★★★★★
Título Original: The Prince of Egypt
Realização: Brenda Chapman, Steve Hickner e Simon Wells
Filme de Animação
Crítica:
O ÊXITO DO ÊXODO
O Príncipe do Egipto é a concretização triunfal de uma visão extraordinária, de contornos épicos e de dimensões faraónicas. É uma obra poderosíssima, emocionalmente arrebatadora - um espectáculo sem precedentes e que constitui, tão somente, um dos melhores filmes de animação de todos os tempos.
O argumento (Philip LaZebnik) condensa de forma sublime (num equilíbrio muito próprio entre a fácil compreensão do público infantil e a exigência da audiência mais adulta) os episódios bíblicos do Êxodo, porventura uma das histórias mais conhecidas das sagradas escrituras. O Príncipe do Egipto não é senão a história de Moisés, orfão de um passado secreto, agora irmão de Ramsés, sucessor do faraó Seti. O jovem vive uma existência extramemente facilitada e luxuosa enquanto, ao sol de Rá, crescem pirâmides e construções colossais, à custa do sangue e do suor dos escravos. Os condenados não são senão os hebreus, o povo a quem Deus prometera a Terra onde não faltaria o leite e o mel. Quando Moisés é confrontado com as suas origens e se apercebe daquilo que desde sempre aprendeu a ignorar, a terrível verdade, foge para o deserto de forma a encontrar o novo "eu". É lá, nos confins das areias e das gentes livres, que ouvirá a voz de Deus, que o incumbirá da libertação do seu povo. De volta ao Egipto, Deus revelar-se-á uma entidade autoritária, castigadora e implacável, transformando a água em sangue e lançando as pragas, as epidemias e o flagelo da maldição dos primogénitos - que atingirá, especialmente, Ramsés feito faraó, que só face à desgraça cederá finalmente aos desígnios de Deus.
A beleza das maravilhas de Deus transcendem-nos em absoluto. Tudo graças a uma audaciosa equipa técnica, capaz de empreender uma autêntica epopeia na concepção do desenho manual, de traço limpo e excelsa pintura e com backgrounds deslumbrantes, imponentes e ricos em detalhe. A ambiciosa combinação com os efeitos digitais resultou magistralmente: há um maior dinamismo da imagem, uma maior realismo, nomeadamente perante as grandes multidões, a sucessão das pragas ou a tão impressionante quanto desarmante travessia do Mar Vermelho. A banda sonora de Hans Zimmer enche o filme de alma e coração, transcendendo as emoções num plano divino. As canções são encantadoras, comoventes e, às tantas, mesmo arrepiantes. When You Believe faz, por exemplo, a sinédoque perfeita a toda a mensagem de beleza, fé e entrega que o filme representa.
Há magia inesgotável, neste clássico instantâneo da DreamWorks. Uma obra absolutamente apaixonante e memorável. De valores eternos.
O ÊXITO DO ÊXODO
With this staff, you shall do my wonders.
O Príncipe do Egipto é a concretização triunfal de uma visão extraordinária, de contornos épicos e de dimensões faraónicas. É uma obra poderosíssima, emocionalmente arrebatadora - um espectáculo sem precedentes e que constitui, tão somente, um dos melhores filmes de animação de todos os tempos.
O argumento (Philip LaZebnik) condensa de forma sublime (num equilíbrio muito próprio entre a fácil compreensão do público infantil e a exigência da audiência mais adulta) os episódios bíblicos do Êxodo, porventura uma das histórias mais conhecidas das sagradas escrituras. O Príncipe do Egipto não é senão a história de Moisés, orfão de um passado secreto, agora irmão de Ramsés, sucessor do faraó Seti. O jovem vive uma existência extramemente facilitada e luxuosa enquanto, ao sol de Rá, crescem pirâmides e construções colossais, à custa do sangue e do suor dos escravos. Os condenados não são senão os hebreus, o povo a quem Deus prometera a Terra onde não faltaria o leite e o mel. Quando Moisés é confrontado com as suas origens e se apercebe daquilo que desde sempre aprendeu a ignorar, a terrível verdade, foge para o deserto de forma a encontrar o novo "eu". É lá, nos confins das areias e das gentes livres, que ouvirá a voz de Deus, que o incumbirá da libertação do seu povo. De volta ao Egipto, Deus revelar-se-á uma entidade autoritária, castigadora e implacável, transformando a água em sangue e lançando as pragas, as epidemias e o flagelo da maldição dos primogénitos - que atingirá, especialmente, Ramsés feito faraó, que só face à desgraça cederá finalmente aos desígnios de Deus.
With the sting of the whip on my shoulder, with the salt of my sweat on my brow... Elohim, God on high, can you hear your people cry? Help us now, this dark hour... Deliver us, hear our call, deliver us, Lord of all! Remember us, here in this burning sand! Deliver us, there's a land you promised us! Deliver us to the promised land!
A beleza das maravilhas de Deus transcendem-nos em absoluto. Tudo graças a uma audaciosa equipa técnica, capaz de empreender uma autêntica epopeia na concepção do desenho manual, de traço limpo e excelsa pintura e com backgrounds deslumbrantes, imponentes e ricos em detalhe. A ambiciosa combinação com os efeitos digitais resultou magistralmente: há um maior dinamismo da imagem, uma maior realismo, nomeadamente perante as grandes multidões, a sucessão das pragas ou a tão impressionante quanto desarmante travessia do Mar Vermelho. A banda sonora de Hans Zimmer enche o filme de alma e coração, transcendendo as emoções num plano divino. As canções são encantadoras, comoventes e, às tantas, mesmo arrepiantes. When You Believe faz, por exemplo, a sinédoque perfeita a toda a mensagem de beleza, fé e entrega que o filme representa.
Há magia inesgotável, neste clássico instantâneo da DreamWorks. Uma obra absolutamente apaixonante e memorável. De valores eternos.
Hoje em dia eu me pergunto, por que os filmes modificaram tanto a história de Moisés à ponto de mudá-la TODA?? rs... Mas é um bom desenho, mesmo...
ResponderEliminarEste é o texto com mais adjetivos positivos que já vi! hehe Vou voltar sempre a ele qdo estiver sem palavras.
ResponderEliminarEu tbm adoro esse filme,vi ainda bem jovem no cinema e a cena do mar vermelho é de deixar qualquer um de queixo caído.Abs
Um dos últimos grandes longas animados estadunidenses. A arte é magnífica, a trilha também!
ResponderEliminarO CARA DA LOCADORA: O filme não muda a história toda... Penso que o argumento ficou seriamente bem conseguido e que a obra emergiu com uma energia renovada, mas que só beneficia o filme e a própria história.
ResponderEliminarANDERSON: É provável que quando voltares já tenha alterado o texto, creio que não é muito bom um texto (à partida) crítico se pautar à base de adejctivos. Mas o facto é que tens razão. O filme é tão enantador e apaixonante que me excedi :b
GUSTAVO: Sem dúvida, um triunfo magnífico! Penso que é injusto falar-se tão pouco de uma obra destas...
Cumps.
Filipe Assis
CINEROAD – A Estrada do Cinema
Este filme de animação é muito bom mesmo. E mais uma vez a banda sonora também é muito boa.
ResponderEliminarFora os filmes da Disney, este é um dos meus filmes de animação favoritos.
Bjs
Grande - grande - filme. Grande é também o impulsionador que te fez comprar o DVD... Esse sim!
ResponderEliminarAbraço
GEMA: Sim... o filme é fabuloso mas sem a fenomenal banda sonora de Hans Zimmer não seria a mesma coisa, por certo!
ResponderEliminarMARCELO PEREIRA: Um filme belíssimo e grandioso. Bem mais grandioso do que o ego do impulsionador [Marcelo Pereira], de certeza.
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Também podia fazer um comentário à tendência que existe para mudar tudo o que é história bíblica, mas tendo em conta outros exemplos julgo que este Princípe do Egipto está muito bem conseguido. Excelente banda sonora.
ResponderEliminarCLÁUDIA GAMEIRO: Eu diria que essa tendência se iniciou na própria Bíblia. Mas creio que a tendência é inevitável, não? É claro que se pode ser mais ou menos fiel. Neste caso concreto d'O PRÍNCIPE DO EGIPTO, sendo um filme de animação com um público-alvo particular, creio que as mudanças na história não são muito gravosas, serão? ;) Porque de facto, e como dizes, o filme está muito bem conseguido. E a banda sonora - sem dúvida! - é extraordinária.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «