★★★★★
Título Original: A Clockwork OrangeRealização: Stanley Kubrick
Principais Actores: Malcolm McDowell, Patrick Magee, Michael Bates, Warren Clarke, Adrienne Corri, Carl Duering, Paul Farrell, Clive Francis, Michael Glover, Michael Tarn, James Marcus, Aubrey Morris, Godfrey Quigley
Crítica:
Uma obra sublime. É, em crescendo, tudo isto e tanto mais: prevertida, libidinosa, provocadora, controversa, insólita, religiosa, politica e socialmente satírica, hilariante. É a arte de filmar em todo o seu esplendor, com o selo autoral e inequívoco de Kubrick.
Por um lado, Laranja Mecânica é uma ambiciosa tese sobre a adolescência: a afirmação da independência, a crise e a violação de valores, o confronto geracional, o grupo de amigos e o líder autoritário (que não pensa, diz-se directamente inspirado por Deus) e a liberdade sexual decorrente do tabu e do recalcamento sexual. Por outro lado, Laranja Mecânica reflecte toda uma sociedade e não só um grupo etário: reflecte a pertinente questão da autoridade moral. Por poucas palavras: os jovens marginais são chamados à razão e são sujeitados à lavagem cerebral (ou à terapia de choque) pela autoridade moral, aquela mesma que é responsável por guerras e que, perigosamente, impõe os seus valores como verdades absolutas. Ou seja, que não pensa, mas que se diz directamente inspirada por Deus. Mais não digo, a respeito. Só digo que, por este modo, Kubrick aborda a questão genialmente.
Os cenários e a decoração, assim como o guarda-roupa, situam a acção num futuro perdido no tempo, com rara excelência e profundo sentido estético. Depois, a par da imagem, temos Beethoven, o tema Singin' in The Rain, ou tantos outros: usados magistralmente e como nunca, suscitando inspiração ou repulsa, à medida que o argumento mergulha nos mais fantasmagóricos meandros da moral humana. Excelentes interpretações (em especial do protagonista Malcolm McDowell), detentor de um brilhante trabalho de montagem e repleto ainda de cenas memoráveis, Laranja Mecânica resultou num clássico absoluto e num marco singular e irreverente na História do Cinema.
GERAÇÃO TERROR
Uma obra sublime. É, em crescendo, tudo isto e tanto mais: prevertida, libidinosa, provocadora, controversa, insólita, religiosa, politica e socialmente satírica, hilariante. É a arte de filmar em todo o seu esplendor, com o selo autoral e inequívoco de Kubrick.
Por um lado, Laranja Mecânica é uma ambiciosa tese sobre a adolescência: a afirmação da independência, a crise e a violação de valores, o confronto geracional, o grupo de amigos e o líder autoritário (que não pensa, diz-se directamente inspirado por Deus) e a liberdade sexual decorrente do tabu e do recalcamento sexual. Por outro lado, Laranja Mecânica reflecte toda uma sociedade e não só um grupo etário: reflecte a pertinente questão da autoridade moral. Por poucas palavras: os jovens marginais são chamados à razão e são sujeitados à lavagem cerebral (ou à terapia de choque) pela autoridade moral, aquela mesma que é responsável por guerras e que, perigosamente, impõe os seus valores como verdades absolutas. Ou seja, que não pensa, mas que se diz directamente inspirada por Deus. Mais não digo, a respeito. Só digo que, por este modo, Kubrick aborda a questão genialmente.
Os cenários e a decoração, assim como o guarda-roupa, situam a acção num futuro perdido no tempo, com rara excelência e profundo sentido estético. Depois, a par da imagem, temos Beethoven, o tema Singin' in The Rain, ou tantos outros: usados magistralmente e como nunca, suscitando inspiração ou repulsa, à medida que o argumento mergulha nos mais fantasmagóricos meandros da moral humana. Excelentes interpretações (em especial do protagonista Malcolm McDowell), detentor de um brilhante trabalho de montagem e repleto ainda de cenas memoráveis, Laranja Mecânica resultou num clássico absoluto e num marco singular e irreverente na História do Cinema.
RESUMO: OBRA-PRIMA!
ResponderEliminarAqui também não posso concordar :p eh eh
ResponderEliminarNeste caso no que diz ao conceito de obra-prima. Esperava algo de extraordinário e sublime. Simplesmente não me proporcionou qualquer tipo de sensação que me deixasse maravilhado. A tempos parece que se desvia do propósito principal. Mas é capaz de ser impressão minha. Fico-me pelo Muito Bom.
Abraço
CLEBER: Não sei se será uma obra-prima, mas é sem dúvida um filme genial.
ResponderEliminarFIFECO: Como disse ao Cleber, não sei se será uma obra-prima, mas é sem dúvida um filme genial. Dou EXCELENTE aos filmes que atingem a genialidade. Só uns quantos desses considero verdadeiras obras-primas (Cf. menu do cineroad/as grandes obras-primas). Mas como disse, considero LARANJA MECÂNICA extraordinário e sublime; temos pois opiniões díspares. :)
Cumps.
Filipe Assis
CINEROAD - A Estrada do Cinema
É incrível o feito que Kubrick atingiu com obras como "Laranja Mecânica" e "2001", que são tão afrente de seu tempo que assustam. Às vezes, fico pensando se o cara não veio do futuro...
ResponderEliminarCiao!
É juntamente com o 2001 a obra-prima de Kubrick. É uma sátira genial à violência, à sociedade e aos valores morais e éticos.
ResponderEliminarWALLY: :D Não terá vindo, provavelmente. Mas foi, certamente, um homem extraordinário com uma visão prodigiosa.
ResponderEliminarÁLVARO MARTINS: Como disse, não sei se considerarei LARANJA MECÂNICA uma obra-prima. Gostei mais de 2001. Mas são 2 dos seus maiores filmes, claro.
Cumps.
Filipe Assis
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Este Laranja Mecânica vi só algumas cenas, nunca consegui vê-lo do inicio ao fim, mas é com certeza um filme para ver do inicio ao fim... Lembro-me é muito bem da cenas "musicais" - a 9ª Sinfonia de Beethoven e quando ele canta "I'm Singin' in the Rain" - arrepiante!
ResponderEliminarBjs
GEMA: Vê então o filme do início ao fim! É magnífico. Altamente recomendado.
ResponderEliminarCumps.
Filipe Assis
CINEROAD – A Estrada do Cinema
De acordo.
ResponderEliminarObra-prima.
compreendo o filipe, é complicado sempre rotular algo de obra prima. assim, quase todos os filmes do Kubrick se encaixariam assim. este é um filme, ou melhor, um hino à ultra violência que procura mostrar a decadência e a corrupção da sociedade. Considerá-lo genial vai depender da contribuição dele para o universo cinematográfico. e neste caso parece-me que foi conseguido mais uma vez a relação movimento de câmara-música e a contribuição desta para despoletar a violência, parece-me soberbamente bem conseguida.
ResponderEliminarGUSTAVO H.R.: Já me prenunciei quanto a esse estatuto, são opiniões :)
ResponderEliminarLADY ON THE RADIATOR: Uma obra-prima é sempre um trabalho perfeito, quando o resultado transcende o próprio projecto e ganha alma própria. Não sei se é bem o caso, mas é um excelente filme, estamos de acordo.
Cumps.
Filipe Assis
CINEROAD – A Estrada do Cinema
Este filme foi, para mim, uma experiência alucinante e de certa forma abriu-me os olhos para outras realidades cinematográficas. Nunca me tinha apercebido tanto do papel dos cenários e da composição de cenas. Toda a decoração típica dos anos 70 traz outra dimensão ao filme.
ResponderEliminarFoi simultaneamente um murro no estômago e um abrir de olhos. Fabuloso.
Abraço
ADDCRITICS: Subscrevo-te e, em certa medida, identifico-me. Mas atenção porque não creio que LARANJA MECÂNICA beneficie de decoração típica dos anos 70! Foi criada nessa década, mas é de íntimo vanguardista e sentido futurista.
ResponderEliminarCumps.
Filipe Assis
CINEROAD - A Estrada do Cinema
É um dos tais que não posso dizer que gostei. Ainda assim reconheço-lhe todas as suas qualidades e sobretudo a polémica e a crítica que transmite e exala.
ResponderEliminarEnfim mais uma vez uma questão pessoal, até aos primeiros vinte minutos o filme prendeu-me e estava apreciando, depois a partir daí e sobretudo a parte final me parece algo redundante e repetitiva. Unicamente a nível pessoal, a trama não se desenvolve, ficando muito tempo em volta da mensagem que pretende. Em suma não me identifico muito com argumentos assim, havendo excepções como é óbvio.
Agora de facto é um marco do cinema e um marco na cultura.
Kubrick ainda assim não desilude, a realização é muito boa, assim como cenas verdadeiramente únicas e deliciosas. A conjunção com a música é também muito bem feita, gostei.
abraço
JORGE: Gostos. Não tenho nem posso ter muito mais a dizer ;) É, incontornavelmente, um marco na História do Cinema. Lembro-me que também na primeira vez que o vi não gostei tanto de como gosto hoje...
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Este é o meu quarto colocado de todos os tempos.
ResponderEliminarMy little drugie, tu precisavas ver o impacto deste filme lá pelos idos de 1971, em plenos anos de chumbo, aqui e aí, rs...
Eu era petiz e tive que aguardar oito anos para vê-lo, sem cortes, sem censura.
Foi tema de seminário na Sorbonne, se não se trata de puro mito.
ENALDO: Jamais conseguirei entender o que foi essa experiência. São memórias de uma vida ;)
ResponderEliminarRoberto Simões
CINEROAD