★★★★
Título Original: Diarios de MotocicletaRealização: Walter Salles
Principais Actores: Gael García Bernal, Rodrigo De La Serna, Mía Maestro, Mercedes Morán, Jorge Chiarella
Crítica:
A ESTRADA LATINA
Road-movie de genuína e inspiradora natureza, de muito boa escrita e de desempenhos magníficos (tanto Gael García Bernal como Rodrigo De La Serna estão perfeitos nos seus papéis), Diários de Che Guevara é um biopic sereno e cheio de vida que convoca, com tão raras quanto inquietantes simplicidade e humildade, a nostalgia dos tempos idos de uma América Latina em permanente mutação (¿Cómo es posible que sienta nostalgia por un mundo que no conocí?).
Com uma belíssima fotografia de Eric Gautier e uma envolvente banda sonora de Gustavo Santaolalla, a obra é dotada, ainda, de um cuidado trabalho de montagem e de opções estéticas louváveis, como, por exemplo, o recurso ao preto e branco para aprofundar o retrato antropológico e apelar à reflexão político-sociológica: ¿Cómo es posible que una civilización capaz de construir esto, sea arrasada para construir esto? À medida que o filme avança, todavia, os tons verdes das paisagens dão lugar a cores cada vez mais desoladoras: a viagem com a Norton 500, modelo 1939, ou La Poderosa, como é carinhosamente chamada, acaba por revelar-se uma aventura de crescimento pessoal e interior, um verdadeiro caminho espiritual de auto-conhecimento e de formação de crenças e convicções, fundamentadas na realidade e na experiência, que viriam a determinar a acção de um Che revolucionário.
Diários de Che Guevara é, pois, um grande filme. Irradia ideologia e... fascínio.
A ESTRADA LATINA
Road-movie de genuína e inspiradora natureza, de muito boa escrita e de desempenhos magníficos (tanto Gael García Bernal como Rodrigo De La Serna estão perfeitos nos seus papéis), Diários de Che Guevara é um biopic sereno e cheio de vida que convoca, com tão raras quanto inquietantes simplicidade e humildade, a nostalgia dos tempos idos de uma América Latina em permanente mutação (¿Cómo es posible que sienta nostalgia por un mundo que no conocí?).
Com uma belíssima fotografia de Eric Gautier e uma envolvente banda sonora de Gustavo Santaolalla, a obra é dotada, ainda, de um cuidado trabalho de montagem e de opções estéticas louváveis, como, por exemplo, o recurso ao preto e branco para aprofundar o retrato antropológico e apelar à reflexão político-sociológica: ¿Cómo es posible que una civilización capaz de construir esto, sea arrasada para construir esto? À medida que o filme avança, todavia, os tons verdes das paisagens dão lugar a cores cada vez mais desoladoras: a viagem com a Norton 500, modelo 1939, ou La Poderosa, como é carinhosamente chamada, acaba por revelar-se uma aventura de crescimento pessoal e interior, um verdadeiro caminho espiritual de auto-conhecimento e de formação de crenças e convicções, fundamentadas na realidade e na experiência, que viriam a determinar a acção de um Che revolucionário.
Diários de Che Guevara é, pois, um grande filme. Irradia ideologia e... fascínio.
Gosto bastante do filme. Walter Salls é um diretor que conduz com segurança seus projetos e as atuações de Gael Garcia Bernal e Rodrigo de la Serna são ótimas.
ResponderEliminarDIEGO RODRIGUES: Também gosto bastante. Mas a cada vez que o vejo fico sempre com a sensação que podia ter sido melhor.
ResponderEliminarCumps.
Filipe Assis
CINEROAD – A Estrada do Cinema
Eu não esperava ver algo tão bom assim.
ResponderEliminarAo assistir ao filme, me surpreendi e realmente gostei dele. A direção de Walter Salles é muito boa e os atores se empenham bastante, o que torna a viagem inteiramente crível...
LUÍS: Creio que a Walter Salles faltou, contudo, um talento mais inspirado. Não é muito bom, mas é, para mim e sem dúvida, um bom filme.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Nunca vi, mas a crítica foi sintética e convincente. Logo, convenceste-me. Talvez veja em breve.
ResponderEliminarSim Roberto, concordo contigo. Embora seja competente, há ali algo, nem é algo que falha, é antes algo que não está lá. Acho que é sobretudo a realização que não passa da banalidade. Mas é um bom filme sim.
ResponderEliminarDIOGO F: Mentirte-ia se te dissesse que é um título essencial. Não o é, claramente. Mas tem uma fotografia muito boa, desempenhos fabulosos, uma grande banda sonora, um grande argumento. Gosto verdadeiramente do filme.
ResponderEliminarÁLVARO MARTINS: Julgo que a realização de Walter Salles não é propriamente banal. Tivessem todos os realizadores metade do seu talento. Mas creio que de resto disseste tudo.
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD – A Estrada do Cinema «
Concordo convosco. Gosto da sensibilidade do realizador, quer para filmar os espaços naturais, quer a acção. É um bom filme. Faço parêntesis para a banda sonora de Santaolalla que está muito boa.
ResponderEliminarO título original é "Diarios de Motocicleta" e não "The Motorcycle Diaries". De resto concordo com a crítica, trata-se de um excelente filme com duas excelentes interpretações.
ResponderEliminarFLÁVIO GONÇALVES: Sim, a banda sonora é magnífica! Santaolalla é um compositor e um músico e pêras!
ResponderEliminarANÓNIMO: Tem razão! Já fiz a devida alteração. Agradeço. Quanto ao filme, não creio que seja excelente, mas se diz que estamos de acordo, creio piamente. Por fim, aqui fica um momento Frei Luís de Sousa: "Quem és tu?"
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD – A Estrada do Cinema «
http://www.youtube.com/watch?v=Zh2GgCFR2dw
ResponderEliminarsó para vos deixar com a minha preferida da BSO. Ouvi-a há tempos numa reportagem da RTP1, mas ficou péssima lá. ;)
É um filme extremamente simpático e que apresenta regiões da América Latina pouco vistas no cinema.
ResponderEliminarA dupla principal está muito bem nesta versão de parte da vida de Che.
Abraço
FLÁVIO GONÇALVES: É sem dúvida um tema fabuloso. De DIÁRIOS DE CHE GUEVARA a O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN e a BABEL, Santaoalla legou-nos qualquer coisa de especial.
ResponderEliminarHUGO: Inteiramente de acordo ;)
Cumps.
Roberto Simões
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