★★★★★
Título Original: SlipstreamRealização: Anthony Hopkins
Principais Actores: Anthony Hopkins, Christian Slater, John Turturro, Fionnula Flanagan, Michael Clarke Duncan
Crítica:
A verdade é que encontrei, inesperadamente, um filme magnífico. Algures entre o espectro criativo de Spike Jonze e o pesadelo confuso de David Lynch, Slipstream - A Vida Como Um Filme revela um original, fresco e jovial (eu diria mesmo psicadélico) trabalho de realização, por parte do actor Anthony Hopkins, que protagoniza e assina, também, a composição musical da fita.
Detentora de uma prodigiosa cinematografia (Dante Spinotti) e de um dos mais estimulantes exercícios de montagem a que tive o prazer de assistir (Michael R. Miller), a obra faz um desvio radical na linearidade narrativa e conflui universos distintos numa dimensão única, quase onírica, dando-nos a conhecer a magia do caos criativo, no qual nascem personagens, situações e histórias. O argumento brinca com a mise en abyme, suscitando e estabelecendo, a um nível metadiegético, um claro e intencional paralelo entre Felix e o próprio Anthony Hopkins. Ambos são a criação e um é a criação do outro. A aparente naturalidade com que brotam a espontaneidade e a capacidade de encenação faz pensar na grande carreira de realizador que Hopkins poderia ter concretizado.
Sliptstream - A Vida Como Um Filme é, pois, uma irreverente e triunfal experiência em cinema, de difícil leitura e de incomensurável poder criativo, que merece ser descoberta.
UM SONHO CRIATIVO
A verdade é que encontrei, inesperadamente, um filme magnífico. Algures entre o espectro criativo de Spike Jonze e o pesadelo confuso de David Lynch, Slipstream - A Vida Como Um Filme revela um original, fresco e jovial (eu diria mesmo psicadélico) trabalho de realização, por parte do actor Anthony Hopkins, que protagoniza e assina, também, a composição musical da fita.
Detentora de uma prodigiosa cinematografia (Dante Spinotti) e de um dos mais estimulantes exercícios de montagem a que tive o prazer de assistir (Michael R. Miller), a obra faz um desvio radical na linearidade narrativa e conflui universos distintos numa dimensão única, quase onírica, dando-nos a conhecer a magia do caos criativo, no qual nascem personagens, situações e histórias. O argumento brinca com a mise en abyme, suscitando e estabelecendo, a um nível metadiegético, um claro e intencional paralelo entre Felix e o próprio Anthony Hopkins. Ambos são a criação e um é a criação do outro. A aparente naturalidade com que brotam a espontaneidade e a capacidade de encenação faz pensar na grande carreira de realizador que Hopkins poderia ter concretizado.
Sliptstream - A Vida Como Um Filme é, pois, uma irreverente e triunfal experiência em cinema, de difícil leitura e de incomensurável poder criativo, que merece ser descoberta.
Tenho este em casa para ver mas nunca me puxou muito para tal... pelos vistos devo andar enganado e tenho mesmo de o ver!
ResponderEliminarJOÃO BASTOS: Já me havia deparado com o DVD por diversas vezes nos quiosques do costume. Nunca me cativou especialmente. Até que mo ofereceram e com as expectativas no zero, decidi-me a assisti-lo. Fiquei francamente surpreendido. Há cenas e imagens que não me saem da cabeça (nem sairão tão cedo, com certeza). Poderás não concordar que é um filme muito bom, mas que é um bom filme certamente concordarás. E ficarás, provavelmente, com a mesma ideia que eu... Anthony Hopkins revela-se, aos 70 anos, como um promissor realizador, que naturalmente não terá tempo para construir carreira.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema