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domingo, 14 de março de 2010

STAR WARS VI - O REGRESSO DE JEDI (1983)

PONTUAÇÃO: RAZOÁVEL
Título Original: Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi
Realização: Richard Marquand

Principais Actores: Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher, Billy Dee Williams, Anthony Daniels, Peter Mayhew, Sebastian Shaw, Ian McDiarmid, Frank Oz, James Earl Jones, David Prowse, Alec Guinness, Kenny Baker, Michael Pennington, Kenneth Colley, Michael Carter, Denis Lawson, Timothy M. Rose
Crítica:

Help me take this mask off.

O espectáculo quase descambou. É difícil sustentar a credibilidade de uma história perante dezenas e dezenas de bonecos falantes, minimamente expressivos, que supostamente seriam seres vivos. Concretizar uma fantasia é, porventura, das tarefas mais complicadas em cinema. Os riscos são sobejamente conhecidos. E o início deste capítulo final, na demanda pelo resgate de Han Solo, é tão exageradamente inverosímil, infantil e desajustado que quase expôs a saga ao ridículo. Há quem goste, todavia. Luc Besson, por exemplo, parece ter gostado bastante. Mas eu não. Felizmente, o universo de batráquios, cabeças de polvo e guardas hipopótamos acaba por dar lugar à fórmula dos capítulos anteriores e o equilíbrio é reposto, a partir do segundo acto.

Creio, contudo, que O Regresso de Jedi é claramente inferior a Uma Nova Esperança ou a O Império Contra-Ataca. E porquê? Porque a fórmula, ainda que resulte satisfatoriamente, apresenta um inegável desgaste. A alternância permanente entre explosivas sequências de acção e arrastadas conversas de relevância diegética sabem a uma reciclagem incapaz de pisar novo terreno. A própria encenação da realização de Richard Marquand é tão-pouco inspirada que me atrevo a dizer que poucas são as cenas memoráveis de tão importante episódio. À excepção, talvez, das últimas cenas... quando Luke retira a máscara negra de Darth Vader e é festejada a liberdade pelos infinitos recantos - visualmente impressionantes - da galáxia. Curioso: aquilo de que mais gosto é precisamente o que foi acrescentado na versão final do filme.

A destacar, um Mark Hamill mais maduro e mais à altura da personagem. E - aparentemente - a admirável interpretação de Ian McDiarmid. Digo aparentemente porque, evidentemente, a caracterização faz milagres e não quero correr o risco de afirmar ter sido seduzido pelo lado negro da força. Verdadeiramente extraordinária e espectacular é a banda sonora de John Williams - sempre num patamar de génio e derradeiramente imortal.


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CINEROAD ©2020 de Roberto Simões