★★★★
Título Original: Les ChoristesRealização: Christophe Barratier
Principais Actores: Gérard Jugnot, François Berléand, Jean-Baptiste Maunier, Jacques Perrin, Kad Merad, Marie Bunel, Philippe Du Janerand, Jean-Paul Bonnaire
A VOZ DO CORAÇÃO
Os Coristas, primeira longa-metragem de Christophe Barratier, é um filme encantador e profundamente inspirador. A sua melodia sentimental, repleta de esperança, encontrará certamente ressonância nas nossas emoções.
Magistralmente fotografado (Jean-Jacques Bouhon, Dominique Gentil, Carlo Varini) e com uma competente direcção artística, a obra é um regresso à infância de Pierre Morhange e de Pépinot - a 1948, mais precisamente - quando a música, que tem o poder de transformar pessoas, atmosferas, tempos e lugares, irradia pelo Fond de l' Etang, um colégio interno algures na França ainda assombrada pelo trauma da guerra. Atrás do gradeamento do portão esperam dezenas e dezenas de rapazes, crianças, tão delinquentes quanto sós no mundo... A sua rebeldia é contrariada por uma educação pavloviana (acção - reacção), que os castiga, reprime, oprime e revolta. A escola funciona mais como uma prisão de correcção, liderada pelo director Rachin (François Berléand) - um homem extremamente frio, exigente e rigoroso. Tudo se altera quando o bondoso e sensível professor Clément Mathieu (Gérard Jugnot, perfeito no seu papel), o cabeça de ovo, entra em cena e traz consigo as partituras, o sorriso, a amizade, a capacidade de sonhar e a possibilidade de redenção. É a música que lhe permite ultrapassar as dificuldades de um confronto infecundo e, nessa linguagem vibrante e transcendente, tocar o íntimo daquelas crianças.
A fórmula cinematográfica já é conhecida, é certo, mas Barratier jamais nos cansa com o arrojo e, ao mesmo tempo, com a simplicidade com que trata o argumento. Para além disso, a banda sonora (Bruno Coulais, J.P. Rameau) é verdadeiramente arrepiante e comovedora! Jean-Baptiste Maunier, o cara de anjo, tem - mais do que uma beleza inequívoca - uma voz celestial, que nos enebria em absoluto.
Recordar é viver e aqui está um filme sem pretensões maiores, dotado de um carisma incrivelmente tocante, que merece ser recordado. Uma autêntica lição de humanidade.
Magistralmente fotografado (Jean-Jacques Bouhon, Dominique Gentil, Carlo Varini) e com uma competente direcção artística, a obra é um regresso à infância de Pierre Morhange e de Pépinot - a 1948, mais precisamente - quando a música, que tem o poder de transformar pessoas, atmosferas, tempos e lugares, irradia pelo Fond de l' Etang, um colégio interno algures na França ainda assombrada pelo trauma da guerra. Atrás do gradeamento do portão esperam dezenas e dezenas de rapazes, crianças, tão delinquentes quanto sós no mundo... A sua rebeldia é contrariada por uma educação pavloviana (acção - reacção), que os castiga, reprime, oprime e revolta. A escola funciona mais como uma prisão de correcção, liderada pelo director Rachin (François Berléand) - um homem extremamente frio, exigente e rigoroso. Tudo se altera quando o bondoso e sensível professor Clément Mathieu (Gérard Jugnot, perfeito no seu papel), o cabeça de ovo, entra em cena e traz consigo as partituras, o sorriso, a amizade, a capacidade de sonhar e a possibilidade de redenção. É a música que lhe permite ultrapassar as dificuldades de um confronto infecundo e, nessa linguagem vibrante e transcendente, tocar o íntimo daquelas crianças.
A fórmula cinematográfica já é conhecida, é certo, mas Barratier jamais nos cansa com o arrojo e, ao mesmo tempo, com a simplicidade com que trata o argumento. Para além disso, a banda sonora (Bruno Coulais, J.P. Rameau) é verdadeiramente arrepiante e comovedora! Jean-Baptiste Maunier, o cara de anjo, tem - mais do que uma beleza inequívoca - uma voz celestial, que nos enebria em absoluto.
Recordar é viver e aqui está um filme sem pretensões maiores, dotado de um carisma incrivelmente tocante, que merece ser recordado. Uma autêntica lição de humanidade.
Obrigado pelo comentário lá no blog. Já vi esse filme há alguns anos, e adorei. Gostaria muito de rever.
ResponderEliminarLembro-me vagamente deste filme, vi-o na disciplina de Música, Movimento e Drama e gostei do filme.
ResponderEliminarClaro que agora é mais difícil falar do filme mas lembro-me de uma brilhante sequência quando um rapaz está à janela e algo ocorre lá fora com aviões de papel, penso que é deste filme.
Abraço
http://nekascw.blogspot.com/
VITOR FERREIRA: Porquê não revê então? É, sem dúvida, um filme adorável, tocante e belíssimo.
ResponderEliminarNEKAS: É, sim. Aquando da despedida do professor, os miúdos atiram aviõezinhos pela janela. É um filme que tocou o meu íntimo. Lindo.
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Muito bom o seu blog.
ResponderEliminarAbraços,
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
ANTONIO NAHUD JÚNIOR: Obrigado, também sigo o seu trabalho!
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
CINEROAD