★★★★★
Título Original: Punch-Drunk LoveRealização: Paul Thomas Anderson
Principais Actores: Adam Sandler, Emily Watson, Philip Seymour Hoffman, Luis Guzmán
Crítica:
AMOR PARA INADAPTADOS
É, provavelmente, um dos mais estranhos e alucinados filmes que já vi. Um pequeno grande filme. Adam Sandler é Barry Egan: um homem simples, modesto, humilde, sincero, justo, tremendamente tímido e fechado sobre si próprio, lunático e inadaptado, mas nunca estúpido, completamente. Veste um fato azul-luminoso. E é solitário, sobretudo solitário. I don't know if there is anything wrong because I don't know how other people are. Sometimes I cry a lot... for no reason. Tal como o Donnie Smith de Magnolia, Barry é uma personagem cheia de amor para dar.
O plano inicial é por demais revelador: Barry está a um canto da sala, só e em silêncio, inteiramente dedicado às promoções dos produtos Healthy Choice, os anúncios para ganhar passagens aéreas. E eis que sai do armazém, como que impelido misteriosamente, e se abeira à estrada: um carro capota e uma carrinha pára à sua frente, deixando-lhe um harmónio e arrancando de seguida. O harmónio é puro simbolismo: trar-lhe-á a verdadeira música, o amor. Acabar-se-ão as refeições só para um ou as chamadas para linhas eróticas. A história deste Embriagado de Amor é, pois, uma história simples, como a das demais comédias românticas. Só que estamos perante um filme do genial P. T. Anderson. E isso faz toda a diferença. Por isso, Embriagado de Amor tem uma história simples, mas contada da mais complexa das formas, repleta de pormenores deliciosos (como os coloridos e constantes reflexos luminosos), os longos takes, os enquadramentos meticulosos, uma mise-en-scène cuidada e fabulosa, uma montagem sincronizada com a banda sonora de Jon Brion que oscila entre o discreto e o massacrante consoante a pressão e o estado de nervos do protagonista, magnificamente desempanhado por Adam Sandler. Quando nervoso demais, Barry explode em ataques de fúria; o que lhe é constrangedor. Virá o dia em que usará essa violência para defender a sua namorada, enfrentando finalmente medos e obstáculos: I have a love in my life. It makes me stronger than anything you can imagine. Barry Egan apaixona-se e a sua vida nunca mais será a mesma. Ele mudará para sempre. Afinal, não nos muda o amor, a todos?
Não há melhor forma de concluir do que a forma com que me iniciei: é, provavelmente, um dos mais estranhos e alucinados filmes que já vi. Um pequeno grande filme. Uma autêntica lição de cinema.
AMOR PARA INADAPTADOS
É, provavelmente, um dos mais estranhos e alucinados filmes que já vi. Um pequeno grande filme. Adam Sandler é Barry Egan: um homem simples, modesto, humilde, sincero, justo, tremendamente tímido e fechado sobre si próprio, lunático e inadaptado, mas nunca estúpido, completamente. Veste um fato azul-luminoso. E é solitário, sobretudo solitário. I don't know if there is anything wrong because I don't know how other people are. Sometimes I cry a lot... for no reason. Tal como o Donnie Smith de Magnolia, Barry é uma personagem cheia de amor para dar.
O plano inicial é por demais revelador: Barry está a um canto da sala, só e em silêncio, inteiramente dedicado às promoções dos produtos Healthy Choice, os anúncios para ganhar passagens aéreas. E eis que sai do armazém, como que impelido misteriosamente, e se abeira à estrada: um carro capota e uma carrinha pára à sua frente, deixando-lhe um harmónio e arrancando de seguida. O harmónio é puro simbolismo: trar-lhe-á a verdadeira música, o amor. Acabar-se-ão as refeições só para um ou as chamadas para linhas eróticas. A história deste Embriagado de Amor é, pois, uma história simples, como a das demais comédias românticas. Só que estamos perante um filme do genial P. T. Anderson. E isso faz toda a diferença. Por isso, Embriagado de Amor tem uma história simples, mas contada da mais complexa das formas, repleta de pormenores deliciosos (como os coloridos e constantes reflexos luminosos), os longos takes, os enquadramentos meticulosos, uma mise-en-scène cuidada e fabulosa, uma montagem sincronizada com a banda sonora de Jon Brion que oscila entre o discreto e o massacrante consoante a pressão e o estado de nervos do protagonista, magnificamente desempanhado por Adam Sandler. Quando nervoso demais, Barry explode em ataques de fúria; o que lhe é constrangedor. Virá o dia em que usará essa violência para defender a sua namorada, enfrentando finalmente medos e obstáculos: I have a love in my life. It makes me stronger than anything you can imagine. Barry Egan apaixona-se e a sua vida nunca mais será a mesma. Ele mudará para sempre. Afinal, não nos muda o amor, a todos?
Não há melhor forma de concluir do que a forma com que me iniciei: é, provavelmente, um dos mais estranhos e alucinados filmes que já vi. Um pequeno grande filme. Uma autêntica lição de cinema.
Apesar de a maioria das pessoas não terem gostado, achei interessante a visão desta estranha história de amor contada por Paul Thomas Anderson e até Adam Sandler mostra que pode ser um bom ator.
ResponderEliminarAbraço
A mairia das pessoas não tem o que fazer. Onde é que já se viu ficar achando defeito em filme do PTA? O filme é lindo lindo lindo. Depois de arrancar a grande interpretação da carreira do Tom Cruise, o diretor arranca uma ótima do Sandler. Só um gênio pra fazer isso.
ResponderEliminarNunca vi este filme do realizador, mas muitos dizem que é uma grande desilusão.
ResponderEliminarFoge ao habitual tipo de filme de Sandler. Diferente porque há um nome como Paul Thomas Anderson ao comando. É um momento bem construído. Um bom filme!!!!!
ResponderEliminarAbraço.
Filipe, eu sou grande fã do Paul Thomas Anderson. Acho ele o melhor diretor em atividade.
ResponderEliminarEmbriagado de Amor pode não ser uma obra-prima, mas ainda assim é ótimo! Minha nota é 8,0.
Abs!
PTA é sem dúvida um dos melhores realizadores desta nova vaga de realizadores americanos. Arriscar-me-ia dizer que é um Génio da Sétima Arte. O Orson Wells dos nossos tempos!
ResponderEliminarPunch-drunk love é um filme DELICIOSO! Aparentemente menor, comparativamente aos filmes anteriormente filmados por PTA, PDL é um excelente filme, revelando-nos que Adam Sandler, afinal, é um bom actor! Uma história de amor contada de forma muito original, com personagens sui generis, cheio de pormenores deliciosos..a luz da cabine telefónica a acender, logo que a Emily Watson atende a chamada?? Não é lindo? A banda sonora em perfeita sintonia com a movimentação dos personagens..O toque da campainha seguido do primeiro beijo do par amoroso..Bem, um filme cheio de cenas conseguidas de forma perfeita, não ao alcance de qualquer realizador!!!
Foje mesmo do habitual do Adam, muita gente se decepcionou pensando em mais uma comedinha, eu assisti faz tempo preciso ver de novo, me deixou a impressão de naum ter entendido algo no filme rss
ResponderEliminarabraço!!!
HUGO: Sim, sem dúvida. Muito interessante. Uma viagem alucinada da qual é impossível sair indiferente.
ResponderEliminarBRUNO SOARES: "A maoiria das pessoas não tem o que fazer. Onde é que já se viu ficar achando defeito em filme do PTA?" - É uma boa maneira de ver as coisas ;D
TIAGO RAMOS: Compreendo perfeitamente que possa ser uma desilusão para muitos. Não é um filme de leitura fácil, ainda que a história seja simples. Eu recomendo vivamente.
RED DUST: Subscrevo-te inteiramente. Mas é mais do que um bom filme, é um muito bom filme ;D
KAU OLIVEIRA: Exacto. Ele é um génio, um dos melhores. Não é, de certeza, uma obra-prima, mas é sem dúvida um filme excepcional.
PISSARRA: É, sim, é lindo. P.T. Anderson é um génio sem dúvida! Este é daqueles filmes a que me atreveria a chamar "um milagre de filme". Como fazer um grande filme a partir de uma história à partida comum. Bem-vindo ao CINEROAD!
YGOR MORETTI FIORANTE: Assista então novamente, Ygor. Valerá a pena ;)
Obrigado a todos! Voltem sempre!
Cumps.
Filipe Assis
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Achei o filme meio confuso/estranho, apesar de até ter gostado bastante do filme. Um filme onde Sandler, fora dos registos habituais até é um bom actor.
ResponderEliminarBjs
Nunca vi.
ResponderEliminarÉ um filme interessantissimo mas visto como bizarro por fugir ao estilo do que parece dar a entender (a comedia-romantica) mas que é bem mais que isso.
ResponderEliminarTem realmente o seu quê de anormalidades neste género (visto como menor) mas é isso mesmo que o torna fascinante por ser totalmente invulgar. No fundo é uma obra cinéfila e não um produto de formulas estudadas "hollywoodianas".
Vi-o há uns anos (não é filme que as TVs gostem de repetir - excepto talvez TVcine quando se dedica ao realizador - facto também muito raro de acontecer) mas que vale bem a pena descobrir.
E sim o Adam Sandler parece mesmo outro actor. Gostei também bastante da prestação da Emily Watson
GEMA: É um pouco estranho, efectivamente. Se há coisa que não se pode dizer do filme é que é mais um filme ;D E filmes únicos é o que queremos. Um filme magistral, sob todos os pontos de vista singular!
ResponderEliminarÁLVARO MARTINS: Não sabes o que perdes ;)
ARM PAULO FERREIRA: Um pouco bizarro, entendo o que queres dizer. Um filme formidável.
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Gostei bastante da crítica, espelha exactamente a minha opinião e os pontos essenciais do filme. E é isso, a película pode-se resumir como uma excelente incursão na comédia por parte de PT Anderson, coisa que faz tremendamente bem (as partes angustiantes do protagonista com todo aquele som, música e trabalho de câmara são magistrais). O que poderia facilmente não ter sido o caso dado a premissa da narrativa, banal até.
ResponderEliminarEste, após Boogie Nights, deixa-me ainda mais curioso para redescobrir Magnolia e There will be blood...é quando o penso - o tempo é tão curto para tudo o que queremos fazer :)
abraço
JORGE: Obrigado ;) Uma vez mais em sintonia, portanto. Tenho a certeza que vais redescobrir nas obras de P.T. Anderson a genialidade. Logo nessas duas, MAGNOLIA e HAVERÁ SANGUE, as suas melhores.
ResponderEliminarRoberto Simões
CINEROAD