PONTUAÇÃO: RAZOÁVEL
★★★
Título Original: Alice in WonderlandRealização: Tim Burton
Principais Actores: Mia Wasikowska, Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Crispin Glover, Anne Hathaway
Vozes (versão original): Stephen Fry, Michael Sheen, Alan Rickman, Christopher Lee, Michael Gough, Timothy Spall
Crítica:
UM OUTRO LADO DO ESPELHO
The only way to achieve the impossible,
is to believe it's possible.
is to believe it's possible.
Visualmente deslumbrante, mas desmesuradamente artificial (ou melhor, digital), confusão de maravilhas coloridas com bizarrias excêntricas e tenebrosas e combinação-limite de animação com live action, Alice no País das Maravilhas explode com a chancela mágica da Disney, mas também com a assinatura única e inequívoca de Tim Burton.
Estão lá os seus actores fetiche, Johnny Depp e Helena Bonham Carter, a degladiarem-se entre a imensidão do seu talento e a vertiginosa e mal-(di)gerida narrativa, que se atropela de episódio em episódio à velocidade estonteante e extenuante da acção. Mia Wasikowska, julgo, cumpre eficazmente o seu papel. O maior encanto, creio todavia, irradia do guarda-roupa de Colleen Atwood, barroco e requintado, da inacreditável caracterização dos actores e da criatividade sem limites da produção artística. A banda sonora de Danny Elfman faz jus ao recriado universo de Lewis Carroll, tão exótico e divertido quanto perigoso e imprevisível (muito mais perigoso e imprevisível sob a visão de Burton, claro).
Sabe-nos bem, revisitar aqueles lugares que nos povoam a imaginação desde crianças (quais sonhos ou pesadelos de Alice), reencontrar aquelas personagens estranhas que se mantêm plenas de mistério. Mas a fatia deliciosa do bolo acaba aí. Tanta ousadia tem, por fim, um sabor um tanto ou quanto amargo, de tão insólita que se revela a experiência. Mais do que maravilhado, é provável que o espectador se sinta aliviado, no final, por ter sobrevivido a tanta correria e golpe de espada e ter regressado à realidade com a cabeça intacta.
Estão lá os seus actores fetiche, Johnny Depp e Helena Bonham Carter, a degladiarem-se entre a imensidão do seu talento e a vertiginosa e mal-(di)gerida narrativa, que se atropela de episódio em episódio à velocidade estonteante e extenuante da acção. Mia Wasikowska, julgo, cumpre eficazmente o seu papel. O maior encanto, creio todavia, irradia do guarda-roupa de Colleen Atwood, barroco e requintado, da inacreditável caracterização dos actores e da criatividade sem limites da produção artística. A banda sonora de Danny Elfman faz jus ao recriado universo de Lewis Carroll, tão exótico e divertido quanto perigoso e imprevisível (muito mais perigoso e imprevisível sob a visão de Burton, claro).
Sabe-nos bem, revisitar aqueles lugares que nos povoam a imaginação desde crianças (quais sonhos ou pesadelos de Alice), reencontrar aquelas personagens estranhas que se mantêm plenas de mistério. Mas a fatia deliciosa do bolo acaba aí. Tanta ousadia tem, por fim, um sabor um tanto ou quanto amargo, de tão insólita que se revela a experiência. Mais do que maravilhado, é provável que o espectador se sinta aliviado, no final, por ter sobrevivido a tanta correria e golpe de espada e ter regressado à realidade com a cabeça intacta.
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