sábado, 20 de março de 2010

STAR WARS II - O ATAQUE DOS CLONES (2002)

PONTUAÇÃO: MUITO BOM
Título Original: Star Wars: Episode II - Attack of the Clones
Realização: George Lucas

Principais Actores: Ewan McGregor, Natalie Portman, Hayden Christensen, Samuel L. Jackson, Christopher Lee, Ian McDiarmid, Jack Thompson, Jimmy Smits, Frank Oz, Temuera Morrison

Crítica:


Attachment is forbidden. Possession is forbidden.

Compassion, which I would define as unconditional love, is essential to a Jedi's life.
So you might say, that we are encouraged to love.

Uma saga como Star Wars exigia toda uma evolução tecnológica que lhe permitisse criar um universo paralelo e credível, à altura do seu próprio conceito. Eu sou daqueles para quem os prodigiosos efeitos especiais da era digital vieram - em definitivo - beneficiar e muito a dimensão criativa de George Lucas. Alguém preferirá o tão inexpressivo boneco ao Mestre Yoda deste filme? Por isso mesmo considero que uma obra como O Ataque dos Clones não só superou uma certa ineficácia das mascotes e miniaturas utilizadas anteriormente como ultrapassou a saturação da estrutura episódica da narrativa (presente nos episódios IV, V e VI) e teve finalmente a oportunidade para, sem desfocar a diegese principal, pintar e enriquecer todo um segundo plano. Se isso já era notório em A Ameaça Fantasma, o que hei-de eu dizer deste episódio II?... A cada cena, somos agora presenteados com um visual ainda mais estonteante: a excelência do design é deveras impressionante e as imagens são belíssimas, ricas em detalhe, em pormenor. A narrativa tem agora oportunidade para respirar, sendo que submergimos nas maravilhas daquele mundo fantástico. O romance entre Anakin e Padmé, por exemplo, evolui perante deslumbrantes e oníricas paisagens. Nunca a saga Star Wars se aproximou tanto da etérea beleza como agora...

E, como se isso não bastasse, Ewan McGregor, Natalie Portman e Hayden Christensen têm uma qualidade e profundidade nas suas interpretações que nunca abundou no elenco da primeira trilogia, exceptuando uma ou outra cena. Ou seja, acredito seriamente que há nesta segunda trilogia uma dimensão humana superior, apesar da significativa presença dos efeitos digitais (que poderiam pôr em risco a qualidade dramatúrgica da obra caso esta estivesse noutras mãos que não as de George Lucas; aqui mais inspirado do que nunca).

A dimensão do espectáculo expande-se ao sabor da incomensurabilidade do próprio espaço e da imaginação. A banda sonora de John Williams transfigura os temas originais e envolve-nos uma vez mais, numa aventura sem limites. Desencadeiam-se combates estrondosos, com uma qualidade sonora assombrosa. O Ataque dos Clones é - tão somente - a já mítica guerra intergaláctica ao rubro e no seu melhor. Faz-se história, novamente.

9 comentários:

  1. Se dás nota máxima a este Episódio, o que darás ao episódio final??? Mas é bem dada a nota!

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  2. Bem, eu esperava as 3 estrelas e nunca as 5.
    Em termos de efeitos especiais, é portentoso o filme.

    Mas a concepção do Anakin, desde a sua insuportável e irritante arrogância (lembro-me da cena em que se atira de uma nave, ainda na recta inicial)até à péssima interpretação do Christenssen, que é tudo menos actor.

    3*

    Abraço!

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  3. JOÃO BASTOS: Tan-tan-tan-tan! LOL É esperar para ver! ;D

    JACKIE BROWN: Anakin é uma personagem com uma personalidade rebelde, irreverente e insolente, por vezes. Há personalidades assim. Pessoalmente, acho que o papel de Hayden Christensen lhe cai que nem uma luva. Nem todas as personagens exigem performances trabalhadíssimas, em 'over' ou 'underacting'.

    Cumps.
    Roberto Simões
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  4. Eu bem digo que este episódio é um máximo!
    Assume uma maior vertente humana e, como tu escreveste, Lucas estava inspirado, aqui, presenteou-nos uma digna sucessão da saga dos anos 70/80 e deixou-nos babados pelo capítulo seguinte e, infelizmente, o último!

    Abraço
    Cinema as my World

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  5. Epa, acho que Hayden Christensen foi o actor ideal para o papel. Está excelente!!! ainda mais no episódio 3, mas esperemos pela crítica.

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  6. NEKAS: É um máximo, sim. Dentro do universo STAR WARS é, provavelmente, o episódio do qual mais gostei! Surpreendente. Quem ainda não se aventurou pela saga não sabe o que está a perder. Sobretudo, a meu ver, nesta segunda e mais recente trilogia.

    JOÃO BASTOS: Eu também acho isso. Quanto ao A VINGANÇA DOS SITH, é esperar, sim. A crítica estará brevemente disponível.

    Cumps.
    Roberto Simões
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  7. Concordo entusiasticamente que o Episódio II é uma evolução em todos os aspectos do Episódio I, que reflete a maturidade das personagens, principalmente um Obi Wan mais sensato e um Anakin a trilhar o caminho até ao Lado Negro. Interessante assistir a Anakin tomar as decisões erradas, de que o espectador já conhece as consequências: a sua transformação no cyborg Darth Vader que só terá redenção no Episódio VI ao salvar o seu filho do malvado Imperador Palpatine, que no Episódio II é dissimulado líder de um senado corrupto e um manipulador de Anakin, que só vai revelar completamente o jogo no próximo episódio.
    Episódio II tem um bela e clássica história de amor proibido, excelentes cenas de acção, e finalmente somos apresentados ao clones. Foi emocionante ver surgir as naves da República que são protótipos das usadas pelo Império na trilogia clássica; assistir aos Jedis no topo de forma, e muito mais!

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  8. CINE31: Subscrevo-te em todas, todas as palavras. Magnífico filme! Porventura, o meu favorito dos seis.

    Cumps.
    Roberto Simões
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  9. Identifico-me com tudo que dizes. Não disse?!
    Uma maior dimensão humana e histórias paralelas mais desenvolvidas, que só aumentam o dramatismo, a substância e as emoções. O que por si só já me tinha deslumbrado no capítulo anterior, aqui me transcendem. Os cenários e toda a componente visual estão estonteantes, fabulosos.

    Que dizer também da banda sonora de John Williams, que se reinventa, e tal como dizes, se transfigura, acrescenta mais a uma sonoridade intemporal. Que só ajuda nas batalhas, na emoção e nos diálogos, aqui presenteados por boas interpretações.
    É talvez mesmo a primeira vez que se sente a profundidade dos personagens. De todos, com destaque para McGregor, Natalie Portman e Hayden Christensen.

    Começamos a entender e a exercitar mentalmente a união das trilogias, tão bem preparada, subtilmente elaborada. A presença de Ian McDiarmid, subtil e discreta antevém o futuro, o negro futuro.

    Grande George Lucas na criação, no argumento.

    abraço

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