terça-feira, 9 de março de 2010

O RAPAZ DO PIJAMA ÀS RISCAS (2008)

PONTUAÇÃO: BOM
Título Original: The Boy in the Striped Pyjamas
Realização: Mark Herman
Principais Actores: Asa Butterfield, David Thewlis, Vera Farmiga, Amber Beattie, Jack Scanlon, David Hayman, Rupert Friend

Crítica:

O FIM DA INOCÊNCIA

If you ever found a nice Jew,
you would be the best explorer in the world.

A princípio, O Rapaz do Pijama às Riscas conquista-nos com as suas cenas verdadeiramente tocantes, onde a inocência e a curiosidade de uma criança são desafiadas pelo encobrir dos terrores do Holocausto. Às tant
as, damos connosco a pensar como os filmes de 2ª Guerra Mundial ainda nos podem surpreender. Afinal, nenhum género se esgota enquanto houver boas histórias para contar. Depois, quando o filme chega o fim, somos assolados pela ironia do destino e confrontados com as arrepiantes e trágicas consequências de um cinismo mortal. E ficamos sem palavras. Que lição de humanidade.

Eu gosto deste tipo de cinema: um filme de sentimentos genuínos, esteticamente aprumado e impecável, com uma pequena grande história, de um potencial poderosíssimo, que nos arrebata com a simplicidade e eficácia com que nos é contada. O brioso filme de Mark Herman pode não ser totalmente original e novo. Pode nunca ter ambicionado mais do que aquilo que realmente concretiza. Mas o que faz, faz bem. Com uma qualidade inegável. E com um equilíbrio dramático incrível. Por isso, não é nem mais nem menos do que um bom filme, que recomendo vivamente. Um dos grandes filmes de 2008, que há luz dos críticos puristas e sem coração foi injustamente subvalorizado.

Destaques para as excepcionais interpretações de Vera Farmiga, David Thewlis, Rupert Friend e do pequeno Asa Butterfield, para a fotografia de Benoît Delhomme, para a requintada direcção artística de Rod McLean, Razvan Radu, Szilvia Ritter, Mónika Esztán e Gábor Nagy e para a singular banda sonora de James Horner.

13 comentários:

  1. Uma comovente história sobre a improvável amizade entre uma criança alemã, filha de um militar nazi, e um rapaz judeu, preso num campo de concentração perto da casa do ultimo. Um filme fabuloso, sem dúvida.
    Espero ansiosamente a crítica.

    http://cinemaholicz.blogspot.com

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  2. O Rapaz do Pijama às Riscas prima pela simplicidade, lado emocional e ingénuo do argumento, mesmo que com alguns erros factuais.Ao mesmo tempo é interessante que as personagens apresentam dois lados: o moral e o amoral. E isso surge tanto do lado alemão como do lado judeu.
    Longe de ser espectacular é uma adaptação bastante agradável.

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  3. Que filme! Assisti duas vezes e não fiquei mais leve à segunda.
    Senti-me assim, como incomodada, por pertencer à raça humana.
    Quantos rapazes de pijamas às riscas continuam a existir, ou não, por este nosso vastíssimo mundo?
    Que frustração.
    Não sei escrever, só sei sentir.
    E mais não digo.
    Fique bem.

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  4. Já ouvi de tudo relativamente ao filme - péssimo, mediano e excelente. Tenho curiosidade...

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  5. Tenho uma imensa curiosidade por esse filme.

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  6. CITIZEN KANE: Estou de acordo contigo. Uma comovente história. Uma grande lição de humanidade.

    ÁLVARO MARTINS: Não tenho muito para te dizer. São gostos, evidentemente, mas a meu ver claramente injustos. Simplesmente: "nem 8 nem 80".

    TIAGO RAMOS: A que erros te referes? Não é, claro, um filme extraordinário, mas até "bastante agradável" parece injustiçar o filme, dada a conotação do adjectivo. É, na minha opinião, um bom filme. Muito injustiçado, dadas as suas qualidades evidentes.

    GUIDINHA PINTO: Existirão muitos, certamente, tristemente. Grande filme, sem dúvida. Olhe que sentir não é para todos. Será uma boa pessoa com certeza ;)

    JACKSON: Não contes com uma obra-prima ou um filme muito bom. Mas creio que vais gostar. É um bom filme.

    BRENNO BEZERRA: Sim, Vera Farmiga tem mais um desempenho incrível nesse filme. É, de facto, um filme belíssimo, triste e, às tantas, - ainda que por instantes apenas - agoniante.

    YIRIEN: Conhecendo os teus gostos, penso que vais adorar. Garantido o aprumo visual e técnico, é um filme de grandes interpretações, com uma pequena grande história para sentir.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  7. Eu definitivamente não me entretive com esse filme e inclusive considerei-o ruim na arte do cinema. Com exceção da fotografia, achei todo o resto dos elementos desse filme ruins.

    O roteiro não prima por um desenvolvimento interessante e nem sequer se ocupa em ser original. Do princípio o fim, qualquer espectador minimamente inteligente é capaz de saber como o roteiro se inicia e como ele acabará. O final do cinema... nem sei, achei muito fraco e pedante, com um apelo emocional que beira o clichê e que definitivamente não emociona.

    É claro que é só minha opinião, mas eu sou daqueles que não recomendam o filme a alguém. Parece, no entanto, que eu sou oum dos pouquíssimos a pensar assim.

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  8. Voltei apra acrescentar que eu gosto bastante do trabalho de Vera Farmiga nessa obra. Uma pena que ela não tenha grande destaque, mas devo admitir que é mesmo extremamente funcional como coadjuvante!

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  9. Não é de todo depreciativo porque gostei bastante do filme. Os erros a que me refiro são por exemplo o facto que tal como os idosos, as crianças pequenas não eram mantidas nos campos de concentração, porque constituíam mão-obra-fraca. Eram de imediato lançados nas câmaras de gás. Além disso, seria muito complicado de eles se encontrarem tantas vezes sem serem apanhados em flagrante delito. Mas isso são pormenores... e o que interessa efectivamente é a sensibilidade do filme.

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  10. Pois a sensibilidade do filme é que estraga tudo. Lamechice por demais. Sentimentalismo barato num tema que está batido e rebatido. Os actores são todos nulidades e o argumento é estúpido, irrealista, infantil. Filmes como este há-os aos pontapés no deserto.

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  11. LUES: Ruim? Ou estava num dia mau ou acredito que esteja a exagerar um pouco, não? Estamos totalmente em desacordo. Opiniões ;)

    TIAGO RAMOS: Sim, também acho.

    ÁLVARO MARTINS: Estou completamente em desacordo.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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