quarta-feira, 15 de julho de 2009

A IDADE DA INOCÊNCIA (1993)

PONTUAÇÃO: MUITO BOM
Título Original: The Age of Innocence
Realização: Martin Scorsese
Principais Actores: Daniel Day-Lewis, Michelle Pfeiffer, Winona Ryder, Miriam Margolyes, Richard E. Grant, Jonathan Pryce, Robert Sean Leonard

Crítica: Que magnífica obra de arte. É como um romance realista, perfeitamente reproduzido pelas mãos de Martin Scorsese; um visceral banquete de sensações, brilhantemente recriado pelas mãos do mestre.
A Idade da Inocência é, pois, a crónica satírica mas sempre subtil da crise nos valores e bons costumes de uma família aristocrata em meados de 1900, Nova Iorque. E, em particular, de um homem: Newland Archer, que se verá dividido entre os convenções sociais e a paixão proibida. Eis um filme tecnicamente sublime e de um gosto claramente refinado: note-se a elegância na arte de filmar, o brio inigualável de Thelma Schoonmaker, a exuberância e pormenor dos cenários ou do guarda-roupa ou a beleza da fotografia que com as suas cores pinta autênticos quadros colectivos e que com a sua iluminação, sombras e nuances nos brinda com retratos intimistas e pessoais. Grandes desempenhos de Daniel Day-Lewis, Michelle Pfeifer e de Miriam Margolyes num filme... memorável.

11 comentários:

  1. Fora sempre um título que me obrigara a olhar para ele com mais atenção quando o vejo à venda. Desperta curiosidade.

    Abraço

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  2. JACKSON: Altamente recomendado a todos os que gostam de literatura realista do séc.XIX. É um grande filme.

    Cumps.
    Filipe Assis
    CINEROAD - A Estrada do Cinema

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  3. Eu sou apaixonado por esse filme - é um dos filmes da minha vida e me marcou de forma profunda. Sei os diálogos de cor. Um projeto divino de Scorsese, que filma as convenções sociais tão violentamente qto seus filmes de gangster.

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  4. É um livro com o qual me esbarro frequentemente e tenho alguma curiosidade em ler. Ontem à noite vi o filme, na sequência da rúbrica sobre Martin Scorcese do Cineroad (pecado capital, não sabia que o filme era dele). As impressões são um pouco dúbias. Adorei o filme em absoluto, um Lewis e uma Michelle soberbos e, pronto, uma Winona de se lhe querer dar um safanão. O filme é de 1993, pergunto-me como seria se o Scorcese o fizesse hoje, com as novas técnicas do cinema. Por fim, a intensidade com que se vive tudo, o carinho pelo pormenor. Único senão: o voice over deixa muito a desejar...

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  5. ANDERSON: Percebo a paixão. É, de facto, um filme muito bom ;)

    CLÁUDIA GAMEIRO: Curioso. Não sinto especial desagrado pela narração. De resto, estou de acordo contigo. Como seria o filme se fosse feito hoje? Diferente, certamente, mas não muito, provavelmente, tecnicamente falando ;)

    Cumps.
    Roberto Simões
    CINEROAD - A Estrada do Cinema

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  6. Memorável filme de Scorsese, no meu caso achei a narração bastante interessante e uma delicia. No entanto as narrações são frequentemente criticadas, embora eu ache que seja um recurso por vezes belissimo.

    A minha opinião:

    http://estupidomaestro.blogs.sapo.pt/1796.html

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  7. PEDRO EMANUEL CABELEIRA: Sim, também penso isso no que se refere à narração. Há casos e casos. A narração neste filme, por exemplo, cai-lhe que nem uma luva.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  8. Um dos melhores filmes românticos da História do Cinema. Scorsese no auge do requinte e do bom gosto. Deveria voltar ao género, até porque já nos deu outra preciosidade parecida, esta no campo da comédia romântica (apesar do final amargo), o magnífico "New York, New York"

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  9. BILLY RIDER: Romântico na acepção de história de amor, porque formalmente o que é é um filme realista. E muito bom. Sim, poderia voltar ao género. Mas não é Scorsese exímio em todos os géneros?

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  10. Pois é, caro Roberto, este é que não deve ficar pela tua cotação - é EXCELENTE, sob qualquer ponto de vista ou abordagem. Tomara que todos os filmes do Scorsese tivessem esta grandeza.

    O Rato Cinéfilo

    P.S.: A narração do filme é feita pela actriz Joanne Woodward. Daí a excelência da mesma

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  11. Só mais um aparte: interessa mesmo questionar como seria o filme feito "hoje", com as "novas tecnologias"? Julgo que não haveria qualquer diferença, desde que feito também pelo Scorsese - seria à mesma a obra de arte que é. Felizmente os "efeitos digitais" não são para aqui chamados...

    O Rato Cinéfilo

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