★★★★★
Título Original: ChangelingRealização: Clint Eastwood
Principais Actores: Angelina Jolie, John Malkovich, Jeffrey Donovan, Michael Kelly, Colm Feore, Jason Butler Harner, Amy Ryan
Crítica:
É tudo sobre esperança: esperança de encontrar o filho, esperança de acabar com a corrupção e com os cruéis interesses das instituições públicas, esperança que se faça justiça e que se diga a verdade, esperança de conseguir seguir com a vida em frente. Que me lembre, poucos foram os filmes que, até à data, abordaram o tema com tamanha profundidade.
Angelina Jolie tem uma performance absolutamente arrebatadora neste poderoso, revoltante e comovente drama, magnificamente fotografado (Tom Stern) e tecnicamente irrepreensível. No elenco, destaque ainda para o notável desempenho de John Malkovich, como secundário. O argumento, da autoria de J. Michael Straczynski, está muito bem escrito, é satírico quanto baste e flui com uma intensidade crescente; revela uma história que, não soubessemos nós ter acontecido na realidade, consideraríamos um tanto ou quanto forçada. Porém, a realidade é, por tantas vezes, tão mais inacreditável e absurda do que a ficção. E isso é que é, verdadeiramente, assustador.
A Troca não é senão o drama na sua melhor forma, realizado por Clint Eastwood, um dos maiores mestres do género. Tão bem feito que não me admiraria nada se, daqui a uns anos, se impusesse como um clássico absoluto.
ESPERANÇA
É tudo sobre esperança: esperança de encontrar o filho, esperança de acabar com a corrupção e com os cruéis interesses das instituições públicas, esperança que se faça justiça e que se diga a verdade, esperança de conseguir seguir com a vida em frente. Que me lembre, poucos foram os filmes que, até à data, abordaram o tema com tamanha profundidade.
Angelina Jolie tem uma performance absolutamente arrebatadora neste poderoso, revoltante e comovente drama, magnificamente fotografado (Tom Stern) e tecnicamente irrepreensível. No elenco, destaque ainda para o notável desempenho de John Malkovich, como secundário. O argumento, da autoria de J. Michael Straczynski, está muito bem escrito, é satírico quanto baste e flui com uma intensidade crescente; revela uma história que, não soubessemos nós ter acontecido na realidade, consideraríamos um tanto ou quanto forçada. Porém, a realidade é, por tantas vezes, tão mais inacreditável e absurda do que a ficção. E isso é que é, verdadeiramente, assustador.
A Troca não é senão o drama na sua melhor forma, realizado por Clint Eastwood, um dos maiores mestres do género. Tão bem feito que não me admiraria nada se, daqui a uns anos, se impusesse como um clássico absoluto.
Curiosamente, gostei mais deste do que do Gran Torino. Quanto a mim, o grande trunfo deste Changeling é o classicismo que sustenta do início ao fim. Mas fora isso não me diz nada. A história é muito sensacionalista, esperança é tema que não falta por esse cinema fora, a narrativa perde-se no jogo de rato e gato entre Jolie e a polícia, etc. Um filme razoável, bom para ver aos sábados à tarde com a família :)
ResponderEliminarÁLVARO MARTINS: Não esperava nem mais nem menos de ti ;)
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Concordo contigo. Também o preferi em relação a Gran Torino. Jolie tem a sua melhor prestação de sempre. Changeling é perturbador e forte, desconcertante até, como um murro no estômago e que nos deixa sem palavras. É uma história que concebemos ser possível acontecer a qualquer um, mas que nos faz temer essa mera possibilidade.
ResponderEliminarTIAGO RAMOS: Eu não sei bem qual dos dois prefiro. São tao diferentes... Também julgo que Jolie tenha aqui a sua melhor prestação, apesar de não ter visto, por exemplo, A MIGHTY HEART ou GIRL, INTERRUPTED. Por isso o meu julgamento não é muito viável.
ResponderEliminarA TROCA chega, de facto, a ser deveras perturbador - uma vez que identificamos aquele meio com o nosso e nos apercebemos que nos pode acontecer.
Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Concordo, um trabalho primoroso de Eastwood, mas o grande mérito pode ser na verve interpretativa intensa da Jolie. Ela é extremamente emocional...
ResponderEliminarGosto do começo do filme, o logo em p&b da Universal, concebe todo o aspecto visual do filme.
Abraço
É um filme com um grande requinte, muito bom mesmo, do início ao fim. Como não gosto de Gran Torino, parece-me óbvio que prefiro muito mais dA Troca!
ResponderEliminarAbraço
Ainda é fácil dizer se será uma obra memorável contudo, nesse ano Eastwood também realizou uma obra, a meu ver, superior à A Troca, falo de Gran Torino.
ResponderEliminarFace a comparações, A Troca flui em si a esperança enquanto Gran Torino flui os valores.
A Troca é uma grande obra do bom Cinema de Eastwood que perduraria nas nossas mentes durante muito tempo se não houvesse Gran Torino no mesmo ano...
Abraço
http://nekascw.blogspot.com/
Penso que Gran Torino tenha encontrado em mim um fã mais devoto, mas assumo uma idêntica qualidade em A Troca. Jolie está um assombro!
ResponderEliminarAdorei este filme. Em duas palavras: horrivelmente belo.
ResponderEliminarAcho porém que o filme poderia ter terminado logo após o julgamento.
Yirien
Concordo especialmente com a resposta ao comentário do Álavaro Martins :p Mesmo conhecendo a sua opinião, não creio que poderá ser dito que este é um filme para toda a família. Psicologicamente violentíssimo e dotado de imagens perturbantes este não é, de todo, um filme familiar.
ResponderEliminarConcordo quando por aqui é dito que é melhor que Gran Torino. Como sabes, para mim foi o segundo melhor do ano. Arrebatou-me por completo.
Abraço
CRISTIANO CONTREIRAS: Todo o aspecto visual do filme? Também não exageremos, não é. 2 pesos e 2 medidas. Mas é um pormenor delicioso. Quanto ao filme, é de facto primoroso.
ResponderEliminarFLÁVIO GONÇALVES: Também não há que estar sempre a comparar os dois filmes, só porque saíram no mesmo ano, não é. São filmes muito diferentes, de naturezas igualmente distintas. Mas é normal que teças preferências. Eu, por acaso, não consigo fazê-lo ;)
NEKAS: Vamos lá ver, um não terá que invalidar o outro necessariamente, não é. Creio que essa é uma consideração estritamente pessoal.
JACKSON: Indeed! ;)
YIRIEN: A combinação não é das mais bonitas, mas percebo perfeitamente a ideia ;)
Quanto ao final, adoro o final que Clint apresentou. Não alterava nada.
FILIPE COUTINHO: LOL Pois, também dependerá da família, não é ;D
Quanto a preferir este ou outro, é difícil, para mim. Aliás, Clint Eastwood é mesmo daqueles realizadores magistrais que se me perguntarem qual é a minha obra preferida dele, não consigo optar.
Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Roberto,
ResponderEliminarPois para mim concebe sim, oras.
E, PARA MIM, não é exagero: pode ser PRA VOCÊ.
Aprenda a moderar seu tom, às vezes tende a ser arrogante e acaba por querer impor suas opiniões.
Aprenda a respeitar as opiniões por aqui, afinal aqui é ou não aberto? Viva a liberdade de expressão, moço.
CRISTIANO CONTREIRAS: Se quando diz "o logo em p&b da Universal, concebe todo o aspecto visual do filme" - sublinho: TODO O ASPECTO VISUAL DO FILME - e se de facto, como defende, não está a exagerar, então depreendo que a equipa técnica podia muito bem ter-se desleixado com o visual durante todo o filme porque o logo em p&b da Universal, logo na abertura, bastava. Aliás, o logo do estúdio é mesmo o mais importante no visual de um filme, como todos sabemos.
ResponderEliminarQuanto às suas recomendações educacionais, humildemente as aceito. Creio que fazem todo o sentido e que nem por sombras tentam a polémica gratuita.
Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Um Eastwood menor. Mas adoro a forma como utiliza do classicismo e explora as surpresas proporcionadas pela história. Bela produção, alias.
ResponderEliminar[****]
WALLY: Curiosamente ou não, não creio que seja um Eastwood menor. Apenas diferente. Eu gostei imenso.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
É uma consideração bastante pessoal. Penso que me expressei mal. Eu não me referia a um invalidar o outro, só digo que A Troca tornar-se-ia muito mais memorável ou indubitavelmente memorável se Eastwood não tivesse feito Gran Torino...
ResponderEliminarGostos :)
Abraço
http://nekascw.blogspot.com/
NEKAS: Pois, não sei se te explicaste mal... Na verdade, continuo sem entender no que é que ou em que medida é que a existência de GRAN TORINO poderá influenciar ou não a memória de A TROCA. Não estou a perceber a pertinência da consideração, só isso. A meu ver, não influencia em nada.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Tu referiste-te na crítica quando A Troca tornar-se num clássico absoluto.
ResponderEliminarEu tive a tentar dizer que A Troca poderia ser Eastwood no seu melhor, pelo menos nos últimos anos mas conseguimos provar que estávamos errados pois Gran Torino é que é o melhor de Eastwood nos últimos anos.
Não sei se A Troca será um clássico absoluto mas Gran Torino será com certeza.
Abraço
http://nekascw.blogspot.com/
NEKAS: É, então, uma consideração plenamente subjectiva.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
CINEROAD – A Estrada do Cinema
A mim arrebatou-me por completo, há filmes assim, e sendo do Clint ajuda e muito!
ResponderEliminarAntes de ver tinha esperança que fosse um bom filme, quando o estava a ver a expectativa deu lugar à esperança de um final apropriado e que fizesse jus à trama, e o que acontece? no fim ficamos a torcer para que aquela mulher não perca a esperança, factor determinante na vida dela. E talvez ficamos a pensar (eu pelo menos) na inacreditável história verídica que o filme se inspirou...
Em tudo, este filme para mim se assume como a obra-prima de Clint Eastwood, até à data. Quase ao mesmo nível se situará Mystic River, Gran Torino e Million Dollar Baby. Realço a fotografia, a interpretação de Jolie, a banda sonora, e a capacidade de Eastwood em nos arrastar num drama que bem poderia ter sido penoso ou cansativo. Pelo contrário uma grande experiência e um enorme prazer.
abraço
JORGE: Também a mim me arrebatou por completo. Ainda hoje ecoam pela minha memória as ressonâncias do que foi, emocionalmente falando, assistir a este filme. Só me vem à mente um adjectivo a destacar: brilhante, brilhante, brilhante.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
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Quando eu me recordo de Clint Eastwood fazendo uns filmecos como ator na década de setenta e depois o realizador grandioso em que ele se revelou eu até fico com mais esperança no mundo, de maneira geral.
ResponderEliminarENALDO: Compreendo o que quer dizer. O que achou deste A TROCA?
ResponderEliminarRoberto Simões
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