★★★★
Título Original: Collateral
Realização: Michael Mann
Principais Actores: Tom Cruise, Jamie Foxx, Jada Pinkett Smith, Mark Ruffalo, Javier Bardem, Bruce McGill, Barry Shabaka Henley, Irma P. Hall, Peter Berg, Richard T. Jones, Thomas Rosales Jr., Emilio Rivera
Crítica:Realização: Michael Mann
Principais Actores: Tom Cruise, Jamie Foxx, Jada Pinkett Smith, Mark Ruffalo, Javier Bardem, Bruce McGill, Barry Shabaka Henley, Irma P. Hall, Peter Berg, Richard T. Jones, Thomas Rosales Jr., Emilio Rivera
O TAXISTA
Take comfort in knowing you never had a choice.
Assistir a Colateral recorda-me, imediatamente, a noite do pesadelo de Nova Iorque Fora de Horas, de Scorsese. Troquemos Nova Iorque por Los Angeles e a comédia surrealista pelo thriller de acção. Onde Paul (Griffin Dunne) era um escriturário entediado, Max (Jamie Foxx) é um taxista com desejos escapistas: ambos homens comuns, ambos homens simples. O primeiro termina o turno e espera-o a noite como palco dos acontecimentos mais bizarros. O segundo entra precisamente ao trabalho com o cair da noite. Imagina que terá um expediente igual a tantos outros, com o habitual entra e sai dos passageiros, mas terá tudo menos uma noite normal: espera-o uma frenética e alucinante madrugada de nervos, plena de picos de adrenalina, que testará e desafiará - de forma brutal e inequívoca - o seu carácter e todos os seus limites.
O acaso fá-lo conhecer a belíssima Annie (Jada Pinkett Smith), procuradora de justiça, que se senta no banco detrás e que, entre alguns desabafos, admite o stress da sua profissão. O flirt acontece: Max oferece-lhe a fotografia das Maldivas que sempre o acompanhou, para que a mulher possa viajar na imaginação sempre que o trabalho lhe sobrecarregar o espírito, e Annie oferece-lhe o seu cartão pessoal, com o seu contacto. Quando é deixada no seu destino, poderiam nunca mais se encontrar. Mas a cena teve o seu propósito: estabelecer uma ligação entre ambas as personagens e revelar de Max um lado mais pessoal que, de outra forma, jamais conheceríamos. Naquela cena, é criada a empatia entre ele e os espectadores. E é claro, lá mais para o final perceberemos que não foi um mero encontro, sem significado.
Quando o grisalho e insuspeito Vincent de Tom Cruise lhe entra pelo automóvel adentro, todo bem vestido e de mala na mão - e de armas e intenções absolutamente dissimuladas - a sua noite já não tem como ser uma noite como as outras. Vincent é um assassino profissional, contratado para matar cinco pessoas, em cinco moradas exactas. À primeira paragem, a primeira vítima alvejada estatela-se em cima do táxi, caída de uma janela. Max nem quer acreditar no que lhe está a acontecer. Ameaçado pelo passageiro - sempre de arma carregada em punho - é levado a esconder o cadáver na mala do veículo e a seguir escrupulosamente o itinerário proposto, se quiser sobreviver. A polícia fica no seu encalço e a caça ao criminoso começa pelas ruas da cidade - cidade ora transparente ora soturna, mas sempre luminosa, sempre pulsante - num crescendo de tensão e suspense tão intenso e empolgante, que viveremos a experiência e os suores frios das personagens como se estivéssemos lá, efectivamente. E como se torna desconcertante e enervante, assistirmos a tão terrífica situação ao som do belíssimo arranjo da Ária de Bach, pelos Klazz Brother e Cuba Percussions!
Michael Mann, longe de artificialismos maiores, sustém um filme muito bem filmado, sem os habituais excessos do género, provando que é possível fazer cinema comercial com uma abordagem modernizada e uma roupagem mais pop (tanto pela arte de montar as cenas e de as filmar com câmeras digitais, como pelas canções) mas nos moldes mais tradicionais: Colateral prima, afinal e essencialmente, pela narrativa (ora contida ora explosiva e excitante: os ingredientes estão doseados na medida certa, no momento certo) e pelos excepcionais desempenhos dos actores: Tom Cruise e Jamie Foxx entregam interpretações magníficas.
É o estilo de Michael Mann, sem exageros na ação e com tomadas muito bem filmadas.
ResponderEliminarA dupla principal está muito bem, inclusive Tom Cruise como o vilão.
Abraço
Um belíssimo filme, sem dúvida. Para mim, do melhor que Mann fez. A dupla do filme funciona exemplarmente bem, assim como toda a tensão que é criada, com a cidade a contemplar os acontecimentos e a ser filmada magistralmente. Os planos da cidade, da noite, das luzes e do ambiente são o que mais me fascinam aqui, intercalando e enquadrando os acontecimentos dentro do carro. É mesmo o aspecto que diferencia este filme de tantos outros. A sua capacidade de nos entreter de forma séria, real e palpável. Como que vivendo e sentindo todo o suspense entre a acção e os personagens. Magnífico.
ResponderEliminarAinda assim, e na minha opinião, lá mais para o final poderia ter sido um pouco melhor, talvez mais profundo, ou mais complexo. Não sei bem. Mas gosto, um Mann à maneira :)
abraço
É um bom filme sim, também daria essa nota, mas obra maior de Mann para mim é o Heat.
ResponderEliminarAbç
Uma porcaria.
ResponderEliminarNuma classificação minha será 8/10. Adorei este filme e achei magnificas as interpretações de Cruise e Foxx ;)
ResponderEliminarBjks
Um filme que preciso rever. Na época, não me chamou muito a atenção, mas acho que, assistindo hoje, a ideia será outra.
ResponderEliminar=]
Obrigado a todos pelos comentários!
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD – A Estrada do Cinema «
Michael Mann é um grande diretor!
ResponderEliminarAbraços,
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
Apenas um bom filme mainstream, nada mais do que isso
ResponderEliminarCrítica reformulada a 04/04/2017.
ResponderEliminarCINEROAD