. E no desesperante vazio das relações, sabemo-lo, começa ou intensifica-se a falta de diálogo e de compreensão e, também, a tensão sexual. Por isso, muitas relações conhecem a ruptura, nomeadamente através do adultério. O processo de destruição do casamento acaba por ter um seguimento de cruel egoísmo para com os filhos, provocando, quando arrastado e ainda para mais perante um swing entre casais amigos, uma autêntica decadência moral.
Ainda que nunca verdadeiramente excepcional, o filme de John Curran (bastante competente atrás das câmeras, diga-se de passagem) cria uma atmosfera de uma densidade notável. E o apelo à reflexão é por demais conseguido... Aliás, é impossível sair alheio a toda a teia de segredos e traições, feridas e ressentimentos. A quem se conseguir identificar minimamente com aquelas personagens (o que acontecerá com muitos espectadores, certamente), a sensação de incómodo far-se-á sentir inúmeras vezes.
Aqui fica o apontamento sobre um filme independente, de inegáveis qualidades - onde as dramatúrgicas merecem, claramente, um principal destaque.
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Nota especial para o péssimo título português.
Parece que aprovaste o filme! ;)
ResponderEliminarGostei da tua crítica!
Cumps***
Hmm, estou a ver que afinal valeu a pena substituir o Polanski, não?
ResponderEliminarBLACKBERRY: Obrigado ;) Aprovei, pois. É um bom filme! Surpreendeu-me bastante, tenho que admitir.
ResponderEliminarMARCELO PEREIRA: Referes-te ao facto de o Jornal PÚBLICO ter lançado este DESENCONTROS em vez do TESS (sem, ao que parece, ter dado qualquer explicação). Não sei, ainda não vi o TESS. Mas este DESENCONTROS é melhor do que aquilo que esperava dele, incontornavelmente.
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Tenho este filme, mas fui demasiado influenciada por criticas que vi na internet (e.g. imdb) e estupidamente perdi a vontade de o ver. Mas depois de ler o que escreveste amanhã vejo sem falta!!! :)
ResponderEliminarINÊS GUEDES: Bem-vinda ao CINEROAD! Asseguro-te que não é nenhuma espécie de obra-prima ou algum pedaço extraordinário de cinema. Mas é muito melhor do que aquilo que esperava dele e do que aquilo que tu - porventura - esperas dele. Olha que também o tive na prateleira por uns tempos, mas vale a pena. Não é, de todo, um desperdício de tempo.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
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