★★★★★
Título Original: PsychoRealização: Alfred Hitchcock
Principais Actores: Anthony Perkins, Janet Leigh, Vera Miles, John Gavin, Martin Balsam, Simon Oakland
Crítica:
Psico é puro suspense. Mesclam-se nele, indistintamente, mistério, tensão e arrepio; os quais se fazem suster de personagem em personagem, de plano em plano e de acorde em acorde... aguçando ao extremo a vontade de saber o que vem a seguir. Desse prisma, o argumento de Joseph Stefano (adaptando a obra de Robert Bloch) mostra-se não só implacável como absolutamente inteligente e assaz escrupuloso no jogo de expectativas que estabelece com o espectador.
Igualmente fulcral para a criação da atmosfera aterrorizante que cresce ao longo de toda a obra é a frenética banda sonora de Bernard Herrmann - para mim, uma das melhores de sempre. Mas também, claro, a poderosíssima e perturbante imagística: resultado da excelência fotográfica, da cadência engenhosa da montagem, da meticulosa encenação e da fruição artística do mestre. O protagonismo, esse, alterna constantemente entre as personagens, deixando a história em aberto e nas mãos da imprevisibilidade. Janet Leigh como Marion Crane? Magnífica, imortalizada por tão carismática interpretação - que vai muito para além da memorável cena do duche. Anthony Perkins como Norman Bates? Verdadeiramente assombroso. Aquele seu olhar final directamente para a câmera, para os nossos olhos, magnetiza-nos para o seu universo de demência, loucura e personalidade múltipla... e é como se nos invadisse o inconsciente até ao mais gélido e frágil recôndito da psique e nos marcasse para sempre.
Psico? Fonte de génio e de inspiração. Cinema em grande.
IDENTIDADE MISTERIOSA
Psico é puro suspense. Mesclam-se nele, indistintamente, mistério, tensão e arrepio; os quais se fazem suster de personagem em personagem, de plano em plano e de acorde em acorde... aguçando ao extremo a vontade de saber o que vem a seguir. Desse prisma, o argumento de Joseph Stefano (adaptando a obra de Robert Bloch) mostra-se não só implacável como absolutamente inteligente e assaz escrupuloso no jogo de expectativas que estabelece com o espectador.
Igualmente fulcral para a criação da atmosfera aterrorizante que cresce ao longo de toda a obra é a frenética banda sonora de Bernard Herrmann - para mim, uma das melhores de sempre. Mas também, claro, a poderosíssima e perturbante imagística: resultado da excelência fotográfica, da cadência engenhosa da montagem, da meticulosa encenação e da fruição artística do mestre. O protagonismo, esse, alterna constantemente entre as personagens, deixando a história em aberto e nas mãos da imprevisibilidade. Janet Leigh como Marion Crane? Magnífica, imortalizada por tão carismática interpretação - que vai muito para além da memorável cena do duche. Anthony Perkins como Norman Bates? Verdadeiramente assombroso. Aquele seu olhar final directamente para a câmera, para os nossos olhos, magnetiza-nos para o seu universo de demência, loucura e personalidade múltipla... e é como se nos invadisse o inconsciente até ao mais gélido e frágil recôndito da psique e nos marcasse para sempre.
Psico? Fonte de génio e de inspiração. Cinema em grande.
Estou curiosíssimo para ver a tua análise. Nunca vi esta obra, mas gostava imenso.
ResponderEliminarCheck in. Relax. Take a shower.
Abraço
Não tive a chance de assistir ainda!
ResponderEliminarMagnífico suspense! O que é aquele final??? Uma das coisas mais impressionantes que já assiti numa tela.
ResponderEliminar"Cinema em grande." resume toda a glória do filme.
ResponderEliminarPara a maioria dos Hitchcoquianos, o melhor filme é Vertigo, mas para mim é este.
Adoro o filme e acho que mostra de maneira soberba a genialidade de Hitchcock.
Excelente elenco, mas Perkins está de arrepiar.
Magnifico!
JACKIE BROWN E CLEBER ELDRIDGE: Recomendo vivamente, este assombroso PSICO!
ResponderEliminarWALLY: Também um dos mais impressionantes e arrepiantes que já vi, quando muito não seja pelo olhar de Norman Bates, que referi na crítica.
GEMA: Como te subscrevo ;)
Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD – A Estrada do Cinema
Uma das minhas obras favoritas de Hitchcock, que também supera o Vertigo. No entanto, penso que as interpretações tem pouca projecção e não vejo muito empenho por parte dos actores.
ResponderEliminarMas ainda assim, é o "pai" do suspense clássico e, consequentemente, do moderno também. Hitchcock em grande.
Abraço!
Um dos melhores suspenses de todos os tempos. Hitchcock é mestre!
ResponderEliminarAbraços!
Como já foi dito, é um clássico. Psycho joga muito e bem a muitos níveis. A sua dimensão cinematográfica é assustadora. Além do mais, faz terror como poucos. E aquele final é qualquer coisa..
ResponderEliminarAbraço
JACKSON: Estamos de acordo, excepto no que se refere às interpretações. Ou pelo menos em relação à de Anthony Perkins.
ResponderEliminarCIRO HAMEN: Provavelmente ;)
FIFECO: Sim, o final então parece um pesadelo capaz de se nos apoderar das mentes ;)
Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD – A Estrada do Cinema
Tenho que revê-lo com urgência. A última vez que vi Psicose foi aquele remake feito em 1998, se eu não me engano...
ResponderEliminar[módulo vergonha: ligado]
Adoro Hitchcock. Ele é o Mestre! Faltam-me pouquissimos filmes para completar a filmografia do realizador.
ResponderEliminarCuriosamente este nem é dos meus preferidos, contudo o filme é um exemplo claro de toda a mestria de Alfred! O jogo com a câmara, o trabalho com os actores, toda a parte técnica, etc!
Obrigatório
Um filme muito bom, com uma personagem feminina deliciosamente hitchockiana. Mas enfim, todos do que vi do realizador, estão ao nível do muito bom, por isso... não há favoritos :P
ResponderEliminarBom texto!
LUIS ADRIANO: ;) Não vi o tão mal-falado remake de Gus Van Sant, mas este aconselho-te vivamente a revisão. É muuuito bom.
ResponderEliminarJOÃO BASTOS e FLÁVIO GONÇALVES: É um grande filme, sem dúvida!
Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD – A Estrada do Cinema
E nem faz parte do meu TOP 10 do realizador! mas estou de acordo co tudo o que dizes!
ResponderEliminarGrande filme. De acordo com a pontuação. Um marco no cinema que se transformou num marco também para mim. Gostei mesmo muito, especialmente num género que não me fascina, mas que começa precisamente a fazer isso...
ResponderEliminarAcho a história e a forma como é contada simplesmente fenomenais. A escolha de planos, os movimentos de câmara, tudo é exímio nos seus pormenores e na sua essência.
A fotografia, a montagem e a banda sonora são igualmente muito boas, conjugando-se muito bem.
Particularmente acho assombroso como o filme nos deixa, a meio da sua duração, sem a protagonista que morre. Depois em constante imprevisibilidade e suspense como só o mestre consegue fazer. Agora começo a perceber.
Foi o meu segundo Hitchcock, depois de Rear Window que não gostei assim tanto. Mas de facto este Psycho - assombroso - é o que me recorre.
abraço
JOÃO BASTOS: É sem dúvida um filme de mestre.
ResponderEliminarJORGE: Estamos, então, inteiramente de acordo. Também acho notável esse elemento: perdemos a protagonista a meio. O filme é, sim, «assombroso». Magnífico.
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Ao contrário do que se refere aqui em alguns dos comentários o final de "Psycho" é a "pedra no sapato" deste filme admirável. O próprio Hitchcock teve muitas dúvidas em filmar aquela "explicação" final, tipo tese académica de algo (a patologia de Bates) que está já mais do que apreendida pelo espectador no final do filme.
ResponderEliminarJá perdi a conta das vezes que vi o filme e a impressão inicial de que aquela sequência estava ali a mais confirmou-se com o tempo. É apenas por isso que não coloco "Psycho" no patamar absoluto das grandes obras do mestre. De qualquer modo toda a parte inicial do filme, que culmina com a "cena do chuveiro" é Hitchcock vintage, compensando tudo o mais.
Para mais pormenores sobre o filme é dar uma olhada ao blog do Rato.