sexta-feira, 19 de março de 2010

STAR WARS I - A AMEAÇA FANTASMA (1999)

PONTUAÇÃO: BOM
Título Original: Star Wars I - The Phantom of Menace
Realização: George Lucas

Principais Actores: Liam Neeson, Ewan McGregor, Natalie Portman, Jake Lloyd, Ian McDiarmid, Pernilla August
Crítica:

- You're a slave?
- I'm a person and my name is Anakin.

Uma space opera como cada um dos capítulos de Star Wars vive da acção e da explosão de cor que nos atrai para um inconfundível universo de entretenimento. O progresso tecnológico no campo dos efeitos especiais ficou para sempre marcado com o filme de 1977 e só um novo avanço, digitalmente prodigioso, poderia revitalizar e catapultar a saga para uma dimensão superior. Foi o que aconteceu. Os fantásticos efeitos especiais que ingressaram na saga a partir desta nova trilogia, iniciada com A Ameaça Fantasma, permitiram aquilo a que os episódios IV, V e VI estavam inevitavelmente impossibilitados de atingir: uma autêntica e extraordinária expansão visionária. Sem limites.

A Ameaça Fantasma recupera um registo mais infantil, muito presente em O Regresso de Jedi. Personagens caricatas e hilariantes como Jar Jar ou o mercenário Watto não só animam como deixam a sua marca na obra. De notar que a sua concepção digital vem superar a inexpressividade dos bonecos usados em grande número na primeira trilogia. Depois, temos a cena da grande corrida entre as multidões e as falésias do deserto... empolgante e visualmente impressionante. E por fim temos aquela batalha de proporções inesperadas, em tudo espectacular, que deslumbrará o espectador ansioso por acção pujante, de cortar a respiração. A banda sonora está ao mais alto nível, assim como o carácter imaginativo do design que, aliado à sofisticação digital, concretiza uma obra por de mais atractiva ao olhar.

Mas também temos a história, claro. Assumida pelas interpretações de Liam Neeson, Ewan McGregor, Natalie Portman e do pequeno Jake Lloyd, ficamos a conhecer a infância de Anakin Skywalker (ainda a anos largos de ser tornar o Lorde das Trevas) e as tramas políticas por detrás de uma República envenenada e ameaçada.

Eis, pois, um promissor regresso ao universo da Guerra das Estrelas.

7 comentários:

  1. Eu sempre achei que Ameaça Fantasma foi um promissor regresso à saga como descreveste contudo, a saga não podia acabar como acabou este filme. Visualmente estonteante é verdade mas a história precisa de mais alguma coisa e essa falha é colmatada nos episódios seguintes!

    Abraço
    Cinema as my World

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  2. NEKAS: Eu gostei bastante do final, curiosamente. Penso que A AMEAÇA FANTASMA não tem grandes problemas de argumento. É um fabuloso início para a saga. É o primeiro de 6 episódios, não podíamos ter já tanta informação quanto isso.

    Cumps.
    Roberto Simões
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  3. O grande problema deste filme será a expectativa dos milhões de fãs, sedentos de novidades da Saga depois de um grande jejum. É sim mais juvenil, tal como a personagem principal da Saga: Anakin Skywalker. Introduziu a componente politica e conspiratória no universo Star Wars, em detrimento das personagens. Lucas utiliza as novas tecnologias para expandir o universo conturbado - antes da tempestade, já no horizonte - onde os nossos heróis lutam e criam aliança. As lutas finais no espaço e dos soldados no planeta poderiam ser melhores, mas são compensadas pelo melhor combate de light sabers de sempre. Tudo ao som do mestre Williams!!

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  4. CINE31: Pois, o factor "expectativas" é sempre muito questionável. Há que tentar ser isento ao máximo e avaliar o filme por aquilo que ele é e não por aquilo que gostariamos que ele fosse. Esta é uma das leis essenciais de um bom crítico e esforço-me por consegui-la. Na verdade, acho este A AMEAÇA FANTASMA um início muito digno e à altura da saga até então. Em tantos aspectos, superior até.

    Cumps.
    Roberto Simões
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  5. Nunca fui um fã da saga star wars. Vi os 3 primeiros filmes e este ameaça fantasma! Quero apenas salientar que a corrida de naves que acontece neste filme foi uma alusão clara à grandiosa corrida de quadrigas de BEN-HUR.

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  6. EMANUEL NETO: Também nunca fui especial fã. Sim, sim, e por acaso vi BEN HUR há pouco tempo. Nota-se claramente a influência. Grandes cenas.

    Cumps.
    Roberto Simões
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  7. Também sou da opinião que esta trilogia recente ganha muito com o progresso da tecnologia. Ganha no sentido narrativo, técnico e artístico mesmo. Mais do que nunca sentimos a realidade proposta credível, exuberante e deveras criativa. Deslumbro-me com os cenários, a imaginação ao nível cultural e arquitectónica. Boa Lucas!

    E também me pareceu um excelente início para toda a história, inventiva e a começar a fazer a ponte, que durante tantos anos milhares de fãs ansiaram. Diria competente e triunfal mesmo, o argumento propriamente dito. A realização poderia ser mais inspiradora, ainda assim acompanha os efeitos especiais, sobretudo na batalha. Curioso influência de Ben-Hur...hmmm.

    Em suma de acordo, um bom começo para o que viria a ser uma segunda trilogia muito boa e surpreendente.

    abraço

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