★★★★
Título Original: Ano natsu, ichiban shizukana umiRealização: Takeshi Kitano
Principais Actores: Kuroudo Maki, Hiroko Oshima, Sabu Kawahara, Toshizo Fujiwara, Susumu Terajima, Katsuya Koiso, Toshio Matsui, Yasukazu Ishitani, Naomi Kubota, Tsuyoshi Ohwada, Tatsuya Sugimoto, Meijin Serizawa, Tetsu Watanabe, Keiko Kagimoto, Kengakusha Akiyama
A ONDA DOS SONHOS
Melancólico, contemplativo, nostálgico. Assim é Um Lugar À Beira-Mar. Kitano concebe um filme praticamente sem diálogos - os protagonistas são um jovem casal de surdos-mudos -, remetendo para a pureza original do cinema: a arte de contar uma história através de imagens. O cineasta joga magistralmente com a mise-en-sène, dominando, com perfeição, as entradas e saídas das personagens e dos elementos cénicos do enquadramento. Assim como as ondas do mar, que avançam e recuam sobre a areia - o som do mar, aliás, alia-se eficazmente à banda sonora numa autêntica sessão de relaxamento - também os movimentos das personagens se fazem de rotinas, do vai-vem diário entre casa-trabalho e praia.
Shigeru (Kurôdo Maki) trabalha na recolha do lixo. Tem uma namorada e uma vida sem grandes objectivos. Um dia, na volta, encontra uma prancha partida. Ainda tenta regressar ao trabalho sem ela, mas vê-se obrigado a resgatá-la e a consertá-la. A partir daí, todos os dias, o seu destino é a praia. A namorada acompanha-o sempre. As primeiras investidas não lhe correm muito bem; os surfistas gozam-no, assim como um par de amigos que passa o dia a jogar futebol. Mas Shigeru é obstinado, persistente, e as melhorias notam-se dia após dia. Quando a prancha se parte novamente, apodera-se dele o desencanto. Mas a esperança não morre. Ao receber o ordenado, compra a prancha que as suas poupanças não lhe permitiram. Num primeiro concurso em que participa, falha a chamada porque não ouve ser chamado. Porém, o troféu há-de chegar. Ele é trabalhador e merece.
Simples, tocante e poético.
Shigeru (Kurôdo Maki) trabalha na recolha do lixo. Tem uma namorada e uma vida sem grandes objectivos. Um dia, na volta, encontra uma prancha partida. Ainda tenta regressar ao trabalho sem ela, mas vê-se obrigado a resgatá-la e a consertá-la. A partir daí, todos os dias, o seu destino é a praia. A namorada acompanha-o sempre. As primeiras investidas não lhe correm muito bem; os surfistas gozam-no, assim como um par de amigos que passa o dia a jogar futebol. Mas Shigeru é obstinado, persistente, e as melhorias notam-se dia após dia. Quando a prancha se parte novamente, apodera-se dele o desencanto. Mas a esperança não morre. Ao receber o ordenado, compra a prancha que as suas poupanças não lhe permitiram. Num primeiro concurso em que participa, falha a chamada porque não ouve ser chamado. Porém, o troféu há-de chegar. Ele é trabalhador e merece.
Simples, tocante e poético.
Interessante que também tenhas pegado no Takeshi Kitano... Sei que é um dos realizadores favoritos do João, que já o homenageou lá no blogue.
ResponderEliminarEste é dos poucos que sei que já vi, mas não me recordo muito bem dele. Mas sei que gostei na altura.
Cumprimentos,
Jorge Rodrigues
Dial P For Popcorn
JORGE RODRIGUES: Curioso. No seu espírito de acalmia, tem uma história muito simples que em 2 ou 3 linhas se resume.
ResponderEliminarRoberto Simões
CINEROAD