terça-feira, 24 de novembro de 2009

O FEITICEIRO DE OZ (1939)

PONTUAÇÃO: EXCELENTE
★★★★★
Título Original: The Wizard of Oz
Realização: Victor Fleming

Principais Actores: Judy Garland, Ray Bolger, Jack Haley, Bart Lahr, Frank Morgan, Billie Burke, Margaret Hamilton, Charley Grapewin


Crítica:
PARA LÁ DO ARCO-ÍRIS...

O mínimo que se poderá dizer de um realizador como Victor Fleming, que no mesmo ano estrearia ainda o monumental E Tudo o Vento Levou, é que 1939 foi o seu ano de sorte. Sorte ou profundo e corajoso talento, ou misto de ambos, o certo é que tanto o épico romântico como o fantástico e encantador O Feiticeiro de Oz sublimaram a arte ao mais alto nível, com rigoroso e arrojado sentido estético, e consagraram-se ambos como clássicos absolutos.

O Feiticeiro de Oz é pura magia musical, belíssimo em cada cena, inspirador em cada mensagem. Mais do que genuinamente magistral na direcção artística (note-se o primor dos cenários e da decoração), na caracterização ou no guarda-roupa é o triunfo inesquecível da criatividade de toda uma equipa. Nunca até então o universo de fantasia tinha sido transposto para a grande tela com tamanha eficácia, exceptuando, talvez, o caso de Branca de Neve e os Sete Anões, no campo da animação. Aliás, a influência do pioneiro clássico da Disney é até notória, tanto na musicalidade como na encenação, tanto na exuberância de cores como na inocência de um mundo de sonho. A banda sonora comporta algumas das mais belas canções de sempre, como Somewhere Over the Rainbow. E a transição do preto-e-branco (tons de sépia) para a cor resulta genialmente. Que golpada de mestre. Judy Garland (a adorável Dorothy dos sapatinhos vermelhos), Ray Bolger (o espantalho bailarino sem miolos), Jack Haley (o enferrujado Homem de Lata sem coração), Bert Lahr (o dengoso leão sem coragem), Margaret Hamilton (a esverdeada Bruxa Má), Billie Burke (a cintilante Bruxa do Norte), Clara Blandick e Charley Grapewin (os dedicados tios de Dorothy) ou mesmo Terry (o engraçadíssimo Toto, que era na realidade uma cadelinha)... todos eles se imortalizaram com a aura intemporal deste clássico.

Algures para lá do Arco-Íris, seguindo a Estrada dos Tijolos Amarelos até ao Palácio de Esmeralda, a viagem tem a paisagem do sonho. E o sonho é a maior aventura de todas. No final, porém... there's no place like home. Eis, pois, uma das maravilhas maiores da 7ª arte.

17 comentários:

  1. Não vi nem me puxa muito. Fantasia e clássicos não são muito comigo.

    Mas conhecendo os teus gostos, espero uma nota elevada :P

    Abraço

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  2. Grande clássico que encantou várias gerações e ainda é extremamente interessante.

    Abraço

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  3. um filme muito bom, sem qualquer margem para dúvidas. E marcante, claramente, para a História do cinema.

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  4. Um clássico!(sem mais nada a dizer)...

    Abraço
    http://nekascw.blogspot.com/

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  5. Por muito mal que isto soe, nunca vi o tão dito clássico d'O Feiticeiro de Oz. Mas agora com a edição Sing-Along, será muito certamente uma compra breve.

    Abraço!

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  6. Antes de mais, Parabéns por todo o trabalho que realizas diariamente neste óptimo blog. Sou um visitante assíduo ;)

    Quanto a este clássico do Victor Fleming: ADORO!!
    Vi há cerca de 2 meses e fascinou-me por completo, que filme mais mágico. E nem precisei muito de afastar a minha mente adulta, é um clássico absoluto para miúdos e graúdos.
    Este fim-de-semana comprei a edição de coleccionador de 4 discos, com uma data de extras. Ainda não tive tempo para assistir mas parece-me que valeu bem a pena, apesar de não ter sido barato :P
    Ah e daqui a exactamente uma semana (dia 1) vou assistir ao "Feiticeiro de Oz" no teatro, a peça do LaFéria. Estou ansioso, pois o filme por si só já é um pouco teatral.
    "I'm off to see the wizard, the wonderful wizard of oz"...eheh.

    Espero ansiosamente pela tua critica :)

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  7. Excelente é a classificação certa. Comentarei mais à frente quando ler a crítica.

    Abraço

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  8. Eu a este, só posso dizer que não há palavras que possam descrever. Adoro este filme, apesar de ver de vez em quando algumas coisas que falham, como o fio de nylon a puxar a cauda do leão (vês isso se tiveres com muita atenção).
    Mas é um clássico intemporal e que adoro rever.
    Bjks

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  9. NEKAS: E não digo mais nada ;)

    FLÁVIO GONÇALVES: Indiscutivelmente: é um marco! Delicioso, acrescente-se.

    HUGO: Claro que ainda é. A versão restaurada, para os mais temerosos, é deslumbrante!

    JOÃO BASTOS: Já estão! Douradinhas, como deve ser ;)

    JACKIE BROWN: Acertaste na aposta. Excelente filme.

    RAFAEL: Muito obrigado, Rafael. É com muito gosto que tomo conhecimento de mais um visitante assíduo! Infelizmente não comprei a edição de 4 discos e já estou arrependido ;) Acredito que valha muito a pena. Quanto à peça do La Féria, é extremamente curioso que estreie agora, a tempo deste lançamento. Provavelmente não será coincidência. A crítica aí está! Espero por ti mais vezes! ;)

    JACKSON: É uma compra altamente recomendável. Conhecendo o teu gosto especial por grandes edições, sugiro que optes pela edição de 4 Discos! ;)

    CLEBER ELDRIDGE: Nem mais!

    FIFECO: Ok, assim o espero ;) Quanto à classificação, estamos inteiramente em sintonia!

    RICARDO V: «Intemporal» é como quem diz, mas o sentido utilizado é universalmente compreendido. E desse prisma, estou totalmente de acordo!

    GEMA: Terá as suas falhas, indiscutivelmente, mas citando o nosso colega Fifeco: «é o filme imperfeito mais perfeito que existe». E arrumar melhor o assunto, é impossível.

    Cumps.
    Roberto Simões
    CINEROAD - A Estrada do Cinema

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  10. (para os interessados: no teatro rivoli, do porto, o musical de La Féria!)

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  11. E bota eternos nisso! Não sei se você sabe, mas há aquela história lendária de que quem faria o personagem da Dorothy seria a Shirley Temple. Na última hora o estúdio voltou atrás na decisão. Será que daria certo o filme com uma criança?

    Cultura? O lugar é aqui:
    http://culturaexmachina.blogspot.com

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  12. PSEUDO-AUTOR: Por caso, não sabia ;) Pois não sei, quem sabe. Talvez não. Só sei que assim o filme resulta magistralmente.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  13. Já o vi...mas que maravilha de descoberta :)

    Magnífico. Desde as intemporais músicas à total banda sonora este filme será um daqueles que mais de destaca neste departamento. É incrível ainda me soa...

    A fotografia é de uma beleza transcendental, e aquela mudança do sépia (dizes preto e branco na crítica, há versões diferentes, sabes?!) para a cor é muito boa, certeira.
    Depois tem-se um argumento divinal, visionário, educacional e muito aprazível...para miúdos e graúdos, sem dúvida!
    Judy Garland destaca-se a meu ver pela sua doçura, ingenuidade e de bom coração.

    Nada mais a dizer por agora, gostei bastante. Talvez até mais que E TUDO O VENTO LEVOU.
    There's no place like...OZ! :)

    abraço

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  14. JORGE: É, não é? Uma maravilha mesmo. Adoro este filme. Os tons de sépia não deixam de ser uma expressão do preto e branco, mas já acrescentei a devida nota na crítica. O FEITICEIRO é musical e visualmente arrebatador. Há imagens que ficarão connosco para sempre.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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