Realização: George Lucas
Principais Actores: Ewan McGregor, Hayden Christensen, Natalie Portman, Ian McDiarmid, Samuel L Jackson, Christopher Lee, Anthony Daniels, Kenny Baker, Ahmed Best, Frank Oz, Jimmy Smits, James Earl Jones, Peter Mayhew, Keisha Castle-Hughes
Good is a point of view
O espectáculo chega ao fim (ou ao meio, consoante a perspectiva) e mais negro e assombroso do que nunca. A batalha espacial com que se inicia o episódio é de uma energia avassaladora, assaz osfuscante, e põe-nos a bordo de uma viagem sem retorno. Now you will experience the full power of the dark side. Para além da excelência inerente ao som, banda sonora e efeitos especiais - que asseguram mais uma experiência irrepetível e, grosso modo, a imagem de marca da franquia - A Vingança dos Sith revela-se, na verdade e acima de tudo, dotado de uma intensidade dramatúrgica notável.
A entrega final de Anakin Skywalker à retórica e sedução do Chanceler Palpatine ganha uma profundidade filosófica muito para além dos maniqueísmos de que a saga foi alvo no decorrer da primeira trilogia. Good is a point of view, Anakin. The Sith and the Jedi are similar in almost every way, including their quest for greater power. (...) The dark side of the Force is a pathway to many abilities some consider to be unnatural. (...) Learn to know the Dark Side of the Force and you will be able to save your wife from certain death. Até que ponto não compreendemos nós o cair em tentação, se isso assegura a protecção e salvaguarda daqueles que amamos? Até que ponto conseguimos separar o nosso dever do nosso sentimento? O posicionamento de Anakin é tudo menos frívolo, por mais que o jovem tenha denotado, desde criança, uma certa natureza rebelde no seu carácter. Se é certo que A Vingança dos Sith trata de humanizar um vilão como Darth Vader, é igualmente certo que essa humanização advém de uma necessidade primeira de revelar o passado da personagem e de procurar a essência da origem do Mal.
As interpretações estão a um nível nunca antes antingido: Hayden Christensen ficará imortalizado pelo seu Anakin Skywalker/Darth Vader, Natalie Portman revelou o seu talento às grandes massas, Ian McDiarmid reafirmou o seu brio na arte de representar após anos e anos de carreira. A direcção artística, dos designers de produção aos técnicos da vastíssima equipa de efeitos digitais, é a responsável pela concepção de um produto, uma vez mais, soberbo e sublime. O final do filme é, simplesmente, qualquer coisa de excepcional, excepcional, excepcional.
A Vingança dos Sith é um triunfo absoluto e incontornável. Magnífico filme!
A entrega final de Anakin Skywalker à retórica e sedução do Chanceler Palpatine ganha uma profundidade filosófica muito para além dos maniqueísmos de que a saga foi alvo no decorrer da primeira trilogia. Good is a point of view, Anakin. The Sith and the Jedi are similar in almost every way, including their quest for greater power. (...) The dark side of the Force is a pathway to many abilities some consider to be unnatural. (...) Learn to know the Dark Side of the Force and you will be able to save your wife from certain death. Até que ponto não compreendemos nós o cair em tentação, se isso assegura a protecção e salvaguarda daqueles que amamos? Até que ponto conseguimos separar o nosso dever do nosso sentimento? O posicionamento de Anakin é tudo menos frívolo, por mais que o jovem tenha denotado, desde criança, uma certa natureza rebelde no seu carácter. Se é certo que A Vingança dos Sith trata de humanizar um vilão como Darth Vader, é igualmente certo que essa humanização advém de uma necessidade primeira de revelar o passado da personagem e de procurar a essência da origem do Mal.
As interpretações estão a um nível nunca antes antingido: Hayden Christensen ficará imortalizado pelo seu Anakin Skywalker/Darth Vader, Natalie Portman revelou o seu talento às grandes massas, Ian McDiarmid reafirmou o seu brio na arte de representar após anos e anos de carreira. A direcção artística, dos designers de produção aos técnicos da vastíssima equipa de efeitos digitais, é a responsável pela concepção de um produto, uma vez mais, soberbo e sublime. O final do filme é, simplesmente, qualquer coisa de excepcional, excepcional, excepcional.
A Vingança dos Sith é um triunfo absoluto e incontornável. Magnífico filme!
Já estava à espera desta nota! Para mim vai muito mais além que um simples filme de ficção científica! Como digo no meu comentário ao filme no Revolta, por amor Anakin passa para o Lado Negro e por amor se redimiu no final do episodio VI. Já agora dá uma vista de olhos ao meu post sobre o filme!
ResponderEliminarabraço
Sempre que penso no filme, acho-o fraco. Mas das duas vezes que o vi, acabei por lhe atribuir as 4 estrelas.
ResponderEliminarMas a "coisa" mantém-se: pensando nele, acho-o fraco! xD
E além disso, tem um punhado de cenas ridículas.
Por exemplo, o Mace Windu, defensor da paz e da justiça, estava totalmente decidido a executar a sangue-frio o Palpatine...
E a Natalie Portman, não podia ter arranjado desculpa melhor para o fim que teve?? "Perdeu a vontade de viver"?! Por favor...
Abraço!
Ao contrário da maioria, gosto da nova trilogia de "Guerra nas Estrelas", ainda que o episódio II seja um tanto bobo. Esse aí sendo o melhor, realmente impressionante.
ResponderEliminarJOÃO BASTOS: Sim, por amor e por alguma ambição desmedida, naturalmente inerente ao seu carácter, não?
ResponderEliminarJá passei por lá ;)
JACKIE BROWN: Pois, a nossa memória é perita a distorcer coisas! ahahah Quanto ao resto, não concordo contigo em nada. Opiniões! ;)
WALLY: Eu também gosto bastante. Não acho o epidódio II um tanto bobo, por acaso. Gosto tanto dele como deste, ainda que por razões distintas.
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
A tua passagem por esta saga foi, claramente, positiva. E isso deu-me uma certa vontade de ver os filmes. Nunca o fiz, porque sinceramente, nunca achei grande piada a Star Wars. Opinião quase sem fundamento, já que não vi os filmes completamente (apenas partes)
ResponderEliminarRICARDO VIEIRA: Estás, precisamente, na mesma situação em que eu próprio me encontrava. Algures entre o preconceito e as memórias soltas de algumas partes da saga. Recomendo-te vivamente, a viagem a este universo distante e extra-sensorial.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
É mesmo um filme estonteante!
ResponderEliminarSe por um lado é um deleite visual, por outro tem uma grande história a par de grandes interpretações!
Carrega, dignamente, o fardo de Star Wars!
Abraço
Cinema as my World
O filme mais ambíguo da Saga, talvez a Força não seja só Negra ou Luz...
ResponderEliminarUma das primeiras criticas do CINE31 foi precisamente ao Episódio III.
http://cine31.blogspot.com/2005/05/star-wars-episode-iii-revenge-of-sith_23.html
Estive agora a reler as minhas palavras, e a minha opinião permanece. O filme mais negro e humano, uma excepcional obra de arte audiovisual.
NEKAS: Estou de acordo. E é filosoficamente estimulante, o que o torna mais denso e pesado do que qualquer outro.
ResponderEliminarCINE31: Negro, humano e ambíguo, de facto. Muito ambíguo. Por isso mesmo tão interessante.
Quanto ao link, passarei por lá, com certeza! Obrigado pelos comentários a todo e cada um dos capítulos da saga!
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
E assim se acaba uma saga, se completa um ciclo e se articula duas trilogias, separadas por tanto tempo. E assim se conclui os meus comentários :P
ResponderEliminarMais uma vez de acordo, aqui mais do nunca, pois é mesmo o meu preferido em toda a saga. Apesar de tudo, não o vejo como uma obra-prima, é um filme muito bom, muito bem pensado e filmado. De uma sensibilidade filosófica e simbólica que nunca pensei que o universo criado por Lucas pudesse acarretar. O argumento, que para mim vinha em claro crescimento humano, emocional e surpreendente, atinge aqui o seu patamar de excelência. Apoiado pelo grande desempenho de Christensen e Ian McDiarmid. Este está fenomenal, tal como a sua transição física para o que recordávamos.
A explicação da mudança em Anakin, da dicotomia entre Bem e Mal, está segura, equilibrada e tão bem feita. Para o argumento até me faltam palavras.
O filme sem si mantém o nível visual, técnico e artístico que o anterior filme já tinha, aqui não há mais a dizer...só mesmo para ver :)
Como simples apontamento, tenho alguma pena de uma maior ausência de batalhas espaciais (nesta trilogia) por um lado (e tão presente magistralmente na primeira trilogia), mas por outro dá lugar a lutas e batalhas terrestres muito bem filmadas. Os famosos confrontos de lasers estão deslumbrantes. Asseguram grande grande entretenimento. Também partilho da tua opinião quanto à veracidade concebida aos bonecos, agora digitalmente aprimorados.
Acabou em grande a saga, na minha opinião, sendo que a considero no seu todo como absolutamente indispensável.
abraço