Crítica:
A MAGIA DAS ARÁBIAS
Sometimes you feel so... trapped.
Aladdin esvoaça - com magia e encanto - de um dos mais famosos contos d'
As Mil e Uma Noites e, a partir dele, revisita o folclore tradicional das arábias, em todas as suas quentes e vivas cores (azul, roxo, vermelho), quase que recuperando os cheiros daquelas ruas e desertos. Na forma de um musical de aventuras e desventuras, enérgico e possante, divertido e hilariante, e eternamente romântico, somos conduzidos à história de Aladdin, o plebeu ladrãozeco,
que sonha um dia passear pelos jardins do palácio e sentir os prazeres de uma vida de luxo. Faz-se acompanhar pelo macaquinho Abu, seu parceiro inseparável na vida... e no furto. No interior de cúpulas e colossais abóbadas, vive a belíssima princesa Jasmine, atormentada pela obrigação de um futuro casamento - por conveniência. Afaga os seus suspiros, diariamente e sem cessar, no reconforto caloroso de Rajá, o seu tigre confidente. Embora tão diferentes, tanto Aladdin como Jasmine são prisioneiros da sua condição. Um dia, Aladdin e Jasmine cruzar-se-ão.
Do you trust me? Yes. E apaixonar-se-ão. E a lei do verdadeiro amor vingará sobre qualquer lei de conveniência.
Jafar é o conselheiro do Sultão. E Iago, papagaio zangão, é o seu ombro. Feiticeiro demoníaco e sinistro, Jafar tem como ambição destronar o pai de Jasmine e impôr a sua malvadez no reino. Para atingir tais fins, serve-se de Aladdin, o de bom coração, para que este entre na amaldiçoada Caverna das Maravilhas e lhe traga a lendária Lâmpada dos Desejos. Mas o destino de Aladdin está traçado. Ao conhecer o azul, excêntrico e zombeteiro Génio da Lâmpada (igualmente hiperactivo, parodista de mil caras e sonhador da liberdade), o rapaz torna-se sua realeza o Príncipe Ali. Virá o dia em que o embuste cairá e a verdade virá ao de cima, mas até lá a farsa aproximá-lo-á do palácio e afrontará directamente os planos perversos de Jafar.
A inspirada realização sem limites, o apurado desenho e respectiva pintura, assim como a tão envolvente quanto arrebatadora banda sonora de Alan Menken (não esqueçamos o fascínio incrível das suas canções) inscrevem
Aladdin, sem margem para dúvidas, entre os grandes e mais espectaculares clássicos Disney. Eis, pois, um
diamante em bruto. Absolutamente imperdível.