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Título Original: Сталкер / StalkerRealização: Andrei Tarkovsky
Principais Actores: Aleksandr Kaidanovsky, Alisa Frejndlikh, Anatoli Solonitsyn, Nikolai Grinko, Natasha Abramova, Faime Jurno, Ye. Kostin, R. Rendi
O PURGATÓRIO DA EXISTÊNCIA
O milagre está fora do empírico.
Escritor
I
O que é e o que representa - enquanto objecto artístico - uma assustadora obra-prima como Stalker? Um mero devaneio poético e filosófico, ainda que inteiramente profundo e genial? Uma tremenda e inquietante distopia sobre a incomensurabilidade do ser? Uma intrigante alegoria política, crítica aos responsáveis pelo caos da realidade alucinada, o desenvolvimento industrial e o capitalismo selvagem? Um pesadelo, uma expiação de fantasmas de guerra, um advento apocalíptico? Uma incessante e hipnótica metáfora freudiana, para além das fronteiras do consciente, subconsciente e inconsciente? Um visionário e tenebroso labirinto de contemplação, reflexão e interrogação, ainda que às tantas assombrado pelo niilismo, acerca da natureza e da existência humana, acerca dos desejos, dos medos e da eterna busca de uma verdade absoluta e inatingível? Um ensaio sobre a fé, sobre a presença ou a ausência de Deus? A concretização da unidade aristotélica - uma só acção, um só espaço, um só tempo? Um tratado sobre a beleza intemporal das coisas?
A obra inicia-se, passados os créditos, num sépia de bronze, não só requintado como imaculado. A mise-en-scène é minuciosa, a iluminação acautelada ao pormenor e a fotografia (Aleksandr Knyazhinsky, Georgi Rerberg, Leonid Kalashnikov) brilha em todo o seu máximo esplendor. Iniciam-se os takes longos, lentos, envolventes. Para além da porta, o lar de uma família. Três: Stalker (Aleksandr Kajdanovsky), a sua mulher (Alisa Frejndlikh) e a sua filha. O drama: a mulher vive, constantemente, a solidão com uma filha deficiente e apática do mundo. A atmosfera é de desespero e corrói-lhe a alma. Stalker é um guia, a sua missão é secreta e consiste em desbravar o impossível para além da fronteira proibida. Os stalkers são os únicos conhecedores do caminho, capazes de sobreviver dentro d'A Zona.
II
Num lugar e num tempo indeterminados, a especulável queda de um meteorito condenou a existência humana à contaminação. As tropas e autoridades delimitaram e cercaram logo a região, denominando-a A Zona e interditando-a a qualquer indivíduo. Estima-se que A Zona detenha propriedades estranhas, misteriosas e sobrenaturais. Fala-se que n'Ela existe um Quarto onde todos os desejos se concretizam... e as enigmáticas possibilidades dessa lenda rapidamente fascinaram os sofridos da cidade mais próxima, que entre destroços e ruínas habitam.A obra inicia-se, passados os créditos, num sépia de bronze, não só requintado como imaculado. A mise-en-scène é minuciosa, a iluminação acautelada ao pormenor e a fotografia (Aleksandr Knyazhinsky, Georgi Rerberg, Leonid Kalashnikov) brilha em todo o seu máximo esplendor. Iniciam-se os takes longos, lentos, envolventes. Para além da porta, o lar de uma família. Três: Stalker (Aleksandr Kajdanovsky), a sua mulher (Alisa Frejndlikh) e a sua filha. O drama: a mulher vive, constantemente, a solidão com uma filha deficiente e apática do mundo. A atmosfera é de desespero e corrói-lhe a alma. Stalker é um guia, a sua missão é secreta e consiste em desbravar o impossível para além da fronteira proibida. Os stalkers são os únicos conhecedores do caminho, capazes de sobreviver dentro d'A Zona.
III
Um dia, Stalker parte novamente, deixando a família para trás. O bar da cidade é o ponto de encontro com os seus clientes. Esperam-no, desta vez, um escritor famoso (Anatoli Solonitsyn) e um céptico cientista e professor (Nikolai Grinko). O caminho é difícil, árduo e arriscado. A existência é-lhes assombrada pelo desejo, pelo medo e pela dúvida:
É tudo mentira. Estou-me nas tintas para a inspiração. Como posso saber o nome daquilo que quero? Como posso saber que, no fundo, não quero o que quero? São coisas fugidias: basta dar-lhes um nome e perdem o sentido. Este derrama-se como uma alforreca ao sol. A minha consciência quer a vitória do vegetarianismo por todo o mundo, mas o meu subconsciente morre por um bife suculento.
Toda a Sua tecnologia, altos-fornos, rodas... e outras idiotices são para trabalhar menos e manducar mais. Tudo isso são muletas, próteses. No entanto, a Humanidade existe para criar obras de arte! O fim destas não é interesseiro, ao contrário de todas as outras acções. Que ilusões! Imagens de verdade absoluta!
Escritor
Toda a Sua tecnologia, altos-fornos, rodas... e outras idiotices são para trabalhar menos e manducar mais. Tudo isso são muletas, próteses. No entanto, a Humanidade existe para criar obras de arte! O fim destas não é interesseiro, ao contrário de todas as outras acções. Que ilusões! Imagens de verdade absoluta!
Escritor
Voltarei d'O Quarto já como génio... para a nossa cidade, esquecida de Deus. Ora, o Homem escreve porque sofre, porque duvida de si. Tem que provar a Ele próprio e a quem o rodeia que tem algum valor. E se souber, de antemão, que sou um génio? Para que raio hei-de escrever? Qual o sentido?
Escritor
Ao entrarem no território d'A Zona, o filme ganha cor. A música electrónica e a indecifrável orquestração de sons conflui-se com o ambiente enevoado, com os subtis ruídos e, imagine-se, com o silêncio. A aparente confusão acústica resulta na perfeição, como se pronunciasse a aura do incógnito. O que é A Zona? - interrogam-se os três, cada vez mais, em viscerais interpretações.
A Zona é um complexo sistema de armadilhas, se querem... Todas são mortais. Não sei o que se passa aqui quando não está ninguém. Mas quando aparecem pessoas, tudo começa a mexer. As antigas armadilhas desaparecem, surgem novas. Os lugares seguros tornam-se intransitáveis. E o caminho ora é fácil, ora infinitamente emaranhado. É A Zona! Por vezes, parece até caprichosa. Mas é, em cada momento, como a fizermos com o nosso próprio espírito. Algumas pessoas tiveram de regressar a meio. Outras, morreram mesmo à entrada d'O Quarto. Tudo o que se passa aqui, dependerá apenas de nós, não d'A Zona! (...) Parece-me que deixa entrar quem já não tem esperança. Os infelizes, não os bons ou os maus. Mas até o mais infeliz dos infelizes morrerá, se não souber comportar-se.
Stalker
O que é A Zona? À semelhança da vida, quanto mais sabemos, menos compreendemos. Intensificam-se as perguntas e o seu teor. A Zona é o Grande Mistério, é o Nada, a metáfora da Vida. Ao atravessar a Vida, o Homem ou sobrevive ou se despedaça:
Quando uma pessoa nasce, é fraca e flexível; quando morre, é forte e dura. Quando uma árvore cresce, é tenra e flexível; quando se torna seca e dura, morre. A dureza e a força são atributos da morte. A flexibilidade e a fraqueza são a frescura do ser. Por isso, que endurece nunca vencerá.
Escritor
No final, tudo tem sentido. O seu sentido e a sua causa.
Stalker
O mundo perfeito é só e apenas uma ideologia. Jamais poderá ser um desejo, um desejo possível, concretizável. Sonha-se com uma coisa, recebe-se outra.
IV
Mas dará a Vida a certeza suficiente para garantir tais verdades inalteráveis? Terá tudo sentido, efectivamente? O caos suscita o existencialismo. O existencialismo faz pensar o Nada. E, às tantas, o escritor e o professor seguem o curso natural da descrença. A incessante procura de respostas, que nunca chegam ou saciam, fá-los perder a esperança. Tornam-se, afinal, discípulos do Nada. Existirá A Zona, de facto? Será Ela tudo aquilo que se presume? Existirá, realmente, o Quarto dos desejos? O filme é uma viagem. Para o escritor e para o professor, uma viagem de desistência, de resignação à genialidade e ao Nobel. Para Stalker, uma angustiante viagem de confirmação: os Homens perdem, com a idade, o vigor, a fé e sucumbem a uma existência conformista e sem sentido.O mundo perfeito é só e apenas uma ideologia. Jamais poderá ser um desejo, um desejo possível, concretizável. Sonha-se com uma coisa, recebe-se outra.
Grosso modo, não existem factos, muito menos aqui. Tudo isto é uma invenção idiota de não-sei-quem. (...) Você, claro, quer saber quem foi o inventor. Mas para quê? De que lhe valerão os conhecimentos? A quem doerá a inconsciência? A mim? Não tenho consciência, só os nervos...
Um canalha maldiz-me, uma ferida... Outro canalha elogia-me, outra ferida. Ofereço a alma e o coração, devoram-me a alma e o coração. Tiro uma vileza da minha alma, devoram a vileza. São todos muito sabichões! Todos com a fome de sensações. Todos se agitam à minha volta: jornalistas, redactores, críticos, mulheres sem conta... Todos exigem: mais, mais! Que raio de escritor sou eu, se odeio escrever? Se, para mim, é um martírio, um suplício, uma vergonha, como se estivesse a espremer furúnculos?
Dantes, pensava que os meus livros faziam alguém melhor. Mas ninguém precisa de mim! Quando esticar o pernil, passados dois dias, começam logo a devorar outro. Esperava refazê-los, mas refeito acabei por ser eu! À imagem e semelhança deles!
Dantes, o futuro era apenas a continuação do presente. Transformações vislumbravam-se muito longe, no horizonte. Agora, porém, o futuro e o presente fundiram-se. Estarão eles prontos para isto? Não querem saber de nada! Apenas devoram!
Um canalha maldiz-me, uma ferida... Outro canalha elogia-me, outra ferida. Ofereço a alma e o coração, devoram-me a alma e o coração. Tiro uma vileza da minha alma, devoram a vileza. São todos muito sabichões! Todos com a fome de sensações. Todos se agitam à minha volta: jornalistas, redactores, críticos, mulheres sem conta... Todos exigem: mais, mais! Que raio de escritor sou eu, se odeio escrever? Se, para mim, é um martírio, um suplício, uma vergonha, como se estivesse a espremer furúnculos?
Dantes, pensava que os meus livros faziam alguém melhor. Mas ninguém precisa de mim! Quando esticar o pernil, passados dois dias, começam logo a devorar outro. Esperava refazê-los, mas refeito acabei por ser eu! À imagem e semelhança deles!
Dantes, o futuro era apenas a continuação do presente. Transformações vislumbravam-se muito longe, no horizonte. Agora, porém, o futuro e o presente fundiram-se. Estarão eles prontos para isto? Não querem saber de nada! Apenas devoram!
Escritor
Às tantas, escritor e cientista querem destruir a esperança. Não acreditam nela, por isso querem destruí-la. O escritor quer abdicar da viagem, deixou de querer ajudar pessoas com a sua escrita, e o cientista quer recorrer à bomba (por ele inventada e denominada de almómetro, o aparelho para medir as almas) para destruir O Quarto. O Quarto representa Deus. E questionar a veracidade d'O Quarto, é questionar a veracidade de Deus. Sem Deus, não há criador, nem cosmos. Perante a atitude derradeira dos Homens, que postura acabará por adoptar o tão dedicado guia? Afinal, Stalker guia os deprimidos para A Zona por que acredita na felicidade, na liberdade e na dignidade do local. Valerá a pena entregar-se aos outros, dar-se aos outros, ainda que totalmente só? Stalker não é senão a imagem de Cristo. É na personagem do stalker que reencontro a posição do próprio Tarkovsky, que um dia disse: O meu objectivo é fazer filmes que ajudem as pessoas a viver, mesmo que esses filmes causem, por vezes, infelicidade.
E dizem-se intelectuais, escritores, cientistas! (...) Não acreditam em nada! Têm atrofiado o órgão da crença. Não precisam dele! (...) Têm os olhos vazios! Só pensam em não pagar mais, em vender-se por mais dinheiro! Querem que todo o trabalho de espírito lhes seja pago. Sabem que não nasceram em vão, que são predestinados! Que só vivem uma vez! Claro que não acreditam seja no que for! (...) Ninguém acredita, não só esses dois. Ninguém! Quem hei-de eu seguir? Jesus! O pior é que ninguém precisa deste Quarto. Todos os meus esforços são inúteis! (...) Não levarei mais ninguém.
Stalker
Sendo Cristo, um stalker é um eterno condenado à morte e um eterno impulsionador do mundo. Um verdadeiro artista, como Tarkovsky, é um stalker e a sua arte é a sua religião. E, às vezes, um artista poderá questionar a sua utilidade e a utilidade da sua obra, mas o seu testamento inspirará o futuro, continuamente... contribuindo decisivamente para a real evolução do Homem. Não o caminho de ferro, não a locomotiva, o telefone ou a electricidade... Não a evolução tecnológica que, tão progressivamente, a paisagem transforma e consome. A evolução espiritual, essa sim, é a pedra filosofal da existência.
Stalker constitui, por tudo isto, uma equação fundamental na fórmula e no milagre. É um filme essencial. Uma das maiores concretizações artísticas de todos tempos. Perante a câmera de Tarkovsky, todas as coisas - mesmo as mais insignificantes - se tornam belas... A pureza dos sons e das imagens alia-se, mágica e magistralmente, na transcendência das palavras, nas abstractas dunas de símbolos, sombras e interpretações múltiplas... numa experiência metafísica verdadeiramente incomensurável. Stalker é tudo isto. Tudo isto e tanto mais. É um enigma maior, filmado com extrema sensibilidade. As suas fertilidade, densidade e ambiguidade apoderam-se, nos ecos e nos silêncios, dos nossos sentidos e... da nossa memória.
V
Stalker constitui, por tudo isto, uma equação fundamental na fórmula e no milagre. É um filme essencial. Uma das maiores concretizações artísticas de todos tempos. Perante a câmera de Tarkovsky, todas as coisas - mesmo as mais insignificantes - se tornam belas... A pureza dos sons e das imagens alia-se, mágica e magistralmente, na transcendência das palavras, nas abstractas dunas de símbolos, sombras e interpretações múltiplas... numa experiência metafísica verdadeiramente incomensurável. Stalker é tudo isto. Tudo isto e tanto mais. É um enigma maior, filmado com extrema sensibilidade. As suas fertilidade, densidade e ambiguidade apoderam-se, nos ecos e nos silêncios, dos nossos sentidos e... da nossa memória.
Não conheço, espero a crítica
ResponderEliminarabraço
É um mais que garantido excelente. Depois volto para comentá-lo, quando tiver lido a tua opinião. :)
ResponderEliminarMELHOR. FILME. DE. SEMPRE. PONTO. FINAL.
ResponderEliminarENORME OBRA-PRIMA
ResponderEliminarVITOR SILOS: Aí está a crítica. É um filme essencial, eis o meu veredicto.
ResponderEliminarFLÁVIO GONÇALVES: Efectivamente, indispensavelmente, obrigatoriamente. Conto com a tua opinião.
NEUROTICON: Um dos melhores filmes de sempre, de certeza absoluta. Genial, genial, genial.
ÁLVARO MARTINS: Absolutamente.
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Que texto magistral. Excelente análise, Roberto, os meus sinceros parabéns... vê-se bem que amaste o filme, profundamente. E isso deixa-me muito feliz, são hoje em dia poucos aqueles que dão a Tarkovsky e a esta obra o seu devido valor...
ResponderEliminarFLÁVIO GONÇALVES: Fico muito grato pelo reconhecimento ;) Obrigado. Haveria outra hipótese senão adorar o filme? Não havia ;)
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Grande análise sem dúvida ;) Parabéns!
ResponderEliminarÁLVARO MARTINS e JOÃO GONÇALVES: Obrigado ;)
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Obra prima absoluta!!Parabéns pela excelente crítica;)
ResponderEliminarMANUELA COELHO: Sim... obra-prima absoluta absoluta absoluta ;) Obrigado pelas tuas palavras.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
CINEROAD – A Estrada do Cinema
Vi-o hoje.
ResponderEliminarRoberto, parabéns. A melhor análise a um filme que alguma vez li, um ensaio filosófico brilhante, digno de ser editado em duas ou três meras páginas. Aliás, só me deixas com vontade de rever o filme. Filme esse que é magistral, perfeito, indescritível, glorioso. Não tenho palavras para ele, pelo menos para já.
Obrigado por esta esta reflexão, que faz jus ao filme.
DIOGO F: Obrigado pelos rasgados elogios, fico muito contente que tenhas gostado (tanto da crítica como do filme). STALKER é mesmo tudo isso que dizes, uma obra-prima daquelas...
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Também gostei bastante da análise que fizeste. Qaando vi o Stalker pela primeira vez, nem tive tempo, para analisar o que as personagens diziam, tal é a riqueza de imagens que me deixou sem fôlego, para mais nada. Percebi de imediato que estava a ver algo transcendental.
ResponderEliminarSoberbo filme. Não mais fui o mesmo...
GARCÊS: Obrigado ;) É sem dúvida um filme que nos transcende. Um dos melhores de Tarkovsky (sendo todos os seus filmes sublimes) e um dos filmes que mais mexem com o intelecto, se o quisermos pôr a trabalhar, claro.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - Há 2 Anos na Estrada do Cinema «
Roberto,
ResponderEliminaraconselhas mais algum filme? ou mais alguns filmes, que nos estimulem o intelecto! Gostaria de ver mais umas obras-primas deste nível...
Um grande abraço.
"Persona" de Ingmar Bergman. "Blade Runner" de Ridley Scott.
EliminarGARCÊS: É difícil encontrar obras assim, mas asseguro-te que O ESPELHO, por exemplo, do mesmo realizador, é igualmente místico e transcendente. Não sei se conheces.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - Há 2 Anos na Estrada do Cinema «
Sim também já ouvi falar! E tenho imensa curiosidade. Não é facil de o arranjar, nos espaços comerciais, estilo Fnac. Sabes onde o posso comprar?
ResponderEliminarAbraço
Garcês
GARCÊS: Tanto quanto sei as edições portuguesas dos DVDs do Tarkovsky estão por estes dias esgotadíssimas. O que sei que há no mercado são edições de importação, penso que legendadas - e estas existiam na FNAC até há poucas semanas. STALKER, SOLARIS, ANDREI RUBLOV e mais umas quantas. Não me recordo se tinham O ESPELHO, efectivamente, mas todos valerão a pena, nomeadamente o SOLARIS. Vê-lo-ei em breve e depois publicarei a crítica.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD – A Estrada do Cinema «
Vi-o há dois dias e ainda estou a digeri-lo e nem sei bem o que dizer por enquanto, a sua dimensão filosófica, espiritual é assombrosa, genial mesmo, do melhor (senão mesmo o melhor) que vi nesse campo. O cineasta é capaz de constantemente nos pôr à prova, fazendo-nos reflectir.
ResponderEliminarComo destaque realço Tarkovsky como realizador, é simplesmente magnífico...aí será porventura já um dos meus realizadores de eleição. Depois a fotografia e a montagem do filme são um espanto. Em suma um filme para rever, muito embora não me pareça que alguma vez se situe no lote de meus preferidos dado o seu carácter demasiado complexo e pesado.
abraço
Junto-me a todos. E é o meu Tarkovsky predilecto.
ResponderEliminarPara mim o melhor filme que já tive a sorte de assistir, mais, ele vai além de um mero filme. Assustadoramente dialogar com Tarkovsky foi uma das experiências mais fantásticas que tive nesta vida. Valeu Tarkovsky. Curiosidade: todos os três atores e o próprio Tarkovsky morreram tempos depois vítimas da exposição a zona, que na realidade é um lugar na Ucrânia onde aconteceu um acidente nuclear. Ficção e realidade se misturando.
ResponderEliminareste filme transmitiu-me imenso. é para mim, dos melhores filmes deste grande realizador.
ResponderEliminarRecém vi o filme e procurei uma crítica, só pra organizar as ideias. Não poderia estar mais contente de ter encontrado esse texto. Obrigado e um abraço.
ResponderEliminarGenial filme e crítica
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