De facto, Anne Hathaway faz o filme. O seu desempenho é admirável e termina de vez com o habitual rótulo que lhe foi dado dados os seus anteriores projectos. Enquanto obra cinematográfica é genuíno pela forma como retrata a organização de um casamento - numa família fracturada. A câmara de Demme, a handycam, confere-lhe esse tom de realismo.
ÁLVARO MARTINS: Discordamos, de facto. Para além da grande interpretação de Hathaway e de uma competente incursão nos dramas familiares, considero-o um filme muito amador, sem grandes competências artísticas.
TIAGO RAMOS: Confere-lhe realismo, mas um amadorismo crasso. Não gostei.
Amador?! A câmara na mão é o grande trunfo do filme Roberto. É isso que faz com que o espectador fique mais "próximo" das personagens, daquele drama familiar e fuja aos clichés visuais de embelezamentos e artificialidade, é isso que faz com que se crie uma relação emocional entre espectador/personagem (pelo menos para mim, é isso que confere todo o realismo ao filme.
Não gostar é uma coisa, eu próprio também não sou muito adepto deste cinema à Dogma 95, mas dizer que é amador é completamente imprudente da tua parte.
Concordo com o Roberto Tb. Acho o filme demasiado sobrevalorizado. Penso que como o filme de Sandra Bullock ( aquele que ela gsnhou o Oscar) é um filme que agrada e está mais pensado para o publico norte-americano do que propriamente do que para um publico europeu, sem que isso signifique que seja merecedor de tamanha aclamação.
Muito bom filme - apesar de se alongar um pouco. Assisti recentemente. Anne Hathaway está excelente, mas não é a única. A atriz Rosemarie DeWitt, que interpreta a Rachel do título, está ótima também.
ÁLVARO MARTINS: A câmera à mão cria, inegavelmente, esse efeito - um efeito de realismo que tende a intensificar a relação entre a personagem e o espectador. Tende, nem sempre esse efeito acontece - a questão dependerá de vários factores. Creio, apesar de tudo, que isso acontece aqui e dou-te razão. Os "embelezamentos visuais" são artifícios, claro, mas toda a arte é artifício. Nem sempre esses embelezamentos suscitam um maior distanciamento na relação personagem-espectador. Nem sempre isso acontece. Da mesma forma, é uma questão que dependerá de múltiplos factores. E tudo isto, "gostos à parte". Claramente, um filme como O CASAMENTO DE RACHEL obedece a uma estética muito própria em que a câmera à mão assegura o realismo - e, neste caso, um realismo que tem muito a ver com as câmeras pessoais com que nós próprios filmamos o dia-a-dia das nossas famílias. Assistir a um filme como este é como revermos esses vídeos - todo este processo facilita a identificação com o mundo ficcional. Por isso, estou de acordo - "é isso que faz com que o espectador fique mais "próximo" das personagens, daquele drama familiar". Não creio, no entanto, que seja pela técnica de filmagem que o filme foge a clichés. Não vejo grande criatividade na forma de filmar - esse processo faz-se pela espontaneidade. É claro que ao dizer isto não descuro a planificação prévia das cenas, na qual assenta a espontaneidade. É, em certa medida, uma espontaneidade aparente. Mas não na sua totalidade. E é aí que noto o amadorismo. Não vejo grande criatividade ou superior visão artística ao filmar a obra. É uma abordagem simples - não há mal nenhum nisso - mas neste filme não vi nada de especial. Não creio, por isso, que seja na filmagem que reside o trunfo do filme. O trunfo para mim é Hathaway. Tirassem a actriz do filme e pusessem uma sem talento e o filme resumir-se-ia, em absoluto, a mais um projecto inconsequente. Não gostei especialmente do filme porque não vi nada de especial nele. Acho "amador" porque sendo ele de quem é, Demme poderia ter sido mais ambicioso. É claro que terá sempre a liberdade para fazer o que quiser - o filme é a prova disso - mas não é por isso que o filme terá, necessariamente, uma qualidade assinalável. Fui completamente imprudente em afirmá-lo? É o que eu acho do resultado final, sem tirar nem pôr. É, tão-somente, a minha opinião/ apreciação pessoal.
SEVENTH SYMBOL: Não vi THE BLIND SIDE. Independentemente disso, não creio que a questão do público-alvo seja muito pertinente. Contudo e apesar disso, estamos de acordo em relação a este o CASAMENTO DE RACHEL.
FLÁVIO GONÇALVES: Não acredito ;) No que é que tem mais que se lhe diga?
MATEUS, O INDOLENTE: Para além de Hathaway, repito, não vejo grandes motivos para valorizar este filme acima da média.
CLÁUDIA GAMEIRO: Não é, de todo ;) Já eu não achei a realização nada de mais. Poderia ter sido, mas não creio que seja. Mas, sim... creio que seja verdadeiro e genuíno no retrato.
Discordo. Para mim é dos melhores de 2008 vindos da América.
ResponderEliminarDe facto, Anne Hathaway faz o filme. O seu desempenho é admirável e termina de vez com o habitual rótulo que lhe foi dado dados os seus anteriores projectos. Enquanto obra cinematográfica é genuíno pela forma como retrata a organização de um casamento - numa família fracturada. A câmara de Demme, a handycam, confere-lhe esse tom de realismo.
ResponderEliminarÁLVARO MARTINS: Discordamos, de facto. Para além da grande interpretação de Hathaway e de uma competente incursão nos dramas familiares, considero-o um filme muito amador, sem grandes competências artísticas.
ResponderEliminarTIAGO RAMOS: Confere-lhe realismo, mas um amadorismo crasso. Não gostei.
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Amador?! A câmara na mão é o grande trunfo do filme Roberto. É isso que faz com que o espectador fique mais "próximo" das personagens, daquele drama familiar e fuja aos clichés visuais de embelezamentos e artificialidade, é isso que faz com que se crie uma relação emocional entre espectador/personagem (pelo menos para mim, é isso que confere todo o realismo ao filme.
ResponderEliminarNão gostar é uma coisa, eu próprio também não sou muito adepto deste cinema à Dogma 95, mas dizer que é amador é completamente imprudente da tua parte.
Concordo com o Roberto Tb. Acho o filme demasiado sobrevalorizado. Penso que como o filme de Sandra Bullock ( aquele que ela gsnhou o Oscar) é um filme que agrada e está mais pensado para o publico norte-americano do que propriamente do que para um publico europeu, sem que isso signifique que seja merecedor de tamanha aclamação.
ResponderEliminarCumpts.
António Sousa
Roberto, este tem mais que se lhe diga, acredita...
ResponderEliminarMuito bom filme - apesar de se alongar um pouco. Assisti recentemente. Anne Hathaway está excelente, mas não é a única. A atriz Rosemarie DeWitt, que interpreta a Rachel do título, está ótima também.
ResponderEliminarÉ um autêntico Dogma 95.
Abraço.
Não é o tipo de filmes de Anne Hathway. Achei-o genuíno, por vezes confuso, mas verdadeiro na forma de retratar a vida. E gostei da realização
ResponderEliminarÁLVARO MARTINS: A câmera à mão cria, inegavelmente, esse efeito - um efeito de realismo que tende a intensificar a relação entre a personagem e o espectador. Tende, nem sempre esse efeito acontece - a questão dependerá de vários factores. Creio, apesar de tudo, que isso acontece aqui e dou-te razão.
ResponderEliminarOs "embelezamentos visuais" são artifícios, claro, mas toda a arte é artifício. Nem sempre esses embelezamentos suscitam um maior distanciamento na relação personagem-espectador. Nem sempre isso acontece. Da mesma forma, é uma questão que dependerá de múltiplos factores. E tudo isto, "gostos à parte".
Claramente, um filme como O CASAMENTO DE RACHEL obedece a uma estética muito própria em que a câmera à mão assegura o realismo - e, neste caso, um realismo que tem muito a ver com as câmeras pessoais com que nós próprios filmamos o dia-a-dia das nossas famílias. Assistir a um filme como este é como revermos esses vídeos - todo este processo facilita a identificação com o mundo ficcional.
Por isso, estou de acordo - "é isso que faz com que o espectador fique mais "próximo" das personagens, daquele drama familiar".
Não creio, no entanto, que seja pela técnica de filmagem que o filme foge a clichés. Não vejo grande criatividade na forma de filmar - esse processo faz-se pela espontaneidade. É claro que ao dizer isto não descuro a planificação prévia das cenas, na qual assenta a espontaneidade. É, em certa medida, uma espontaneidade aparente. Mas não na sua totalidade. E é aí que noto o amadorismo. Não vejo grande criatividade ou superior visão artística ao filmar a obra. É uma abordagem simples - não há mal nenhum nisso - mas neste filme não vi nada de especial. Não creio, por isso, que seja na filmagem que reside o trunfo do filme. O trunfo para mim é Hathaway. Tirassem a actriz do filme e pusessem uma sem talento e o filme resumir-se-ia, em absoluto, a mais um projecto inconsequente.
Não gostei especialmente do filme porque não vi nada de especial nele. Acho "amador" porque sendo ele de quem é, Demme poderia ter sido mais ambicioso. É claro que terá sempre a liberdade para fazer o que quiser - o filme é a prova disso - mas não é por isso que o filme terá, necessariamente, uma qualidade assinalável.
Fui completamente imprudente em afirmá-lo? É o que eu acho do resultado final, sem tirar nem pôr. É, tão-somente, a minha opinião/ apreciação pessoal.
SEVENTH SYMBOL: Não vi THE BLIND SIDE. Independentemente disso, não creio que a questão do público-alvo seja muito pertinente. Contudo e apesar disso, estamos de acordo em relação a este o CASAMENTO DE RACHEL.
FLÁVIO GONÇALVES: Não acredito ;) No que é que tem mais que se lhe diga?
MATEUS, O INDOLENTE: Para além de Hathaway, repito, não vejo grandes motivos para valorizar este filme acima da média.
CLÁUDIA GAMEIRO: Não é, de todo ;) Já eu não achei a realização nada de mais. Poderia ter sido, mas não creio que seja. Mas, sim... creio que seja verdadeiro e genuíno no retrato.
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Já ouvi muitas opiniões distintas em relação ao filme, e guardo alguma curiosidade.
ResponderEliminarAbraço
MARCELO PEREIRA: Creio que vás gostar bastante.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «