THE FALL
Crítico Convidado: Dr. Johnny Strangelove, autor do blog Cine JP
(http://strangelovebloger.blogspot.com/)
Classificação: *****
Nem todas às vezes conseguimos entregar ótimos textos. Às vezes não sabe o que escrever, ou pior, não está sabendo como colocar ou expressar o que foi visto
Sabe qual é o lugar mais prospero para fertilizar sentimentos, despertar sensações verdadeiras e principalmente expandir a nossa imaginação? Em um hospital. Quantas vezes conseguimos nos emocionar por ver crianças que mesmo com a dor de estar em um corredor onde anda junto, em uma linha tênue e invisível, o dom do inicio da vida e a porta de entrada para a morte premeditada. As crianças com todas as desavenças que ocorrem, nunca deixam de sonhar ou de ter um sorriso.
Era uma vez
O que apenas posso falar desse filme em razões de conhecimento como: o filme foi rodado em vários paises do mundo e inclusive o Brasil; É estrelado por Lee Pace e Catinca Untaru; o diretor do longa é o mesmo de A Cela e do clipe Losing My Religion de R.E.M, Tarsem Singh; Que o filme ganhou o premio de Sitges como melhor filme que teve ainda como ganhadores Sam Rockwell pela atuação em Joshua, Chan Wook Park pelo roteiro de I’m A Cyborg But That’s Ok!.
O longa de Tarsem em muitos momentos consegue transfigurar e confundir o espectador se está vendo um filme ou uma obra de arte. Em muitos momentos, o longa parece aqueles quadros antigos onde cada apreciação consegue fazer a mente salivar pela beleza e pelo primor da obra. Aplausos para toda a equipe técnica. E principalmente por Tarsem por conseguir sem precisar de lugares mágicos para construir uma fabula onde a beleza natural do nosso planeta pode oferecer.
Lee Pace e Catinca Untaru fazem a dupla de protagonistas. Existe uma relação mágica entre os dois que ultrapasse os sentidos de emoção durante a tela. A química entre os dois protagonistas é tão forte que sentimos a alegria, a dor, a gloria e a decepção. E ainda para fortalecer essa relação, foi passada uma informação de que o ator Lee Pace era um paraplégico, já que no personagem vive numa cama, para os pais da menina e o diretor aproveitou dessa informação para deixar mais verdadeiro a atuação da menina, mas depois foi tudo esclarecido.
Agora o que mais dói no peito desse cinéfilo é o descaso terrível das distribuidoras nacionais que muitas vezes deixam de lado grandes filmes e dão valor a películas que tem o intuito de grandes bilheterias (alguns sendo justos e outros que nem merecem). Infelizmente não se sabe quando esse filme poderá chegar aqui e assim contabilizando a lista infinita de grandes filmes que não se sabe e provavelmente não darão as caras por aqui, tomando como exemplo Half Nelson, Sherrybaby e entre outros.
Não poupo em dizer que The Fall é um dos melhores filmes do ano. Um filme que não consegue cumprir sua promessa, mas sim, superar. Um filme que exala beleza desde primeira cena até a ultima. Um filme que coloca a fantasia no nível que deve ser tratada, como uma porta para imaginação do espectador para momentos extraordinários. E se um dia chegar a algum multiplex da vida, não deixem de perder momentos únicos que só o cinema pode propor, assim como os sonhos e sentimentos de uma criança cheia de vida. Uma prova concreta de que o cinema consegue ser o caminho mais próximo das nossas fantasias de criança, mesmo sendo uma fabula adulta.
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Agradecimentos especiais:
Dr. Johnny Strangelove